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Comércio na Bíblia. Significado e Versículos sobre Comércio

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Abraão era rico em objetos e ornamentos de prata e de ouro, o que mostra que já naqueles primitivos tempos as raças nômades tinham relações comerciais com outras (Gênesis 13.2Gênesis 24.22,53). Desde os tempos mais remotos o Egito tinha uma alta situação como nação comercial, ainda que os seus negócios externos estavam nas mãos de estrangeiros.

Foi uma caravana de ismaelitas, com os seus camelos carregados de especiarias, que levou José para o Egito – a descrição desse fato mostra que os escravos faziam, algumas vezes, parte da mercadoria importada (Gênesis 37.25Gênesis 39.1 – *veja João 6.19).

O trigo era exportado do Egito e pago por meio de pesadas quantidades de prata (Gênesis 41.57Gênesis 42.3, 2 – Gênesis 35Gênesis 43.11, 1 – Gênesis 21). As pedras preciosas e especiarias da índia eram levadas para o Egito (Êxodo 25.3,7).

Por este mesmo tempo havia relações comerciais entre Babilônia e as cidades da Síria. Até ao reinado de Salomão pode dizer-se que a nação hebraica não tinha comércio externo. Mas esse rei importou do Egito fio de linho, cavalos, e carros.

Tudo isto ele pagou com o ouro que vinha da india e da Arábia por mar (1 Reis 9.26,271 Reis 10.22 a 29). O cedro e outras madeiras para as grandes obras do templo e da sua casa foram levados por mar para Jope pelos fenícios, ao passo que as necessárias provisões para os operários, que trabalhavam no monte Líbano, eram mandadas por Salomão (1Rs 5.6,9 – 2 Crônicas 2.16).

Os navios costumavam navegar para o oceano indico de três em três anos, partindo de Elate e Eziom-Geber, portos sobre o golfo Elanítico do mar Vermelho, e traziam para a Palestina ouro, prata, marfim, pau sândalo, ébano, pedras preciosas, macacos e pavões (1Rs 9.26 – 2 Crônicas 10.11,122 Crônicas 8.18).

A Fenícia era abastecida pela Judéia de trigo, mel, azeite e bálsamo (1 Reis 5.11Ezequiel 27.17Atos 12.20), enquanto os comerciantes de Tiro traziam a Jerusalém peixe e outras mercadorias por ocasião da volta do cativeiro (Neemias 13.16), bem como madeiras para a reedificação do templo.

Exportava-se azeite para o Egito (Oséias 12.1), e se vendiam cintos de manufatura doméstica para ornamento, e linho fino aos mercadores (Provérbios 31.24). Na linguagem de Ezequiel, aparece Jerusalém como rival de Tiro no comércio de exportação, que se fazia pelo seu porto de Jope (Ezequiel 26.2).

Os lugares do mercado público eram, principalmente, os espaços abertos próximos das portas das povoações para onde eram levados os gêneros de venda por aqueles que vinham de fora (Neemias 13.15,16Sofonias 1.10).

Com respeito à compra e venda das diversas mercadorias, a lei era muito exigente na maneira honesta de negociar. Pesos exatos e balanças certas eram exigidos com todo o rigor (Levítico 19.3 – Levítico 36 – Deuteronômio 25 13 a 16).

Levar à força para outras terras homens ou mulheres para serem vendidos era crime, passível de dura penalidade (Êxodo 21.16Deuteronômio 24.7).

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