Areópago na Bíblia. Significado e Versículos sobre Areópago
Ou Monte de Marte. Areópago significa literalmente o monte de Marte ou de Ares. Estava situado num cimo rochoso de Atenas, em frente da Acrópole. O sítio é memorável pelo fato de ali reunir-se o senado do Areópago, a mais antiga e venerável das academias de Atenas.
Os areopagitas sentavam-se como juizes, ao ar livre, em bancos de pedra, escavados na rocha. A linguagem de Atos 17.1 – Atos 22 deixa-nos em dúvida sobre se S. Paulo foi ali levado e permaneceu em pé no meio do Areópago, ou se foi ao monte de Marte guiado pelos filósofos, a fim de que, em lugar à parte e em maior sossego do que havia no mercado, ouvissem o que ele tinha a dizer.
As opiniões dividem-se sob este ponto. A expressão dos Atos ‘no meio do Areópago’ parece indicar que a conversa foi no lugar apontado – mas como a fala de Paulo tinha caráter popular, é bem possível que tudo se passasse fora de qualquer formalidade.
Certamente não houve uma conferência formal, mas talvez Paulo fosse à audiência de Stoa Basileios, ou para um exame preliminar de suas doutrinas, ou então para, segundo Ramsay (Paul the Traveller), ‘satisfazer aquele supremo claustro universitário acerca das qualificações do apóstolo para ensinar’.
Areópago – Dicionário Bíblico de Easton
Areópago
a forma latina da palavra grega que significa “colina de Marte”. Mas também denota o conselho ou tribunal de justiça que se reunia ao ar livre na colina. Era uma altura rochosa a oeste da Acrópole em Atenas, no cume sudeste do qual era realizado o conselho que foi constituído por Sólon e consistia de nove arcontes ou magistrados-chefe que estavam então no cargo, e os ex-arcontes de vida irrepreensível.
Nesta colina de Marte (Gr. Ares), Paulo proferiu seu memorável discurso aos “homens de Atenas” (Atos 17.22-31).
Easton, Matthew George. “Entrada para Areópago”. “Dicionário Bíblico de Easton”.
Areópago – Dicionário de Nomes Bíblicos de Hitchcock
Areópago
a colina de Marte
Hitchcock, Roswell D. “Entrada para ‘Areópago’”. “Um Dicionário Interpretativo de Nomes Próprios da Escritura”. Nova York, N.Y. – Atos 1869
Areópago – Dicionário Bíblico de Smith
Areópago.
MARTE
Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Areópago’”. “Dicionário da Bíblia de Smith”. 1901.
Areópago – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Areópago
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O Areópago, uma espécie de esporão que se projeta a partir do extremo ocidental da Acrópole e separado dela por uma sela muito curta. Traços de velhos degraus cortados na rocha ainda podem ser vistos. Sob eles estão grutas profundas, outrora lar das Eumênides (Fúrias).
Na superfície plana do cume ainda são visíveis sinais de um alisamento da pedra para assentos. Diretamente abaixo, ao norte, estava a antiga ágora ateniense, ou mercado. Para o leste, na descida da Acrópole, podia-se ver na antiguidade uma pequena plataforma semicircular–a orquestra–da qual se erguia a rocha íngreme da cidadela.
Aqui os livreiros mantinham suas bancas; aqui a obra de Anaxágoras podia ser comprada por uma dracma; daqui sua filosofia física foi disseminada, depois, através de Eurípides, o associado poético de Sócrates e os sofistas, fermentou o drama e finalmente alcançou o povo de Atenas.
Então vieram os estóicos e epicuristas que ensinavam filosofia e religião como um sistema, não como uma fé, e passavam seu tempo em busca de alguma nova coisa em credo e dogma e opinião. Cinco séculos antes, Sócrates foi levado a este mesmo Areópago para enfrentar as acusações de seus acusadores.
A este mesmo local veio o apóstolo Paulo quase quinhentos anos depois de 399 a. C., quando o mártir Ático foi executado, com o mesmo empenho, as mesmas convicções profundamente arraigadas e com ainda maior ardor, para encontrar os filósofos da moda.
Os guias atenienses mostrarão o exato lugar onde o apóstolo ficou de pé, e em que direção ele estava voltado quando se dirigiu à sua audiência. Nenhuma cidade jamais viu uma floresta de estátuas como as que pontilhavam o mercado, as ruas e os lados e o topo da Acrópole de Atenas.
Uma grande parte dessa riqueza artística estava em plena vista do orador, e o apóstolo naturalmente fez dessa extraordinária exibição de estátuas votivas e oferendas o ponto de partida de seu discurso.
Ele encontra os atenienses extremamente religiosos. Ele havia encontrado um altar para um deus desconhecido. Então ele desenvolve o tema do grande e único Deus, não do ponto de vista hebreu, mas do grego, o ponto de vista estóico.
Seu público consistia, de um lado, dos defensores da prudência como meio e do prazer como fim (os epicuristas); do outro, dos defensores do dever, de viver em harmonia com a inteligência que rege o mundo para o bem.
Ele expressa francamente sua simpatia pelos princípios mais nobres da doutrina estóica. Mas nem estóico nem epicurista podiam acreditar nas declarações do apóstolo:
o último acreditava que a morte era o fim de todas as coisas, o primeiro pensava que a alma na morte era absorvida novamente naquilo de que surgiu. Ambos entenderam Paulo como proclamando a eles em Jesus e Anastasis (“ressurreição”) algumas novas divindades.
Quando finalmente perceberam que Jesus foi ordenado por Deus para julgar o mundo, e que Anastasis era apenas a ressurreição dos mortos, eles ficaram decepcionados. Alguns zombaram, outros partiram, sem dúvida com a sensação de que já haviam dado audiência por tempo demais a tal fanático.
O Areópago, ou Colina de Ares, foi a antiga sede do tribunal de mesmo nome, cuja criação nos remonta ao período mítico muito antes do amanhecer da história. Este tribunal exercia o direito de pena capital.
Em 594 a. C., a jurisdição em casos criminais foi dada aos arcontes que haviam desempenhado bem e honrosamente os deveres de seu cargo, consequentemente aos cidadãos mais nobres, ricos e distintos de Atenas.
O Areópago garantia que as leis em vigor fossem observadas e executadas pelas autoridades devidamente constituídas; ele podia levar funcionários a julgamento por seus atos enquanto no cargo, até mesmo levantar objeções a todas as resoluções do Conselho e da Assembleia Geral, se o tribunal percebesse um perigo para o estado ou subversão da constituição.
O Areópago também protegia o culto aos deuses, os santuários e festivais sagrados, e as oliveiras de Atenas; e supervisionava os sentimentos religiosos do povo, a conduta moral dos cidadãos, bem como a educação da juventude.
Sem esperar por uma acusação formal, o Areópago poderia convocar qualquer cidadão ao tribunal, examinar, condenar e puni-lo. Sob circunstâncias incomuns, poderes plenos poderiam ser concedidos pelo povo a este órgão para a condução de vários assuntos de estado; quando a segurança da cidade estava ameaçada, o tribunal agia mesmo sem esperar que o pleno poder lhe fosse conferido.
O mandato era vitalício, e o número de membros sem restrição. O tribunal se reunia à noite no final de cada mês e por três noites consecutivas. O local de encontro era uma casa simples, construída de argila, que ainda podia ser vista no tempo de Vitrúvio.
O Areópago, santificado pelas tradições sagradas do passado, um corpo digno e augusto, era independente e não influenciado pela multidão discordante vacilante, e não era afetado pela opinião pública sempre mutável.
Conservador quase até a culpa, prestou bons serviços ao estado ao manter em xeque os espíritos jovens demasiadamente precipitados e radicais. Quando o partido democrático chegou ao poder, após o exílio de Címon, um de seus primeiros atos foi limitar os poderes do Areópago.
Pela lei de Efialtes em 460, o tribunal perdeu praticamente toda a jurisdição. A supervisão do governo foi transferida para os nomofulakes (guardiões da lei). No entanto, no final da guerra do Peloponeso, em 403, seus antigos direitos foram restaurados.
O tribunal permaneceu em existência até o tempo dos imperadores. De Atos 17.19,22 aprendemos que existia no tempo de Cláudio. Um de seus membros foi convertido à fé cristã (17:34). Provavelmente foi abolido por Vespasiano.
Quanto a saber se Paulo foi “violentamente detido e formalmente julgado”, veja Conybeare e Howson, The Life and Epistles of Paul, capítulo x, e The Expositor – Atos 5ª série, II – Atos 209 261 f (Ramsay).
_LITERATURA._
P. W. Forchhammer, De Areopago (Kiel – Atos 1828); Philippi, Der A. und die Epheten (Leipzig – Atos 1874); Lange, Die Epheten und der A. vor Solon (Leipzig – Atos 1874).
J. E. Harry
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘AREÓPAGO’”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.
Areopagita
Um membro do tribunal de Areópago (Atos 17.34).
Easton, Matthew George. “Entrada para Areopagita”. “Dicionário Bíblico de Easton”.
Areopagita – Dicionário Bíblico de Smith
Areopagita
Um membro do tribunal de Areópago. (Atos 17.31) [COLINA DE MARTE]
Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Areopagita’”. “Dicionário da Bíblia de Smith”. 1901.
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