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Marcos (o evangelho segundo) na Bíblia. Significado e Versículos sobre Marcos (o evangelho segundo)

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A autoriadeste Evangelho é atribuída a João Marcos. (*veja Marcos.) Uma das mais antigas tradições cristãs relaciona a origem do seu trabalho com o apóstolo Pedro – e, na verdade, Justino Mártir (100 a 120 d. C.) cita o evangelho como sendo as ‘Memórias de Pedro’.

Certos característicos do Evangelho (*veja abaixo) apoiam essa suposição. A tradição cristã não é menos forte na indicação de Roma, como lugar da sua composição. E, quanto à data, diz ireneu que o Evangelho é posterior à morte de Pedro e de Paulo.

Mas como nele não se acha referência alguma à tomada de Jerusalém (70 d. C.), deve colocar-se o seu aparecimento em época anterior àquele ano, entre o ano 63 – 70 (d. C.). Os diversos assuntos deste Evangelho podem ser assim divididos: i.

Uma breve introdução, descrevendo a pregação do precursor de Jesus e o próprio batismo e tentação do Salvador (1.1 a 13). Ii. Os mais importantes acontecimentos da vida pública e ministério de Jesus na Galiléia, ocupando estes fatos a parte maior do livro (1.14 a 9.50).

Iii. Uma resumida narração da viagem de Jesus a Jerusalém (10) – a Sua entrada na cidade, e alguns acontecimentos que ali ocorreram, principalmente os Seus sofrimentos, morte e ressurreição (11.1 a 16.20).

Pela prova interna sustenta-se que o Evangelho foi escrito principalmente para os leitores gentios. Na verdade, explicam-se palavras, que os gentios não compreendem (3.17 – 5.41 – 7.11 – 7.34 – 10.46 – 14.36 – 15.34) – e igualmente são explicados os costumes judaicos (7.3,4 – 14.12 – 15.42) – são poucas as referências ao A.

T. – e lêem-se formas latinas, que não aparecem nos outros Evangelhos (6.27 – 7.4 – 12.42 – 15.39,44,45). Eis algumas particularidades do Evangelho de Marcos : os milagres do surdo e mudo (l.31 a 37) e do cego de Betsaida (8.22 a 26) – a parábola da semente que cresce de modo oculto (4.26 a 29) – o caso daquele jovem envolto num lençol de linho, quando Jesus foi preso (14.51,52) – a aparição de Cristo aos discípulos depois da ressurreição, sendo acusados de incredulidade (16.14 a 18) – e a explicação dos costumes judaicos a respeito da purificação (7.2 a 4).

Entre outros característicos deste Evangelho, precisamos notar que, diferente dos outros, ele não apresenta nenhum predominante fim teológico: é apenas uma crônica, alongando-se principalmente sobre os maravilhosos atos de Jesus.

A vida que ele descreve é cheia de ação dotada de um poder sem limites, de uma energia que não fatiga, e de uma graça inesgotável. A relação do autor com Pedro explica as firmes, vividas e circunstanciadas cores da narrativa.

As próprias palavras aramaicas, que o Divino Mestre emprega, são por vários motivos proferidas, como Boanerges, Talita cumi, Efatá, Corbã, Aba. As várias emoções dos personagens são maravilhosamente indicadas na narrativa. *veja por exemplo: 3.34 – 8.12 – 10.14,21,32 – 16.5,6.

O tempo e o lugar são cuidadosamente particularizados. E se certas passagens referentes a Pedro são omitidas por outros evangelistas (1.36 – 11.21 – 13.3 – 16.7), também ele omite referências a Pedro que são igualmente importantes (cp. 7.17 com Mateus 15.15Mateus 8.29,30 com Mateus 16.17 a 19).

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