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Atenas na Bíblia. Significado e Versículos sobre Atenas

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A mais afamada cidade da antigaGrécia. S. Paulo visitou-a quando vinha da Macedônia, e parece ter ficado ali por algum tempo (Atos 17). No tempo deste Apóstolo era Atenas uma cidade livre, isto é, isenta de pagar tributos, fazendo parte da província romana de Acaia.

Durante a sua permanência, proferiu S. Paulo aquele seu memorável discurso no Areópago perante os filósofos atenienses. A observação do historiador sagrado, respeitante ao caráter inquiridor dos atenienses (Atos 17.21), é justificada por muitos outros escritores.

Demóstenes, o célebre orador ateniense, censura os seus conterrâneos por esse costume de constantemente andarem pelo mercado, perguntando uns aos outros: Que notícias há ? A sua natural vivacidade devia-se, em parte, à pureza e claridade da atmosfera, o que lhes permitia passar uma boa parte do tempo ao ar livre.

O povo, como nota São Paulo, era algum tanto supersticioso – e na cidade, em todas as direções, havia grande número de templos, altares, e outras construções sagradas. S. Paulo disputou com os judeus numa sinagoga da cidade (Atos 17.17).

No N. T. Não há qualquer referência à igreja cristã, fundada pelo Apóstolo – mas, segundo a tradição, Dionísio, areopagita, que se converteu pela pregação de S. Paulo, foi o primeiro bispo da igreja.

Atenas – Dicionário Bíblico de Easton

Atenas

A capital da Ática, a cidade mais celebrada do mundo antigo, o centro da literatura e arte grega durante o período áureo da história grega. Seus habitantes gostavam de novidades (Atos 17.21), e eram notáveis pelo seu zelo na adoração dos deuses.

Era um dito sarcástico do satirista romano que era “mais fácil encontrar um deus em Atenas do que um homem”.

Em sua segunda jornada missionária Paulo visitou esta cidade (Atos 17.15; Compare 1 Tessalonicenses 3.1), e proferiu no Areópago seu famoso discurso (17:22-31). O altar do qual Paulo fala como dedicado “ao [propriamente ‘um’] deus desconhecido” (23) era provavelmente um dos vários que ostentavam a mesma inscrição.

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Supõe-se que eles se originaram da prática de soltar um rebanho de ovelhas e cabras nas ruas de Atenas por ocasião de uma peste, e de oferecê-los em sacrifício, no local onde se deitavam, “ao deus concernente”.

Easton, Matthew George. “Entrada para Atenas”. “Dicionário Bíblico de Easton”.

Atenas – Dicionário Bíblico de Smith

Atenas

(Cidade de Atena), a capital da Ática e o principal centro de aprendizado e civilização grega durante o período áureo da história da Grécia. Descrição –Atenas está situada a cerca de três milhas da costa do mar, na planície central da Ática.

Nesta planície erguem-se várias elevações Das quais a mais proeminente é uma montanha isolada com um cume cônico e pontiagudo, agora chamado de Colina de São Jorge, e que na antiguidade era conhecido pelo nome de Lycabettus.

Esta montanha, que não estava incluída dentro das muralhas antigas, fica a nordeste de Atenas e forma o aspecto mais marcante nos arredores da cidade. É para Atenas o que o Vesúvio é para Nápoles, ou Arthur’s Seat para Edimburgo.

A sudoeste do Lycabettua existem quatro colinas de altura moderada, todas fazendo parte da cidade. Destas, a mais próxima ao Lycabettus e à distância de uma milha deste último, era a Aerópolis, ou cidadela de Atenas, uma rocha quadrada e escarpada que se eleva abruptamente cerca de 150 pés, com um topo plano de cerca de 1000 pés de comprimento de leste a oeste, por 500 pés de largura de norte a sul.

Imediatamente a oeste da Aerópolis há uma segunda colina de forma irregular, o Areópago (Colina de Marte). Para o sudoeste, ergue-se uma terceira colina, a Pnyx, onde eram realizadas as assembleias dos cidadãos.

Ao sul da cidade via-se o Golfo Sarônico, com os portos de Atenas. História. –Diz-se que Atenas derivou seu nome da ênfase dada ao culto da deusa Atena (Minerva) por seu rei, Erecteu. Os habitantes foram anteriormente chamados Cecropidas, de Cecrops, que, segundo a tradição, foi o fundador original da cidade.

Inicialmente, esta ocupava apenas a colina ou rocha que posteriormente se tornou a Acrópole; mas gradualmente os edifícios se espalharam pelo solo aos pés sul desta colina. Não foi até o tempo de Pisístrato e seus filhos (560-514 a.C.) que a cidade começou a assumir algum grau de esplendor.

O edifício mais notável desses déspotas foi o gigantesco templo do Zeus Olímpico ou Júpiter. Sob Temístocles, a Acrópole começou a formar o centro da cidade, em torno do qual as novas muralhas descreviam um círculo irregular de cerca de 60 estádios ou 7 1/4 milhas de circunferência.

Temístocles transferiu a estação naval dos atenienses para a península de Pireu, que fica a cerca de 4 1/2 milhas de Atenas, e contém três portos naturais. Foi somente durante a administração de Péricles que as muralhas foram construídas conectando Atenas com seus portos.

Edifícios. –Sob a administração de Péricles, Atenas foi adornada com numerosos edifícios públicos, que existiam em todo o seu esplendor quando São Paulo visitou a cidade. A Acrópole era o centro do esplendor arquitetônico de Atenas.

Estava coberta com os templos de deuses e heróis; e assim sua plataforma apresentava não apenas um santuário, mas um museu contendo as mais finas produções do arquiteto e do escultor, no qual a brancura do mármore era realçada por cores brilhantes, e tornava-se ainda mais deslumbrante pela clareza transparente da atmosfera ateniense.

O principal edifício era o Partenon (ou seja, Casa da Virgem), a mais perfeita produção da arquitetura grega. Derivava seu nome por ser o templo de Atena Parthenos, ou Atena a Virgem, a invencível deusa da guerra.

Ficava na parte mais alta da Acrópole, perto do seu centro. Era inteiramente de mármore pentélico, sobre uma base rústica de calcário comum, e sua arquitetura, que era da ordem dórica, era do tipo mais puro.

Era adornado com as esculturas mais requintadas, executadas por vários artistas sob a direção de Fídias. Mas a principal maravilha do Partenon era a colossal estátua da deusa virgem executada pelo próprio Fídias.

A Acrópole era adornada com outra figura colossal de Atena, em bronze, também obra de Fídias. Ficava ao ar livre, quase em frente ao Propileu. Com seu pedestal deve ter tido cerca de 70 pés de altura, e consequentemente se projetava acima do telhado do Partenon, de modo que a ponta de sua lança e o crista de seu capacete eram visíveis do promontório de Sunium para navios se aproximando de Atenas.

O Areópago, ou Colina de Ares (Marte), é descrito em outro lugar. A Pnyx, ou local para a realização das assembleias públicas dos atenienses, ficava ao lado de uma colina rochosa baixa, a cerca de um quarto de milha do Areópago.

Entre a Pnyx a oeste, o Areópago ao norte e a Acrópole ao leste, e adjacente à base dessas colinas, ficava o Ágora ou “Mercado”, onde São Paulo disputava diariamente. Por ela passava a estrada para o ginásio e jardins da Academia, que ficavam a cerca de uma milha das muralhas.

A Academia era o local onde Platão e seus discípulos ensinavam. A leste da cidade, e fora das muralhas, estava o Liceu, um ginásio dedicado a Apolo Liceu, e celebrado como o local onde Aristóteles ensinava.

Caráter. –O comentário do historiador sagrado sobre o caráter inquisitivo dos atenienses (Atos 17.21) é atestado pela voz unânime da antiguidade. Sua vivacidade natural era em parte devida à pureza e clareza da atmosfera de Ática, que também lhes permitia passar muito de seu tempo ao ar livre.

O cuidado ateniense com a religião é confirmado pelos escritores antigos. Da igreja cristã, fundada por São Paulo em Atenas, segundo a tradição eclesiástica, Dionísio o Areopagita foi o primeiro bispo.

Condição atual. — (A população de Atenas em 1871 era de 48.000. Sua universidade tem 52 professores – Atos 1200 estudantes. Instituições educacionais são muito numerosas. Uma ferrovia conecta o Pireu ou porto com a cidade e seu terminal está no meio do que já foi o Ágora.–ED.)

Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Atenas’”. “Dicionário Bíblico de Smith”. 1901.

Atenas – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Atenas

Athenai Na antiguidade a célebre metrópole da Ática, agora a capital da Grécia. Duas longas muralhas, com 250 pés de distância uma da outra, conectavam a cidade ao porto (Pireu). Em Atos 17 nos é contado o que Paulo fez durante sua única estadia nesta famosa cidade.

Ele veio do mar pela nova estrada (ao norte da antiga) ao longo da qual havia altares de deuses desconhecidos, entrou na cidade pelo oeste e passou pelo Ceramicus (cemitério), que ainda pode ser visto hoje, o “Theseum”, o templo grego mais bem preservado, e seguiu para a Ágora (Praça do Mercado), ao norte da Acrópole, uma colina íngreme, com 200 pés de altura, no centro da cidade.

Címon começou e Péricles completou o trabalho de transformar esta cidadela em um santuário para a deusa patrona da cidade.

O magnífico portal (Propileus), do qual os atenienses se orgulhavam justamente, foi construído por Mnesicles (437-432 a.C.). Uma estátua monumental de bronze feita por Fídias estava à esquerda, conforme se emergia no platô, e o majestoso Partenon um pouco mais adiante, à direita.

Neste templo estava a famosa estátua de ouro e marfim de Atena. O frontão leste continha esculturas representando o nascimento da deusa, enquanto o frontão oeste retratava seu concurso com Poseidon pelo domínio sobre a Ática.

Este edifício, o mais celebrado arquitetonicamente em toda a história, foi parcialmente destruído pelos venezianos em 1687. Outros templos na Acrópole são o Erecteion e a “Vitória sem Asas”. Na cidade, as ruas eram extremamente estreitas e tortuosas.

As avenidas mais largas eram chamadas plateiai, de onde vem o inglês “place” e o espanhol “plaza”. Os tetos das casas eram planos. Dentro e ao redor da Ágora havia muitos pórticos stoai. No Stoa Poecile (“Pórtico Pintado”), cujas paredes eram cobertas com pinturas históricas, Paulo encontrou-se com os sucessores de Zenão, os estóicos, com quem disputava diariamente.

Nesta vizinhança também estava a Câmara do Senado para o Conselho dos Quinhentos, e o Tribunal do Areópago, onde Sócrates compareceu em 399 a. C. para enfrentar seus acusadores, e onde Paulo, cinco séculos depois, pregou aos atenienses “o Deus desconhecido”.

Também nesta área estavam a Torre dos Ventos e o relógio de água, que certamente devem ter atraído a atenção de Paulo, como atraem a nossa atenção hoje.

O apóstolo disputou na sinagoga com os judeus (Atos 17.17), e uma laje encontrada ao pé do Monte Himeto (uma cadeia a leste da cidade, com 3.000 pés de altura), com a inscrição haute he pule tou kuriou, dikaioi eiseleusontai en aute (Salmos 118.20), já foi pensada para indicar o local, mas agora acredita-se que data do século III ou IV.

Lajes com inscrições judaicas foram encontradas na própria cidade.

A população de Atenas era de pelo menos um quarto de milhão. Os habitantes mais antigos eram pelasgos. Cécrope, o primeiro rei tradicional, veio do Egito em 1556 a. C., e ao casar-se com a filha de Actaeon, obteve a soberania.

O primeiro rei foi Erecteu. Teseu uniu as doze comunidades da Ática e fez de Atenas a capital. Após a morte de Codro em 1068 a. C., o poder governamental foi confiado a um arconte que ocupava o cargo por toda a vida.

Em 753 a. C., o mandato foi limitado a dez anos. Em 683 a. C., nove arcontes foram escolhidos para um mandato de um ano. As leis de Draco, “escritas em sangue”, foram feitas em 620 a. C. Sólon foi escolhido arconte em 594 a.

C. e deu ao estado uma constituição. O tirano Pisístrato controlou permanentemente de 541 a 527 a. C.; seu filho Hiparco foi assassinado em 514. Clístenes mudou a constituição e introduziu a prática do ostracismo.

Em 490 a. C., os atenienses derrotaram os persas em Maratona, e novamente em 480 a. C. em Salamina. Em 476 a. C., Aristides organizou a grande Confederação Ateniense. Após sua morte, Conon tornou-se líder do partido conservador; e quando o general Címon foi morto, Péricles tornou-se líder do povo.

Em 431 a. C., a Guerra do Peloponeso eclodiu e continuou até 404 a. C., quando Atenas sucumbiu a Esparta. Um governo oligárquico foi estabelecido com Crítias e Terâmenes à frente. A guerra eclodiu novamente, mas a paz foi restaurada pelo pacto de Antálcidas (387 a.C.).

Na Guerra Sagrada (357-355 a.C.) Atenas exauriu suas forças. Quando Filipe da Macedônia começou a interferir nos assuntos gregos, Atenas não conseguiu decidir-se por medidas de guerra (às quais a oratória de Demóstenes a incitou), nem fazer termos com Filipe.

Finalmente, ela se juntou a Tebas fazendo resistência armada, mas apesar de seus esforços heróicos em Queroneia, sofreu derrota (338 a.C.). Filipe foi assassinado em 336 a. C., e Alexandre, o Grande, tornou-se mestre.

Após a subjugação da Grécia pelos romanos, Atenas foi colocada sob a supervisão do governador da Macedônia, mas foi concedida independência local em reconhecimento à sua grande história. Como sede da arte e ciência grega, Atenas desempenhou um papel importante mesmo sob o domínio romano – ela se tornou a cidade universitária do mundo romano, e dela irradiou luz espiritual e energia intelectual para Tarso, Antioquia e Alexandria.

Filo, o judeu, declara que os atenienses eram Hellenon oxuderkestatoi dianoian (“mais agudos em intelecto”) e acrescenta que Atenas era para a Grécia o que a pupila é para o olho, ou a razão para a alma.

Embora a cidade tivesse perdido sua real independência, o povo manteve suas características antigas:

eles ainda estavam interessados em arte, literatura e filosofia.

Paulo possivelmente assistiu ao teatro de Dionísio (sob a falésia sudeste da Acrópole) e testemunhou uma peça dos poetas gregos, como Eurípides ou Menandro. Muitos presentes foram recebidos de monarcas estrangeiros por Atenas. Átalo I de Pérgamo dotou a Academia, Eumenes adicionou um esplêndido Stoa ao teatro e Antíoco Epifânio começou o Olimpeion (15 colunas das quais ainda estão de pé), cujo maciço sub-basamento havia sido construído por Pisístrato.

Atenas tornou-se residência favorita para escritores estrangeiros que cultivavam história, geografia e literatura. Horácio, Bruto e Cássio permaneceram na cidade por algum tempo. Josefo declara que os atenienses eram os mais temerosos a deus entre os gregos eusebestatous ton Hellenon.

Compare com Livy xlv.27.

_LITERATURA._

Veja Wordsworth, Athens and Attica; Butler, Story of Athens; Ernest Gardner, Ancient Athens; Tucker, Life in Ancient Athens; A. Mommsen, Athenae Christianae; Conybeare and Howson, Life and Epistles of Paul, capítulo x; Gregorovius, Stadt Athen im Mittelalter; Leake, Grote, Thirlwall, Curtius, Wachsmuth, Holm, e Attica de Pausanias, recentemente editado por Carroll (Ginn and Co.), ou na grande obra de Frazer.

J. E. Harry

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