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Contribuição: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia

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Contribuição – Dicionário Evangélico de Teologia Bíblica de Baker

Contribuição

As contribuições vêm em várias formas na Bíblia. Elas foram projetadas no Antigo Testamento para apoiar os pobres e, no Novo Testamento, os santos necessitados da igreja. Algumas eram coletas organizadas, enquanto outras eram a oferta de esmolas como expressões de atos de misericórdia ou “atos de justiça”.

Os pobres frequentemente coletavam esses benefícios diretamente daqueles que davam.

O Antigo Testamento. Deuteronômio 15.7-11 declara o princípio básico por trás das contribuições. O povo de Deus não deve ser mesquinho, mas deve oferecer ajuda aos outros com mãos abertas. Deve-se emprestar a um irmão necessitado por um penhor e não deve recusar tal empréstimo simplesmente porque o ano de remissão, um ano sabático, está próximo.

A ilustração de tal doação é encontrada em Ester 9.22, onde está associada à festa de Purim.

A Torá também exortou o povo de Deus a deixar parte de sua colheita para ser coletada pelos pobres e estrangeiros (Levítico 19.9-1Levítico 23.22). De fato, a Mishná, a coleção escrita da tradição oral judaica codificada no final do segundo século d.

C., dedica um tratado inteiro sobre como essa contribuição é tratada. A “realização da justiça” não tem medida fixa (1:1). De fato, após os pobres terem sua vez, qualquer um pode pegar grãos do que resta da colheita (8:1).

A quantidade de colheita contribuída para essa causa não deve ser inferior a um sexagésimo do total. Ao determinar o que deveria ser deixado, considerava-se o tamanho do campo, o número de pobres e a extensão da colheita (1:2).

Quando os discípulos de Jesus colheram grãos no sábado, provavelmente foi dos restos da colheita (Lucas 6.1-5). Um claro exemplo do Antigo Testamento de tal coleta para viúvas e pobres é a história de Noemi e Rute (Rute 2.2-8).

Salmo 37:2 – Rute 26 convoca a pessoa justa a dar com generosidade. Essa ideia é afirmada negativamente em Isaías 10.1-2. Ainda outro profeta faz um apelo por verdadeira justiça e compaixão (Zacarias 7.9-10).

A emissão de esmolas para os necessitados é parte desse chamado.

No Judaísmo. O Antigo Testamento claramente teve um grande impacto no Judaísmo, já que muitos textos abordam esse tema. É claro que tais contribuições aos pobres eram um reflexo de piedade e ocupavam um lugar importante no pensamento judaico.

Tal cuidado é dito se estender aos pais mais velhos (Eclesiástico 3:14). É visto para preservar a recompensa diante de Deus, pois alguém é instado a dar sem olho invejoso (Tobias 4:9-1 – Zacarias 14.11 – Zacarias 28.12 – Zacarias 40.17).

Tal doação expia o pecado (3:30 — “como água em fogo ardente” 12:8-9). Como a oração, não se deve cansar dela (Eclesiástico 7:10). No entanto, tal doação, pelo menos de acordo com alguns judeus, não deve ir para pecadores (12:3), mas para os indigentes (29:8).

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Tal doação é vista como um meio louvável de ajuda, melhor do que ter família (40:24). Uma figura honrosa é o retrato judaico de Tobias (1:16-17). Quando se percebe que tal doação vinha além do dinheiro reservado para dízimos para manter o templo e o sacerdócio, fica claro que tais contribuições representavam um alcance aos necessitados com misericórdia incondicional.

O Novo Testamento. Ao virar para o Novo Testamento, a discussão sobre esmolas continua. Jesus exortou que tal doação deveria ocorrer em segredo (Mateus 6.2-4) e é um reflexo do discipulado (Mateus 12.33).

Os exemplos de um candidato a esmolas é o homem coxo de Atos 3 enquanto doadores exemplares incluem Cornélio (Atos 10.2; Atos 10.4; Atos 10.31) e Paulo (Atos 24.17). O motivo aqui parece semelhante ao Judaísmo, embora se devesse tomar cuidado para não chamar atenção para si mesmo no meio de tal doação.

Paulo declara o princípio para doação em Romanos 12.8: aqueles que dão são chamados a fazê-lo liberalmente. Três outros textos paulinos preenchem os detalhes. Primeiro Coríntios 16:1-3 fala de uma coleta que Paulo estava fazendo para ajudar os necessitados na igreja cristã judaica na Palestina.

Ele aconselha que o valor a ser dado deve ser separado e armazenado, que a doação deve ser conforme alguém prosperou, e que a coleta deve vir com uma carta de recomendação. A carta mostra que se guarda a integridade da contribuição com cuidado e responsabilidade.

Segundo Coríntios 8-9 discute outra coleta que Paulo fez para o mesmo propósito. Ele exorta que deve ser conforme os meios (8:3). Tal doação permite compartilhar uma obra de graça (vv. 1-2). No entanto, deve ser feita voluntariamente, até alegremente (9:7).

Ainda assim, tal contribuição é um teste de serviço (v. 13).

Primeiro Timóteo 6:6-1 – Timóteo 17.19 coloca os ricos sob uma responsabilidade especial de serem generosos. A bondade de Deus para com eles deve ser expressa sendo gentis com os outros, acumulando tesouro no céu, não na terra.

Resumo. A contribuição de fundos ou outros meios de sustento para os necessitados reflete cuidado, misericórdia e piedade. Já que Deus é generoso conosco, devemos ser gentis com os outros. É por isso que esmolas e outras contribuições são chamadas de atos de misericórdia.

Darrell L. Bock

Elwell, Walter A. “Entrada para ‘Contribuição’”. “Dicionário Evangélico de Teologia”. 1997.

Contribuição – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Contribution

A palavra “contribuição” é extraída do contexto, em vez de vir da palavra grega. A frase na passagem citada, literalmente traduzida, seria “exercer” ou “colocar a comunhão em atividade.” A koinonia existente entre os crentes por causa de sua comunhão interior com Cristo coloca eles e seus dons e posses a serviço uns dos outros.

Eles são exortados a não esquecer de comunicar. Ser “comunicativo” (koinonikoi) deve ser um hábito de suas vidas, sendo o princípio cristão o de manter toda propriedade como uma confiança, a ser distribuída conforme a necessidade.

A primeira ocasião para chamar essa comunhão à atividade, por meio de “contribuições,” foi dentro da igreja em Jerusalém e para seus membros necessitados. A segunda ocasião foi repetidamente das igrejas gentias recém-formadas para os pobres dentro da mesma igreja; a comunhão assim se ampliando de intra-congregacional para benevolência geral da igreja.

Essas contribuições eram recolhidas semanalmente, proporcionadas aos meios dos doadores, não eram exigidas ou prescritas de maneira legalista, mas surgiam como ofertas voluntárias de corações gratos, brotando do espírito comunitário, e eram enviadas ao seu destino por representantes credenciados das congregações.

H. E. Jacobs

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘CONTRIBUIÇÃO’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.

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