Sangue na Bíblia. Significado e Versículos sobre Sangue
Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gênesis 4.10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gênesis 9.4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Levítico 17.10 a 12), e tratada pela igreja cristã (Atos 15.20 a 29).
O derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. O uso de sangue na Páscoa (Êxodo 12.7 a 13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hebreus 9 a 10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus.
Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.G. Romanos 5.9 – Efésios 1.7 – Colossenses 1.20 – 1 Pedro 1.19 – 1 João 1.7 – Apocalipse 1.5). O termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes (1 Coríntios 15.50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gálatas 1.16).
A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Deuteronômio 17.8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.
Sangue – Dicionário Bíblico de Easton
Sangue
- Como alimento, proibido em Gênesis 9.4, onde o uso de alimento animal é permitido pela primeira vez. Compare com Deuteronômio 12.23; Levítico 3.1 – Levítico 7.26 – Levítico 17.10-14. A injunção para se abster de sangue é renovada no decreto do conselho de Jerusalém (Atos 15.29).
Tem sido defendido por alguns, e nós pensamos corretamente, que esta lei de proibição era apenas cerimonial e temporária; enquanto outros consideram que ainda é obrigatória para todos. Os israelitas comeram sangue após a batalha de Gilboa (1 Samuel 14.32-34). - O sangue dos sacrifícios era capturado pelo sacerdote em uma bacia, e depois aspergido sete vezes sobre o altar; o da páscoa nas ombreiras e vergas das casas (Êxodo 12 Levítico 4.5– – Levítico 16.14-19). Na entrega da lei (Êxodo 24.8) o sangue dos sacrifícios era aspergido sobre o povo bem como no altar, e assim o povo era consagrado a Deus, ou entrava em aliança com ele, daí o sangue da aliança (Mateus 26.28; Hebreus 9.19 Hebreus 9.2 – 19 Hebreus 10.29 – 19 Hebreus 13.20).
- Sangue humano. O assassino deveria ser punido (Gênesis 9.5). O sangue do assassinado “clama por vingança” (Gênesis 4.10). O “vingador do sangue” era o parente mais próximo do assassinado, e ele tinha a obrigação de vingar sua morte (Números 35.24 Números 35.27).
Nenhuma satisfação poderia ser feita pela culpa de assassinato (Números 35.31). - Sangue usado metaforicamente para denotar raça (Atos 17.26), e como símbolo de matança (Isaías 34.3). “Lavar os pés em sangue” significa obter uma grande vitória (Salmos 58.10). Vinho, devido à sua cor vermelha, é chamado “o sangue da uva” (Gênesis 49.11).
Sangue e água jorraram do lado do nosso Salvador quando foi perfurado pelo soldado romano (João 19.34). Isso levou patologistas à conclusão de que a causa própria da morte de Cristo foi ruptura do coração. (Compare com Salmos 69.20.)
Easton, Matthew George. “Entrada para Sangue”. “Dicionário Bíblico de Easton”.
Sangue – Dicionário Bíblico de Smith
Sangue
O sangue na Escritura tem uma misteriosa sacralidade atribuída à vida, e Deus o reservou para si mesmo quando permitiu que o homem dominasse e usasse os animais inferiores para alimentação. Assim reservado, ele adquire um duplo poder: (1) o de expiação sacrificial; e (2) o de se tornar uma maldição quando derramado sem justa causa, a menos que devidamente expiado. (Gênesis 9.4; Levítico 7.2 – Levítico 17.11-13)
Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Sangue’”. “Dicionário da Bíblia de Smith”. 1901.
Sangue – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Sangue
Sangue (dam, provavelmente de ‘adham “ser vermelho”; haima):
Usado no Antigo Testamento para designar o princípio da vida, seja em animais ou vegetais, como o sangue do homem ou o suco da uva (Levítico 17.11, e outros); no Novo Testamento para o sangue de um animal, o sangue expiatório de Cristo, e tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento em sentido figurativo para derramamento de sangue ou assassinato (Gênesis 37.26; Oséias 4.2; Apocalipse 16.6).
1. Ideias Primitivas:
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Embora a função real do sangue no sistema humano não fosse totalmente conhecida até que o fato de sua circulação foi estabelecido por William Harvey em 1615, desde os tempos mais remotos um singular mistério tem sido atribuído a ele por todos os povos.
Ritos de sangue, cerimônias de sangue e vinganças de sangue são comuns entre tribos primitivas. Passou a ser reconhecido como o princípio da vida muito antes de ser cientificamente provado ser. Naturalmente, um sentimento de medo, admiração e reverência seria anexado ao derramamento de sangue.
Com muitos povos não civilizados é praticada a escarificação do corpo até que o sangue flua. A fraternidade de sangue ou amizade de sangue é estabelecida por tribos africanas pelo derramamento mútuo de sangue e bebendo-o ou esfregando-o nos corpos uns dos outros.
Assim e pela inter-transfusão de sangue por outros meios pensava-se que uma comunidade de vida e interesse poderia ser estabelecida.
2. Costumes Hebreus e do Antigo Testamento:
Não obstante a ignorância e superstições que cercavam essa ideia sugestivamente bela, ela cresceu para ter mais que um mero significado humano e aplicação. Para essa prática crua de inter-transferência de sangue humano veio a ser uma substituição simbólica do sangue animal em aspersão ou unção.
A primeira referência no Antigo Testamento ao sangue (Gênesis 4.10) é figurativa, mas altamente ilustrativa do medo reverencial manifestado sobre o derramamento de sangue e o primeiro ensino a respeito dele.
O rito da circuncisão é uma forma de cerimônia de sangue do Antigo Testamento. Além da provável importância sanitária do ato, há um significado mais profundo no estabelecimento de uma ligação de amizade entre aquele em quem o ato é realizado e o próprio Jeová.
Para que Abraão se tornasse “amigo de Deus”, foi-lhe ordenado que fosse circuncidado como um sinal da aliança entre ele e Deus (Gênesis 17.10-11).
É significativo que o consumo de sangue foi proibido nos primeiros tempos bíblicos (Gênesis 9.4). O costume provavelmente prevalecia entre nações pagãs como um rito religioso (compare com Salmos 16.4).
Isso e sua influência antihigiênica juntas levaram indubitavelmente à sua proibição. A mesma proibição foi feita sob o código mosaico (Levítico 7.26).
O sangue também foi ordenado a ser usado para purificação ou limpeza cerimonial (Levítico 14.5-7,51,52; Números 19.4), desde que fosse retirado de um animal limpo.
Em toda probabilidade não há vestígios do uso supersticioso de sangue no Antigo Testamento, a menos que em 1 Reis 22.38; mas em toda parte está investido com qualidades de limpeza, expiatórias e reverentemente simbólicas.
3. Ensinamentos do Novo Testamento:
Como na transição de práticas antigas para hebraicas, assim do Antigo Testamento para o Novo Testamento vemos uma exaltação da concepção de sangue e cerimônias de sangue. Na aliança de Abraão, seu próprio sangue teve que ser derramado.
Mais tarde, um animal expiatório deveria derramar sangue (Levítico 5.6), mas sempre deveria haver um derramamento de sangue. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9.22). A exaltação e dignificação desta ideia encontra seu mais alto desenvolvimento no derramamento vicário de sangue pelo próprio Cristo (1 João 1.7).
Como no Antigo Testamento “sangue” também era usado para significar o suco de uvas, o substituto mais natural para beber sangue seria o uso de vinho. Jesus se aproveita disso e introduz o belo e significativo costume (Mateus 26.28) de beber vinho e comer pão como símbolo da primitiva intertransfusão de sangue e carne em um compromisso de eterna amizade (compare com Êxodo 24.6,7; João 6.53-56).
Esta é a observância culminante dos ritos de sangue registrados na Bíblia.
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