Perfeito, perfeição na Bíblia. Significado e Versículos sobre Perfeito, perfeição
Estas palavras ocorrem muitas vezes tanto no A. T. Como no N. T. Algumas vezes aplicam-se a coisas, por exemplo, à lei do Senhor, e ocasionalmente a Deus (Mateus 5.48) – mas o maior número de vezes ao homem.
No A. T. O atributo da perfeição é atribuído a certos homens e negado a outros – no N. T. Ser perfeito é geralmente um assunto de intento e exortação. Que se entende exatamente por perfeição? 1. Quer dizer que a coisa a que se aplica é, por sua natureza, completa, possuindo as qualidades que deve possuir, e não tendo os defeitos que não deve ter. 2.
O uso do termo na Bíblia. A palavra que no A. T. Se emprega com a significação de perfeito é tamim. Parece que primitivamente significou qualquer coisa bem acabada, tendo por isso o mesmo sentido que em português.
Aplica-se à vítima do sacrifício, e então quer dizer sem defeito (Êxodo 12.5) – em relação ao homem significa homem direito, reto e de bom caráter (Gênesis 6.9 – Gênesis 17.1 – Salmos 119.1). Também se aplica ao caminho, palavra, lei de Deus no seu sentido mais lato.
A palavra no N. T. é telein, oferecendo a sua raiz a idéia de ‘fim’. Perfeito é aquilo que está conforme com o fim que se deseja alcançar. E vemos então que o uso da palavra na Bíblia está em conformidade com seu uso moderno.
A sua significação é relativa, variando segundo aquilo a que se adapta. A absoluta perfeição somente pertence a Deus – nenhuma das suas criaturas a pode reclamar. Mas nas suas limitadas relações podem os homens e as coisas ser perfeitos, até certo ponto. 3.
Perfeição e o caráter cristão. Há certas passagens, no N. T., em que a palavra pode empregar-se em relação ao discípulo de Jesus Cristo, sendo a mais notável a de Mateus 5.48: ‘Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.’ o cristão deve cumprir o seu dever, como Deus realiza o Seu – como homem deve o cristão ser como Ele em conduta, caráter e vida.
Não é um preceito impossível de praticar, não é um ‘conselho de perfeição’, mas um desígnio prático da vida. O Sermão da Montanha sugere o método cristão de vida para essa perfeição. Amar a Deus de todo o coração – manifestação do mesmo amor aos seus semelhantes – a cultivação do seu próprio caráter de santidade, que é o amor em ação – é este o gênero de vida pelo qual o homem se torna perfeito, cumprindo a sua missão na terra.
O versículo de que se trata é um resumo do que se acha exposto em todo o Sermão. Na verdade, todo o ensino das Sagradas Escrituras é dado ‘a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (2 Timóteo 3.17).
A obra expiatória de Cristo foi efetuada para que o homem pudesse viver aquela vida que conduz à perfeição. O Espírito Santo é um auxiliador que o homem tem sempre presente – e um dia, no Seu dia, tudo irá bem, realizando a igreja cristã o seu fim, ‘até que todos cheguemos à unidade da fé… à perfeita varonilidade’ (Efésios 4.13). ‘Para que vos conserveis perfeitos, e plenamente convictos em toda a vontade de Deus’ (C14.12).
Isto ainda não é assim. Às vezes uma linguagem desprevenida é usada pelos teólogos cristãos, e o resultado é aparecerem pessoas que reclamam esse estado de perfeição nesta vida. Mas isso é, evidentemente, contrário ao ensino do N.
T. S. Paulo diz de uma maneira determinada: ‘não que eu o tenha já recebido, ou que tenha já obtido a perfeição’ (Filipenses 3.12) – e toda aquela doutrina do cap. 7 da epístola aos Romanos claramente mostra que a luta com o pecado termina somente com a vida.
A meta está diante de nós – é um assunto de grande objetivo e de urgente oração do nosso lado, e de ação do Espírito Santo do lado divino – por fim será atingida a meta. Não há lugar para presunção como também não há para desesperos.
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