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Êxodo, o livro de, 2: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia

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Êxodo, o livro de – 2 – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Êxodo, o livro de – 2

II. Estrutura do Livro Segundo as Escrituras e Segundo Análises Modernas.

Na seção seguinte (a) serve para a compreensão do texto bíblico; (b) é dedicada à discussão e crítica da separação em fontes.

1. Em Geral:

(a) A convicção deve ter sido despertada já pelo relato geral dos conteúdos dados em I – 2 acima, que no Livro de Êxodo estamos lidando com uma estrutura arredondada, pois em sete seções mutuamente separadas, mas intimamente conectadas, um pensamento fundamental uniforme é progressivamente levado adiante.

Essa convicção só será confirmada quando os detalhes dessas seções forem estudados, sendo elas mesmas novamente organicamente conectadas por um pensamento principal. Além disso, o Livro de Gênesis é claramente dividido em dez partes pelos dez toledhoth (“gerações”) (compare também a divisão feita por números típicos nos artigos LEVÍTICO e DIA DA EXPIAÇÃO), assim também o número sete, dividindo o Livro de Êxodo em sete partes, provavelmente não é acidental; e isso tanto menos, pois nas partes subordinadas também, uma divisão é encontrada de acordo com números típicos, isso em muitos casos aparecendo como uma questão de curso, e em outros casos rastreada sem dificuldade, e às vezes estando na superfície (compare 10 pragas – 10 mandamentos).

No entanto, em todas as investigações seguintes, como é o caso nos artigos GÊNESIS, LEVÍTICO e DIA DA EXPIAÇÃO, a demonstração do pensamento fundamental deve ser a principal coisa para nós. A divisão de acordo com números típicos deve ser considerada meramente como uma confirmação adicional da unidade literária do livro.

Referimo-nos aqui primeiramente a vários casos, onde certos números independentemente das principais partes combinam o texto bíblico em uma unidade. Em Números 14.22 R, Yahweh declara que Israel agora o tentou e foi desobediente a Ele dez vezes:

compare Êxodo 14.11 JE(?) (Mar Vermelho) – Êxodo 15.23 f JE (Marah) – Êxodo 16.2,3 P – Êxodo 16.20 JE – Êxodo 16.27,28 R (Maná) – Êxodo 17.1 JE (Massá e Meribá) – Êxodo 32.1 JE (Bezerro de Ouro); Números 11.1 JE (Tuberá) – Números 11.4 JE (Sepulcros da Concupiscência) – Números 14.2 P e JE (Espiões).

A maioria desses casos são relatados no Livro de Êxodo, mas de tal maneira que neste particular um progresso claramente marcado pode ser notado, pois Yahweh não começa a punir até Êxodo 32 mas daqui em diante Ele o faz com severidade crescente, enquanto até Êxodo 32 a graça prevalece sozinha, e neste particular, antes de Êxodo 32 nada mais é encontrado além de um aviso (16:27).

Dez vezes é ainda afirmado de Faraó, em uma grande variedade de formas de expressão, que ele endureceu seu próprio coração (7:13 P – Êxodo 7.14 JE – Êxodo 7.22 P – Êxodo 8.15 P – Êxodo 8.32 JE – Êxodo 9.7,34,35 JE – Êxodo 13.15 D); dez vezes o endurecimento é atribuído a Deus (4:21 JE – Êxodo 7.3 P – Êxodo 9.12 P – Êxodo 10.1 R – Êxodo 10.20 JE – Êxodo 10.27 E – Êxodo 11.10 R – Êxodo 14.4,8 P – Êxodo 17 P ?).

Aqui já devemos notar que dentro da narrativa dos milagres e das pragas, a princípio há menção apenas do endurecimento por Faraó mesmo (7:13 P – Êxodo 7.14 JE – Êxodo 7.22 P – Êxodo 8.11Êxodo 8.15 P – Êxodo 8.28 JE – Êxodo 9.7 JE, ou seja, sete vezes) antes de uma única palavra ser dita que Deus começa o endurecimento; e este último tipo de endurecimento então conclui sozinho toda a tragédia (14:4,8 P – Êxodo 17 P?).

Dez meses cobrem o tempo desde a chegada ao Sinai (19:1 P) até a ereção da morada sagrada de Deus (40:17 P). Visto que, além disso, exatamente três meses desse tempo são empregados em 19:10,16 JE – Êxodo 24.3 JE – Êxodo 24.16 P (dez dias) – Êxodo 24.18 P (40 dias) – Êxodo 34.28 J (40 dias), restam para a construção do tabernáculo exatamente sete meses.

(b) O que foi dito não fala a favor da divisão costumeira de Êxodo em diferentes fontes. É geralmente aceito que as três fontes encontradas em Gênesis também são encontradas neste livro; além disso, uma quarta fonte é encontrada em Êxodo 13.3-16, de caráter Deuteronomista. É verdade e é reconhecido que os defensores dessa hipótese têm mais dificuldades para superar em Êxodo do que em Gênesis, no qual também, no entanto, não há fundamentos suficientes para aceitar essa visão, como é mostrado no artigo GÊNESIS.

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Começando com Êxodo 6 as principais marcas de tal separação de fontes desaparecem no que diz respeito a P e J, ou seja, os diferentes usos dos nomes de Deus, Elohim e Yahweh. Pois, segundo os protagonistas da teoria documental, P também faz uso do nome Yahweh a partir deste capítulo; E, também, faz o mesmo a partir de Êxodo 3.13, apenas que, por uma razão não entendida, ocasionalmente a palavra Elohim ainda é usada por esta fonte mais tarde, por exemplo – Êxodo 13.17Êxodo 18.1.

Mas como várias passagens usando o nome Elohim são atribuídas sem hesitação pelos críticos a J, essa diferença no uso do nome de Deus falha completamente em estabelecer uma diferença de fontes. A isso se soma o fato de que J e E estão neste ponto intimamente entrelaçados; que, enquanto a tentativa está constantemente sendo feita para separar essas duas fontes, nenhum resultado geralmente aceito foi alcançado e muitos abertamente reconhecem a impossibilidade de tal separação, ou admitem que ela só pode ser efetuada em uma extensão muito limitada.

Peculiaridades que são consideradas características das diferentes fontes, como o pecado de Arão em J, a vara de Moisés em E, Sinai em J e o Código Sacerdotal (P), Horebe em E, a moradia dos israelitas em Gósen em J, mas segundo E sua vida no meio dos egípcios, e outras, caem por terra diante do texto uniforme nas passagens consideradas.

Isso foi provado de forma mais clara, por exemplo, por Eerdmans em seus Estudos do Antigo Testamento, III (“O Livro de Êxodo”) em relação a muitas dessas passagens. Narrativas de caráter semelhante, como as duas histórias em que Moisés é descrito golpeando a rocha para produzir água (Êxodo 17.1; Números 20.1), não são duplicatas, mas eventos diferentes.

Compare os diferentes locais em Êxodo 17.7 e Números 20.1, bem como a improbabilidade de que Israel sem motivo na primeira passagem teria colocado em forma permanente a história de sua vergonha, e então na última haveria uma incerteza quanto à importância deste local para a carreira de Moisés; e finalmente, devemos notar a distinção expressamente feita pela declaração adicional, “águas de Meribá de Cades no deserto de Zim,” em Números 27.12-14; Deuteronômio 32.51 (compare Ezequiel 47.1Ezequiel 48.28).

Então, também, esses acontecimentos, se aceitarmos a divisão em J e E neste lugar, não são reduzidos a um único evento, pois ambas as fontes participariam de ambas as narrativas. A mesma condição de coisas é encontrada em Êxodo 16 no que diz respeito a JE, e em Êxodo 18 em comparação com Números 11

No caso de Números 11 há referência expressa a uma narrativa anterior pela palavra “novamente” e no segundo caso todos os detalhes em suas diferenças apontam para ocorrências diferentes. Quanto a outros chamados duplicados em Ex, veja mais adiante neste artigo.

Mas a aceitação de P em contraste com o texto de JE também não leva a resultados tangíveis, apesar de haver um acordo geral quanto às partes creditadas a P. Não levando em consideração certas peculiaridades, as seguintes seções são atribuídas a essa fonte: Êxodo 1.1-7,13-1Êxodo 2.23Êxodo 25 6:2-7:1 – Êxodo 6.28-30; Êxodo 7.19,20,21,2Êxodo 8.1-3,11-15Êxodo 9.8-12Êxodo 12.1-20,28,37,40-50Êxodo 13.1-2,20; Êxodo 14.1-4,8-10,15-18,21,22-23,1Êxodo 16.1-3,1-14,15-18,21-26,31-32,34,35; Êxodo 17Êxodo 19.1,2Êxodo 24.15-31:17Êxodo 34.29-40:38.

Afirma-se que no Livro de Gênesis essas fontes constituem a espinha dorsal de todo o trabalho; mas isso não é afirmado para Ex. As seções atribuídas a P constituem neste lugar, também, qualquer coisa menos uma história contínua.

Tanto na linguagem quanto no conteúdo, elas estão, em certa medida, mais estreitamente conectadas com as partes atribuídas a JE, e em parte são indispensáveis para a conexão de onde foram tiradas (compare para detalhes abaixo). É absolutamente impossível separar com base puramente filológica nas porções puramente narrativas em Êxodo as porções pertencentes a P.

Que genealogias como Êxodo 6.14, ou avisos cronológicos como 12:40,41,5 – Êxodo 16.1Êxodo 19.1, ou direções para os cultos como Êxodo 1Êxodo 25 tenham suas próprias formas peculiares, é justificado por razões autoevidentes; mas isso não justifica a aceitação de autores separados. É o resultado da matéria peculiar encontrada em cada caso.

Devemos ainda notar que as passagens atribuídas a P conteriam em parte visões que não poderiam ser harmonizadas com ideias teológicas atribuídas a essa fonte, que se diz incluir uma concepção transcendental extrema de Deus; assim em 16:10 a majestade de Yahweh aparece subitamente à congregação, e em 40:34 essa majestade toma posse da recém-erguida morada.

Em 8:19 menciona-se o dedo de Deus, e em 7:1 Moisés deve ser como Deus para Faraó. Em Êxodo 12.12 pressupõe-se a existência dos deuses egípcios e os feiticeiros pagãos são capazes de competir com Moisés e Arão por um tempo – Êxodo 7.11,12,22Êxodo 8.3.

P também descreve a Páscoa, que devido ao manuseio do sangue em 12:7 não pode ser vista de outra forma senão como um sacrifício na casa, e em Números 9.7,13, esse ato é expressamente chamado de qorban Yahweh (`sacrifício de Yahweh’).

Compare também os comandos em Êxodo 12.10,43,18. Mas mais do que tudo, o que foi dito sob (a) acima mostra que todas essas fontes foram unidas de uma maneira que caracteriza o trabalho de um escritor sistemático, e declara contra qualquer visão que mantenha que essas fontes foram colocadas mecanicamente lado a lado e entrelaçadas umas nas outras.

O que aqui foi delineado para o livro inteiro em geral deve agora ser aplicado às diferentes partes em particular.

2. Nas Perícopes Separadas:

(1) Êxodo 1.8-7:7:

(a) Tudo o que é narrado nesta seção, que de maneira tão digna introduz todo o livro, é escrito de um ponto de vista da opressão egípcia, da qual nenhuma ajuda humana poderia dar libertação, mas da qual o poder poderoso de Yahweh, trabalhando através da agência humana, ofereceu essa libertação. É uma situação que exige fé (4:31).

Esta seção naturalmente se divide em dez perícopes, das quais em cada instância duas estão ainda mais intimamente conectadas. Números 1Números 2 (1:8-14,15-22), ou seja, a opressão através do trabalho forçado e a ameaça de tirar a vida dos recém-nascidos machos dos israelitas; e em contraste com isso, a bênção divina no aumento do povo em geral e das parteiras em particular; Números 3Números 4 (Êxodo 2.1-10,11-22), ou seja, o nascimento e a juventude de Moisés estão em contraste.

A criança parece estar condenada, mas Deus providencia sua libertação. Moisés, quando adulto, tenta prestar assistência vigorosa ao seu povo através de sua própria força, mas é obrigado a fugir para um país distante.

Números 5Números 6 (Êxodo 2.23-4:17; Êxodo 4.18-31) relatam o fato de que também no reinado de um novo Faraó a opressão não cessa, e isso causa a interferência de Deus, que em Êxodo 2.23-25 é expressa em termos fortes e repetidamente, e isso novamente leva à revelação na sarça ardente (3:1).

E ao mesmo tempo a narrativa mostra quão pouca autoconfiança Moisés ainda tinha (três sinais, uma língua pesada, recusa direta). A sexta perícope e também o início das últimas quatro, descrevem, de um ponto de vista externo, o retorno de Moisés a Midiã, e sua jornada de lá para o Egito.

Aqui, também, menciona-se os problemas causados por Faraó, que Deus deve remover através de Seu poder. Esta libertação não é de forma alguma merecida por Israel, pois nem mesmo qualquer filho em uma família havia sido circuncidado até este momento.

Por outro lado, tudo aqui é o que se pode esperar. Aqueles que procuravam a vida de Moisés haviam morrido; o encontro com Arão no Monte do Senhor; no Egito a fé do povo. De maneira eficaz, a conclusão (4:31) retorna ao ponto onde as duas narrativas companheiras (2:24 f) começam.

Após este ponto, constituindo o centro e o ponto principal na seção introdutória, Números 7Números 8 (Êxodo 5.1-6:1; Êxodo 6.2-12), tudo parece ter se tornado duvidoso. Faraó se recusa a receber Moisés e Arão; a opressão aumenta; a insatisfação em Israel aparece; Moisés desespera; até mesmo as novas revelações de Deus, com justa ênfase na fidelidade à Aliança que é para desdobrar o nome de Yahweh em plenitude, não são capazes de superar a falta de coragem por parte do povo e de Moisés.

Números 9Números 10 introduzidos por Êxodo 6.13 (6:14-27 – Êxodo 6.28-7:7), mostram que depois que Moisés e Arão já foram mencionados juntos em 4:14,2 – Êxodo 5.1, e depois que ficou claro quão pouco eles são capazes de realizar algo por si mesmos, eles agora aqui, por assim dizer, pela primeira vez, antes que a cortina seja levantada, são apresentados como aqueles que no drama seguinte serão os mediadores da vontade de Deus (compare os versículos finais de ambas as perícopes – Êxodo 6.27Êxodo 7.7), e recebem direções para sua missão comum, justamente naquele momento em que, humanamente falando, tudo é o mais desfavorável possível.

(b) A unidade de pensamento aqui demonstrada é também neste caso a parede protetora contra a maré da teoria documental. Pois esta teoria envolve muitas dificuldades. Em Êxodo 1.13 f haveria um relato da opressão pelo Código Sacerdotal (P), mas o motivo para isso só pode ser encontrado nos versículos precedentes, que são atribuídos a JE – Êxodo 2.24 fala da Aliança de Deus Com Isaque, sobre a qual P não teria relatado nada no Livro de Gên, como neste último livro uma referência a este assunto é encontrada apenas em Gênesis 26.2-5 R – Gênesis 26.24 J.

Em Êxodo 6.2 Moisés e Arão são mencionados; mas como o texto de P lê, não sabemos absolutamente nada desta fonte sobre quem são esses homens. Segundo 7:1 Arão deve ser o porta-voz de Moisés diante de Faraó.

Mas segundo P, nem Moisés nem Arão falam uma única palavra. As omissões encontradas pelos críticos nos documentos J e E–que, se forem separados, têm linhas de demarcação reivindicadas para a separação que são muito instáveis–aqui passamos em silêncio.

Na teoria crítica, as narrativas do Código Sacerdotal (P), no Livro de Ex, assim como em Gên, teriam descartado muitas das fórmulas estereotipadas características desta fonte (compare Êxodo 2.2Êxodo 6.2Êxodo 7.1), e tanto na forma quanto no conteúdo seriam feitas muito semelhantes ao restante do texto Êxodo 1.9,10,12 JE – Êxodo 1.20 E – Êxodo 7.1 P; e em grande parte expressões semelhantes a estas são encontradas aqui e em parte referem-se a estas.

O mesmo deve ser dito em relação a 3:7 JE em sua relação com 2:23 P – Êxodo 6.6 (sibhloth) P em sua relação com 1:11 JE – Êxodo 2.11 E – Êxodo 5.4,5 JE (em contraste 1:13,1 – Êxodo 2.23). JE, em 4:9 para “terra seca,” usa o termo ha-yabbashah, que em Gênesis 1.9 f e Êxodo 14.16 é atribuído ao Código Sacerdotal (P), e uma expressão diferente é usada para este pensamento

(b) Em oposição à análise em diferentes fontes, os seguintes dados detalhados também podem ser avançados. Em P, a última demonstração do poder de Yahweh sobre Faraó estaria de fato em perigo em Êxodo 14.4,15,21a, mas depois não seria relatada.

Em Êxodo 16.1, não podemos encontrar no Código Sacerdotal (P), a menos que também incluamos 15:27 de JE, como Israel chegou a Elim. Por outro lado, em 16:4 (JE?) a promessa de pão do céu é infundada sem os versículos anteriores, que são atribuídos a P; e sem 17:1 o Código Sacerdotal (P), não sabemos a que se refere a palavra “lá” em 17:3 pertencente a JE, e como em 17:8 JE os israelitas chegaram a Refidim.

Como os dados retirados da linguagem falham completamente aqui em estabelecer a separação das fontes, vemos pelo fato de que em Êxodo a distribuição das diferentes partes e versículos entre P e E torna-se uma questão de dúvida, e também em Êxodo 16 uma harmonia de visão não foi alcançada quanto a se apenas o Código Sacerdotal (P), ou adicionalmente também J, E ou JE contribuíram para o texto.

O hino encontrado em Êxodo 15.1, que certamente é uma composição antiga, pressupõe passagens que são atribuídas a diferentes fontes, e dessa forma fala pela unidade do texto. Compare 15:2 com 14:30 J – Êxodo 14.13 JE (?) – Êxodo 15.3 com 14:14 JE (?) – Êxodo 14.25 J – Êxodo 14.4a com 14:9 P – Êxodo 14.4b com 14:7 JE – Êxodo 14.8 com 14:22 EP – Êxodo 14.29 P; com 14:9.

Por outro lado, Êxodo 14.19 a e b não podem ser utilizados em favor de uma divisão das fontes E e J; mas sim a estrutura análoga desta passagem pressupõe o mesmo autor, e só é indicado o que em outros lugares é sempre uma suposição, a saber, que Deus próprio tomou sua morada em algum lugar na nuvem de fogo (13:21,22 JE – Êxodo 14.24 J; compare 40:34 P).

Da mesma forma, os dois comandos encontrados em 14:16 não devem ser divididos entre P e E e J, um afirmando o que Moisés faz, e o outro o que Yahweh faz, já que ambos pertencem juntos (compare 9:22 f com 9:3 – Êxodo 10.13). À primeira vista – Êxodo 16.6 não parece estar em seu devido lugar, pois Moisés e Arão em 16:6,7 já disseram a Israel o que só em 16:9 é revelado através da aparição de Yahweh e sua injunção a Moisés.

Mas esses mesmos versículos estão em harmonia com o caráter de toda a seção (compare sob a acima), pois aqui é afirmado que sob todas as circunstâncias Israel deve estar convencido disso, que Yahweh provou ser Yahweh, e ouviu suas murmurações.

Além disso, a aparição de Yahweh em 16:10 é claramente anunciada por 16:7. Assim – Êxodo 16.9 serve apenas para confirmar e fortalecer o que está em 16:6. O fato de que só em 18:2 JE Jetro traz a esposa e os filhos de Moisés, enquanto este último segundo 4:20 J os havia levado consigo quando se juntou a Israel, encontra uma explicação satisfatória em 18:2b.

Ele os enviou de volta sem dúvida por causa da conduta de Zípora na ocasião da circuncisão de seu filho (4:25 J). O fato de que Jetro vem a Moisés no Monte de Deus (18:5 JE), enquanto este último não chega ao Monte Sinai até 19:1 segundo P e J, não é uma contradição; pois pelo Monte de Deus entende-se toda a cadeia de Horebe, que Moisés já havia alcançado segundo 17:6 JE; mas o Monte Sinai é uma única montanha.

As ordenanças legais especiais e decisões mencionadas em 18:20 JE antes da entrega da lei (19 E e JE) estão em perfeita harmonia com 15:25 D – Êxodo 16.4 JE (?) – Êxodo 16.28 R.

(4) Êxodo 19.1-24:18a:

(a) Esta quarta seção contém a conclusão da aliança no Monte Sinai (compare 19:5 R no início – Êxodo 24.7,8 JE perto do final). Os conteúdos cobrem um período de dez dias (compare 19:10,11,1 – Êxodo 24.3,1 JE – Êxodo 24.16 P).

O texto desta seção pode novamente ser dividido em dez perícopes. Após a introdução (19:1-8), que contém uma característica cardinal do Êxodo (compare sob I – 2 acima), Números 1Números 2 (19:9-19,20-25) relatam a preparação para a conclusão da Aliança.

O número 2 em Êxodo 19.23 refere-se expressamente ao número 1, mas distingue-se do número 1 através da nova adição em 19:20 após 19:18, assim como pela aplicação expressa ampliada das ordenanças referentes às purificações e à restrição da proibição aos sacerdotes (compare 19:22,21,24 com 19:10,12).

Números 3Números 4 (Êxodo 20.1-17,18-26) contêm o Decálogo e as direções para os cultos, juntamente com uma descrição da impressão causada pela revelação da lei. Números 5Números 6 (Êxodo 21.1-23:13 expressamente circunscritos por uma subscrição, Êxodo 23.14-19) contêm ordenanças legais e mais direções para os cultos.

Números 3.6, portanto, contêm as leis ou as condições da Aliança. Agora seguem-se nos Números 7Números 8 as promessas da Aliança (Êxodo 23.20-26,27-33), que nos versículos 20 – Êxodo 27 23 – Êxodo 28Êxodo 24Êxodo 32 f correspondem entre si.

Números 9Números 10 (Êxodo 24.3-8,9-18 a, combinados mais de perto por Êxodo 24.1,2) descrevem a conclusão da Aliança e a congregação da Aliança em diferentes estágios. Além disso, números típicos neste lugar também aparecem nas leis, Números 3.6.

Número 4 (Êxodo 20.18) contém cinco direções (Êxodo 20.23,24,25,26); número 6 (Êxodo 23.14-19) é dividido em 2 X 5 ordenanças (compare a adição anaforística em Êxodo 23.14Êxodo 17), a saber, versículos Êxodo 23.14,15 a,15b,16a,16b-17,18a,18b,19a,19b.

Número 3 (Êxodo 20.1, o Decálogo) contém, segundo Êxodo 34.28; Deuteronômio 4.1Deuteronômio 10.4, “dez palavras” margem, de acordo com as duas tábuas, sem dúvida divididas em dois grupos de cinco cada, não importa como em detalhe possamos dividir e numerá-las.

Da mesma forma, o número 5 (21:1-23:13) divide-se em dez seções, separadas em forma e conteúdo, mas pertencentes juntas; e estas novamente são divididas em 2 X 5 grupos, como aparecerá em breve. Tomados todos juntos, então temos nos Números 3.6 (Êxodo 20.1-23:19) 17 X 5 ordenanças legais ou grupos de leis.

Enquanto nas seções históricas as divisões em 5 X 2 perícopes foram feitas, aqui encontramos três vezes a divisão em 2 X 5, embora aqui também o início das últimas cinco perícopes nas segunda e terceira seções seja particularmente notável (compare Êxodo 9.8 e Êxodo 16.1), e da mesma forma uma nova divisão pode ser feita em Êxodo 4.18.

O número 5 (Êxodo 21.1-23:13) é, no entanto, dividido da seguinte forma:

I e II (Êxodo 21.2-6,7-11) ordenanças para a proteção dos escravos; III e IV (Êxodo 21.12-17,18-27) proteção da vida, ou liberdade, da dignidade dos pais, e leis higiênicas; V (Êxodo 21.28-22:3) dano aos animais; VI (Êxodo 22.4-16) à propriedade; VII (Êxodo 22.17-26) contra feitiçaria, contra imitar os cananeus, e falta de misericórdia; VIII (Êxodo 22.27-30) a relação com Deus; IX e X (Êxodo 23.1-5,6-12) prática ética e humana da lei.

I a IV, portanto, contêm leis relativas a pessoas; V e VI aquelas referentes a coisas; VII a X, aquelas referentes à religião, moralidade e administração da justiça. Mas a principal linha de demarcação deve ser feita após V; pois I a V contêm cada quatro ordenanças, VI a X cada sete, que no texto original em quase todos os casos são em sua linguagem separados uns dos outros por conjunções particulares ou pela construção.

Apenas em VI (Êxodo 22.4-16) parece faltar um comando; pois apenas Êxodo 22.4,5,6,9-12,13,15 f são distinguidos pelo “ki” no início; mas a sétima ordenança é encontrada em 22:8. Aqui também, em cada caso, II e I, dois e dois, como regra, estão mais intimamente conectados, à maneira da divisão nas primeiras três seções – Êxodo 1.8-7:7Êxodo 7.8-13:16Êxodo 13.17-18:27; pelo menos este é o caso em I e II, III e IV através de VII e VIII, IX e X.

(b) Nesta seção também, Êxodo 19.1-24:18 a, não há motivo real para uma divisão em fontes. Afirma-se que P é encontrado apenas em 19:1,2a – Êxodo 24.15-18; mas 19:1,2a é indispensável para 19:2b por causa da palavra “lá”; e antes de 24:15 há uma omissão, se os versículos anteriores forem atribuídos a uma fonte diferente.

Os duplicados 19:8, – Êxodo 19.18,20 são melhor explicados pela suposição de um novo começo em 19:9 em 19:20 (compare acima) – Êxodo 24.1,2, que ao mesmo tempo introduz 24:9, é colocado antes de 24:3, porque em termos de tempo pertence aqui.

Segundo o texto original, a tradução neste lugar deve ler:

“A Moisés ele falou,” em contraste com as ordenanças que, em 21:1, são dirigidas à congregação de Israel. Certamente 24:3-8 é formulado propositalmente para mostrar quase nas mesmas palavras que 24:3 relata a Violação – Êxodo 24.4 a escrita da decisão de obedecer por parte de Israel (24:3b – Êxodo 24.7b).

Não está perfeitamente claro para o leitor onde Moisés estava durante a promulgação do Decálogo, se no monte ou ao pé do monte (compare 19:2 – Êxodo 20.18; mas também Deuteronômio 5.5). Em vista da importância do próprio assunto e da vivacidade da narrativa e da mudança contínua no lugar onde Moisés habitava, é psicologicamente fácil entender que a clareza do relato sofreu um pouco.

(5) Êxodo 24.18b até 31:18:

(a) Durante os quarenta dias que Moisés permanece com Deus no monte, e ao final dos quais ele recebe as duas tábuas da lei (31:18), Deus conversa com ele sete vezes (25: – Êxodo 30.11,17,22,34Êxodo 31.1,12). Número 1 (25:1-30:10) contém direções em referência à construção do Tabernáculo, e leis para os sacerdotes que servem nele.

Números 2.6 trazem uma série de direções suplementares ao número 1, a saber, número 2 (Êxodo 30.11-16), imposto individual; número 3 (Êxodo 30.17-21), vasos de lavagem de cobre; número 4 (Êxodo 30.22-33), óleo para unção; número 5 (Êxodo 30.34-38), incenso; número 6 (Êxodo 31.1-11), a chamada de Bezalel e Aoliabe para serem os mestres construtores; adicionalmente e em conclusão, número 7 (Êxodo 31.12-17), o mandamento do sábado.

Provavelmente não é acidental que a ideia do sábado seja abordada 7 vezes, a saber, além da presente passagem, também em (a) Êxodo 16.5 JE (?) – Êxodo 16.23-29 P e R; (b) 20:8-11 E; (c) 23:10-12 E; (d) 24:16 P; (e) 34:21 J; (f) 35:1-3 o Código Sacerdotal (P), e que como é o caso nesta passagem presente, outras passagens também, como 24:16 P – Êxodo 35.1-3 P concluem uma seção principal, – Êxodo 22.10-22 uma seção subordinada, com essa referência.

A primeira pericope mais completa em Êxodo (25.1-30:10) é, no entanto, dividida em 12 partes (não podemos neste lugar entrar em detalhes em referência aos números típicos encontrados tão frequentemente nas medidas do Tabernáculo, mas podemos referir-nos apenas à forma cúbica do Santo dos Santos com base em 10 côvados), a saber,

(1) contribuições para o santuário (25:1-9);

(2) a arca sagrada (25:10-22);

(3) mesa dos pães da proposição (25:23-30);

(4) candelabros de ouro (25:31-40);

(5) tabernáculo (26:1-37) no qual ao mesmo tempo os artigos mencionados de 2 a 4 são colocados (compare 26:33);

(6) altar para sacrifícios queimados (27:1-8);

(7) pátio (27:9-19) no qual este altar estava (compare 40:29,33);

(8) óleo para as lâmpadas (27:20,21);

(9) vestes sagradas para os sacerdotes (28:1-43);

(10) consagração dos sacerdotes (29:1-37);

(11) os sacrifícios queimados (29:38-46);

(12) altar de incenso (30:1-10).

Os cinco artigos incluídos em 8 a 12 são combinados em contraste com os cinco em 1 a 7 por sua referência expressa aos sacerdotes (compare além de 9 – Números 10 também 27:2 – Êxodo 29.44Êxodo 30.7,10). Com o altar de incenso, que era de grande importância, e de igual importância com o grande altar no Dia da Expiação (30:10), esta seção fecha (compare (b)).

Assim, será em todas as circunstâncias melhor procurar uma explicação para colocar óleo no lugar dos candelabros e do altar de incenso, que à primeira vista parece surpreendente, do que em cada dificuldade apelar para um redator trabalhando sem sistema ou ordem.

No entanto, toda a porção Êxodo 24.18 b até 31:18 encontra sua explicação na promessa de 25:8 que Yahweh habitará no meio de Israel (compare 29:45 f). Ele está entronizado na arca, na qual a lei acusadora como expressão da vontade Divina está depositada (por essa razão chamada ha-`edhuth – Êxodo 25.16,21Êxodo 26.33,14), mas acima da tampa da expiação, a kapporeth, na qual no Dia da Expiação, a cerimônia de expiação é realizada (compare 25:17-22; Levítico 16); veja DIA DA EXPIAÇÃO.

(b) Toda esta seção, com exceção de Êxodo 31.18 E (?) é atribuída ao Código Sacerdotal (P), embora neste lugar, embora sem boas razões, diferentes camadas sejam distinguidas. Em relação à contradição alegada existir nas diferentes pessoas a serem ungidas (sumo sacerdote, ou todos os sacerdotes; compare 29:7 em oposição a 28:4 – Êxodo 29.21), veja LEVÍTICO.

Também os duplicados do sacrifício tamidh e dos candelabros (compare I – Êxodo 3 acima) não são de forma alguma o fator decisivo na prova de uma diferença de fontes dentro das partes que tratam dos sacerdotes, desde que possa ser mostrado que cada passagem está onde pertence.

Em relação aos candelabros, veja LEVÍTICO. Além disso, compare passagens como Mateus 10.39Mateus 16.25Mateus 10.22Mateus 24.13Mateus 6.14Mateus 18.35Mateus 5.29 f – Mateus 18.8Mateus 19.30Mateus 20.16. Mas no que diz respeito à atribuição de certas passagens a P em geral, é auto-evidente que ordenanças referentes aos cultos fazem uso de termos técnicos

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