Eliseu na Bíblia. Significado e Versículos sobre Eliseu
Deus é Salvação. Eliseu, filho de Safate, foi discípulo e sucessor de Elias. O profeta Elias, a quem Deus tinha mandado que ungisse Eliseu como profeta, foi para este fim a Abel-Meolá, onde encontrou Eliseu, ocupado em lavrar a terra com doze juntas de bois, e lançando o seu manto sobre ele, abruptamente passou adiante (1 Reis 19 19).
Correu Eliseu após ele, e pediu-lhe fosse permitido despedir-se da sua família – recebendo uma resposta enigmática, matou logo uma junta de bois, cozeu a carne com a madeira do arado, e fez uma festa de despedida a que assistiram os seus vizinhos.
Depois disto, foi coadjuvar Elias, a quem serviu até ser este trasladado da terra – nessa ocasião apanhou Eliseu o manto caído, sendo-lhe dada, em conformidade ao seu pedido, dobrada porção do espírito de Elias, sinal de que havia de ser o seu herdeiro e sucessor (2 Reis 2).
Após o desaparecimento de Elias, mostrou Eliseu ter sido favorecido com os dons de profeta, separando as águas do rio Jordão por meio do manto do ser mestre (2 Reis 2.14). Os ‘discípulos dos profetas’ publicamente o reconheceram como sucessor de Elias.
Logo depois deste fato, deu-se o segundo e o terceiro dos seus milagres, que foram a dulcificação das águas de Jericó (2 Reis 2.19 a 22), e o aparecimento de ursos, que despedaçaram rapazes escarnecedores (2 Reis 2.23,24).
Quando o rei de Moabe, que havia pagado tributo desde o tempo de Davi, se revoltou contra o rei de israel, marchou este e os seus aliados, os reis de Judá e de Edom, para o deserto, na esperança de surpreender o rei de Moabe – mas a falta de água os fez sofrer muito.
A pedido de Josafá, profetizou Eliseu um notável livramento (2 Reis 3.1 a 25), que foi maravilhosamente realizado. Não está muito claramente indicada a cronologia da vida de Eliseu – mas como ele morreu no reinado de Jeoás (2 Reis 13.14), deve o seu ministério ter-se exercido durante os reinados de Jeorão, Jeú, Jeoacaz, e Jeoás, pelo espaço de quase cinqüenta e sete anos.
A mais profunda lição deste longo ministério não foi tanto a pregação do poder do Senhor, como fazer ver o cuidado, a providência e o auxílio do Senhor, que sempre se tornam visíveis para com os Seus servos e o Seu povo.
Vê-se isto no caso da viúva, cujo marido tinha vivido no temor do Senhor (2 Reis 4.1 a 7). Em virtude de ter ficado pobre esta viúva, o credor tomou conta dos seus dois filhos, para serem seus servos. E, fazendo isto, estava dentro de lei (Levítico 25.39), mas semelhante ação não se podia justificar pela sua dureza.
Então Eliseu, o profeta do Deus de infinita misericórdia, não pôde resistir ao apelo que lhe foi feito, prestando auxilio à pobre mulher. Aconteceu também que, vindo Eliseu várias vezes do monte Carmelo, costumava ficar em Suném, hospedando-se em casa de uma piedosa família israelita (*veja Suném).
A mulher sunamita não tinha filhos, o que era considerado como grande desgraça entre as mulheres judias – mas um dia o profeta assegurou-lhe que Deus a livraria dessa esterilidade (2 Reis 4.8 a 17). Na verdade, essa mulher teve um filho, que, passados alguns anos, morreu, devido a um ataque de insolação.
Deitando ela o corpo do seu filho na cama do profeta, partiu logo, montada numa jumenta, em procura de Eliseu, que orou ao Senhor, e pôde fazer voltar à vida o rapazinho (2 Reis 4.26 a 3 7). (*veja Sunamita.) Algum tempo depois do acontecimento narrado, numa ocasião de grande fome, estava Eliseu em Gilgal, ensinando os discípulos dos profetas e animando-os com a sua presença durante o tempo em que aquele flagelo angustiava o povo.
Tendo sido lançada na panela uma planta venenosa, o profeta tornou a refeição inofensiva, misturando-lhe farinha (2 Reis 4.38 a 41). (*veja Gilgal.) Pertence a este mesmo período o milagre dos vinte pães e algumas espigas de trigo.
O outro milagre que Eliseu operou é descrito no cap. 5 do segundo livro dos Reis, de modo notável. As tropas da Síria, numa das suas incursões, tinham levado consigo uma menina que foi servir em casa de Naamã, homem de grande autoridade, porém leproso. (*veja Lepra.) Veio Naamã ao reino de israel e apresentou-se, por indicações da menina judia, em casa do profeta Eliseu.
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E Naamã foi curado. O fato do machado, que, tendo caído na água, é recuperado, mostra a poderosa influência de Eliseu. Tinham ido os discípulos dos profetas receber de Eliseu a necessária instrução – mas, como o seu número já era demasiadamente grande, pediram ao profeta que lhes permitisse construir uma casa própria nas margens do rio Jordão, onde havia madeira em abundância.
Nessa ocasião se deu o caso do machado, que caiu no rio (2 Reis 6.1 a l). Em outra ocasião, não sabemos quando, porque os acontecimentos descritos nestes capítulos não estão na sua ordem cronológica, pôde Eliseu avisar o rei acerca de diversas conspirações, pelas quais o rei da Síria esperava apoderar-se da pessoa do rei.
Não podia o monarca sírio explicar o ter Jeorão descoberto os seus planos, em tão grande segredo preparados, até que lhe foi sugerido que o taumaturgo profeta podia ter revelado tudo. Sabendo então onde se achava Eliseu, mandou soldados a Dotã, para que o prendessem.
Mas este orou para que todo o exército de Ben-Hadade fosse ferido de cegueira. Foi ouvida a sua oração, e em cegueira foram conduzidos os soldados até entrarem os muros de Samaria. Todavia, não permitiu Eliseu que o rei de israel massacrasse o exército, que daquela maneira tinha caído no laço, manifestando assim o profeta quanto era humanitária a sua alma.
Mostrou também ao rei sírio a futilidade de suas tentativas, nas contendas contra o Deus de israel (2 Reis 6.19 a 23). E Ben-Hadade abandonou, com efeito, as suas incursões de salteador, mas foi preparando um exército regular, e veio cercar Samaria, numa ocasião em que Eliseu e o rei de israel ali estavam.
A cidade viu-se em terríveis dificuldades por falta de alimento, e a fome era tão grande que um ato de canibalismo chegou ao conhecimento do rei. Extraordinariamente angustiado por este fato, o rei Jeorão acusou Eliseu de ser a causa de todas as suas infelicidades, e mandou matá-lo.
Avisado o profeta do que estava acontecendo, e sabendo, também, das intenções do r.
Eliseu – Dicionário Bíblico de Easton
Eliseu
Deus é a sua salvação, o filho de Safate de Abel-Meolá, que se tornou o assistente e discípulo de Elias. Seu nome aparece pela primeira vez na ordem dada a Elias para ungi-lo como seu sucessor. Esta foi a única das três ordens então dadas a Elias que ele cumpriu.
No caminho de Sinai a Damasco, ele encontrou Eliseu em seu lugar natal, trabalhando no campo, arando com doze juntas de bois. Ele foi até ele, jogou sobre seus ombros seu manto áspero, e imediatamente o adotou como filho, investindo-o no ofício profético.
Eliseu aceitou o chamado assim dado (cerca de quatro anos antes da morte de Acabe), e por cerca de sete ou oito anos tornou-se o assistente próximo de Elias até que foi separado dele e levado ao céu. Durante todos esses anos, não ouvimos nada de Eliseu, exceto em conexão com as cenas finais da vida de Elias.
Após Elias, Eliseu foi aceito como líder dos filhos dos profetas e tornou-se notável em Israel. Ele possuía, segundo seu próprio pedido, “uma porção dobrada” do espírito de Elias; e por um longo período de cerca de sessenta anos (892-832 a.C.) ocupou o cargo de “profeta em Israel”.
Após a partida de Elias, Eliseu retornou a Jericó e lá curou a fonte de água lançando sal nela. Em seguida, encontramos ele em Betel, onde, com a severidade de seu mestre, amaldiçoou os jovens que saíram e zombaram dele como profeta de Deus: “Sobe, careca.” O julgamento imediatamente teve efeito, e Deus terrivelmente visitou a desonra feita ao seu profeta como desonra feita a si mesmo.
Em seguida, lemos sobre ele predizendo uma queda de chuva quando o exército de Jeorão estava desfalecido de sede; da multiplicação do azeite da viúva pobre; o milagre de restaurar à vida o filho da mulher de Suném; a multiplicação dos vinte pães de cevada nova em uma quantidade suficiente para cem homens; da cura de Naamã, o sírio, de sua lepra; do castigo de Geazi por sua falsidade e cobiça; da recuperação do machado perdido nas águas do Jordão; do milagre em Dotã, no meio do caminho entre Samaria e Jezreel; do cerco de Samaria pelo rei da Síria e dos terríveis sofrimentos do povo em conexão com isso, e a profecia de Eliseu quanto ao alívio que viria.
Em seguida, encontramos Eliseu em Damasco, para cumprir a ordem dada a seu mestre de ungir Hazael rei sobre a Síria; depois disso, ele dirige um dos filhos dos profetas a ungir Jeú, filho de Josafá, rei de Israel, em vez de Acabe.
Assim, as três ordens dadas a Elias foram finalmente cumpridas.
Não lemos novamente sobre ele até encontrá-lo em seu leito de morte em sua própria casa. Joás, neto de Jeú, vem lamentar sua partida iminente e pronuncia as mesmas palavras que as de Eliseu quando Elias foi levado: “Meu pai, meu pai!
O carro de Israel e seus cavaleiros.”
Depois, quando um corpo morto é colocado no túmulo de Eliseu um ano após seu sepultamento, assim que toca os restos sagrados, o homem “reviveu e se levantou sobre seus pés”.
Easton, Matthew George. “Entrada para Eliseu”. “Dicionário Bíblico de Easton”.
Eliseu – Dicionário de Nomes Bíblicos de Hitchcock
Eliseu
Salvação de Deus
Hitchcock, Roswell D. “Entrada para ‘Eliseu’”. “Um Dicionário Interpretativo de Nomes Próprios das Escrituras”. Nova York, N.Y. – 1869
Eliseu – Dicionário Bíblico de Smith
Eliseu
(Deus é a sua salvação), filho de Safate de Abel-Meolá; o assistente e discípulo de Elias, e posteriormente seu sucessor como profeta do reino de Israel. A primeira menção de seu nome está na ordem dada a Elias na caverna em Horebe. 1 Reis 19.16 1 Reis 19.17 (Cerca de 900 a.C.) Elias parte para obedecer à ordem e encontra seu sucessor arando.
Ele se aproxima e lança sobre seus ombros o manto grosseiro — um sinal imediato de investidura no ofício de profeta e de adoção como filho. Eliseu apenas se demora para dar o beijo de despedida ao pai e à mãe e presidir um banquete de despedida com seu povo, e então segue o grande profeta em sua jornada para o norte.
Não ouvimos mais nada sobre Eliseu por oito anos, até a translação de seu mestre, quando ele reaparece, tornando-se a figura mais proeminente na história de seu país durante o resto de sua longa vida. Em quase todos os aspectos, Eliseu apresenta o contraste mais completo com Elias.
Elias era um verdadeiro beduíno, filho do deserto. Se entra numa cidade, é apenas para entregar sua mensagem de fogo e partir. Eliseu, por outro lado, é um homem civilizado, habitante de cidades. Sua vestimenta era a roupa comum de um israelita, o beged, provavelmente semelhante em forma à longa abaya dos sírios modernos. 2 Reis 2.12 Seu cabelo era cortado atrás, em contraste com as madeixas desordenadas de Elias, e ele usava um cajado, 2 Reis 4.29 do tipo normalmente carregado por cidadãos graves ou idosos.
Zacarias 8.4 Após a partida de seu mestre, Eliseu voltou a morar em Jericó, 2 Reis 2.18 onde purificou milagrosamente as fontes. Encontramos Eliseu em Betel, no coração do país, a caminho de Jericó ao Monte Carmelo. 2 Reis 2.23 As crianças zombeteiras, a maldição de Eliseu e a catástrofe que se seguiu são familiares a todos.
Mais tarde, ele resgata Jeorão, rei de Israel, e os reis de Judá e Edom, de sua dificuldade na campanha contra Moabe devido à falta de água. 2 Reis 3.4-27 Então ele multiplica o óleo da viúva. 2 Reis 4.5 O próximo evento ocorre em Suném, onde ele é hospitaleiramente recebido por uma mulher rica, cujo filho morre e é trazido de volta à vida por Eliseu. 2 Reis 4.8-37 Em seguida, em Gilgal, ele purifica o ensopado mortal, 2 Reis 4.38-41 e multiplica os pães. 2 Reis 4.42-44 Os simples registros desses incidentes domésticos entre os filhos dos profetas são agora interrompidos por um acontecimento de caráter mais importante. 2 Reis 5.1-27 O capitão-chefe do exército da Síria, Naamã, é atacado pela lepra e é enviado por uma serva israelita ao profeta Eliseu, que o orienta a mergulhar sete vezes no Jordão, o que ele faz e é curado, 2 Reis 5.1-14 enquanto o servo de Naamã, Geazi, é atingido pela lepra por sua infidelidade. 2 Reis 5.20-27 Novamente a cena muda.
Provavelmente em Jericó, Eliseu faz o machado de ferro flutuar. 2 Reis 6.1-7 Um bando de saqueadores sírios é enviado para capturá-lo, mas são cegados e ele os conduz a Samaria, onde se encontram na presença do rei israelita e suas tropas. 2 Reis 6.8-23 Durante a fome em Samaria, 2 Reis 6.24-33 ele profetizou uma abundância incrível, 2 Reis 7.1-2 que logo se cumpriu. 2 Reis 7.3-20 Encontramos o profeta em Damasco.
Ben-Hadade, o rei, está doente e envia Hazael a Eliseu para saber o resultado. Eliseu profetiza a morte do rei e anuncia a Hazael que ele sucederá ao trono. 2 Reis 8.7 2 Reis 8.15 Finalmente, este profeta de Deus, após ter ocupado a posição por sessenta anos, é encontrado em seu leito de morte em sua própria casa. 2 Reis 13.14-19 O poder do profeta, no entanto, não termina com sua morte.
Mesmo no túmulo, ele restaura um morto à vida. 2 Reis 13.21
Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Eliseu’”. “Dicionário Bíblico de Smith”. 1901.
Eliseu – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Eliseu
Eliseu, “Deus é salvação”; Septuaginta Eleisaie; Novo Testamento Elisaios, Eliseu, (Lucas 4.27):
Conteúdo
I. Seu Chamado e Preparação
1. Seu Chamado 2. Sua Preparação 3. O Presente de Despedida de Elias
II. Sua Carreira Profética
1. Registro de Sua Carreira 2. Seu Ministério em Capacidade Privada 3. Seu Ministério em Capacidade Pública e Nacional 4. Características de Seu Ministério
(1) Em Comparação com Elias
(2) Características Gerais de Seu Ministério
III. Estimativa Geral Literatura
Um profeta, discípulo e sucessor de Elias. Ele era filho de Safate, viveu em Abel-Meolá, no extremo norte do vale do Jordão e um pouco ao sul do Mar da Galileia. Nada é dito sobre seus pais além do nome do pai, embora ele deva ter sido um homem de alguma riqueza e sem dúvida de piedade sincera.
Não há indício da idade ou local de nascimento de Eliseu, e é quase certo que ele nasceu e foi criado em Abel-Meolá, sendo um homem relativamente jovem quando ouvimos falar dele pela primeira vez. Sua vida inicial foi passada na propriedade de seu pai, em uma família temente a Deus, condições que produziram muitos dos profetas de Deus.
Sua natureza moral e religiosa foi altamente desenvolvida em tais ambientes, e de seu trabalho na fazenda de seu pai ele foi chamado para seu treinamento como profeta e sucessor de Elias.
I. Seu Chamado e Preparação.
A primeira menção dele ocorre em 1 Reis 19.16. Elias estava em Horebe, aprendendo talvez a maior lição de sua vida; e um dos três deveres com os quais ele foi encarregado era ungir Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, como profeta em seu lugar.
1. Seu Chamado:
Elias logo foi para o norte e, ao passar pelas terras de Safate, viu Eliseu arando no campo fértil da fazenda de seu pai. Doze juntas de bois estavam trabalhando, Eliseu mesmo arando com a décima segunda junta.
Cruzando até ele, Elias jogou seu manto sobre o jovem (1 Reis 19.19). Eliseu parecia entender o significado do ato simbólico e ficou por um momento impressionado com seu significado. Isso significava sua adoção como filho e sucessor de Elias no ofício profético.
Naturalmente, ele hesitaria um momento antes de tomar uma decisão tão importante. Enquanto Elias seguia em frente, Eliseu sentiu a força irresistível do chamado de Deus e correu atrás do grande profeta, anunciando que estava pronto para seguir; apenas queria dar um beijo de despedida em seu pai e mãe (1 Reis 19.20).
Elias parecia perceber o que isso significava para o jovem e disse-lhe “Volta; pois o que te fiz eu?” O chamado não era tão urgente quanto Eliseu parecia pensar, e a resposta deveria ser deliberada e voluntária.
Mas Eliseu já havia tomado sua decisão, matou a junta de bois com a qual estava arando, cozinhou a carne com a madeira dos implementos que estava usando e fez uma festa de despedida para seus amigos. Ele então seguiu Elias, fazendo uma renúncia completa aos laços familiares, confortos e privilégios.
Ele se tornou servo de Elias; e temos apenas uma declaração descrevendo seu relacionamento (2 Reis 3.11):
Ele “derramava água nas mãos de Elias.”
2. Sua Preparação:
Eles parecem ter passado vários anos juntos (1 Reis 22.1; 2 Reis 1.17), pois Eliseu se tornou bem conhecido entre as várias escolas dos profetas. Enquanto ministrava às necessidades de seu mestre, Eliseu aprendeu muitas lições profundas e importantes, absorveu muito do espírito dele e desenvolveu sua própria natureza religiosa e eficiência até estar pronto para o serviço profético.
Parece quase certo que eles viveram entre as escolas dos profetas, e não nas montanhas e colinas como Elias havia feito anteriormente. Durante esses anos, o vínculo entre os dois homens tornou-se muito profundo e forte.
Foram anos de grande significado para o jovem profeta e de ensino cuidadoso por parte do mais velho. A lição aprendida em Horebe não foi esquecida e seu significado seria profundamente impresso no homem mais jovem, cuja vida posterior mostra que ele havia absorvido profundamente o ensinamento.
3. O Presente de Despedida de Elias:
A cena final mostra o forte e terno afeto que ele nutria por seu mestre. Ciente de que o fim estava próximo, ele decidiu estar com ele até o último momento. Nada poderia persuadi-lo a deixar Elias. Quando perguntado o que deveria ser feito por ele, antes que seu mestre fosse levado, ele pede a porção do filho mais velho, uma porção dobrada, do espírito de seu mestre (2 Reis 2.9).
Ele não tem pensamento de igualdade; ele seria o primogênito de Elias. O pedido mostra o quanto ele já havia absorvido do espírito de seu mestre. Seu grande professor desaparece em um redemoinho e, impressionado com a visão maravilhosa, Eliseu rasga suas roupas, pega a vestimenta de Elias, retorna ao Jordão, golpeia as águas para testar se o espírito de Elias realmente caiu sobre ele, e enquanto as águas se dividem, ele passa a seco.
Os filhos dos profetas que estavam observando os procedimentos das colinas, imediatamente percebem que o espírito de Elias repousava sobre Eliseu, e se curvam diante dele em reverência e submissão (2 Reis 2.12-15).
Eliseu agora começa sua carreira profética que deve ter durado 50 anos, pois se estendeu pelos reinados de Jeorão, Jeú, Jeoacaz e Joás. A mudança nele agora é tão manifesta que ele é universalmente reconhecido como sucessor de Elias e líder religioso das escolas proféticas.
O ceticismo dos jovens profetas em relação à tradução de Elias encontrou pouca simpatia em Eliseu, mas ele é conciliador e os humoriza (2 Reis 2.16-18).
II. Sua Carreira Profética.
1. Registro de Sua Carreira:
Ao estudarmos a vida de Eliseu, olhamos primeiro para o registro de sua carreira. O compilador desses registros não seguiu uma ordem cronológica estrita. Como outros escritores das escrituras, ele seguiu o sistema de agrupar seus materiais.
Os registros em 2 Reis 2.19-5:27 provavelmente estão na ordem de sua ocorrência. Os eventos nos capítulos 6-9 não podem ser organizados cronologicamente, pois o nome do rei de Israel não é mencionado. Em 6:23 somos informados que os sírios não entraram mais na terra de Israel, – 2 Reis 6.24 procede a dar um relato da invasão de Ben-Hadade e do terrível cerco de Samaria.
No capítulo 5, Geazi é atingido pela lepra, enquanto no capítulo 8 ele está em conversa amigável com o rei. No capítulo 13, a morte de Joás é registrada, e isso é seguido pelo registro de sua última entrevista com Eliseu (2 Reis 13.14-19), evento que ocorreu alguns anos antes.
2. Seu Ministério em Capacidade Privada:
Quando ele começou sua carreira de serviço, ele carregava o manto de Elias, mas não lemos mais sobre esse manto; ele está vestido como um cidadão comum (2 Reis 2.12) em roupas comuns (beghadhim). Ele carrega o cajado de caminhada de cidadãos comuns, usando-o para realizar milagres (2 Reis 4.29).
Ele parece ter vivido em diferentes cidades, hospedando-se em Betel ou Jericó com os filhos dos profetas, ou morando em sua própria casa em Dotã ou Samaria (2 Reis 6.24,32). Ele passava por Suném com tanta frequência a pé que um quarto foi construído para seu uso especial (2 Reis 4.8-11).
(1) O ministério de Elias começou fechando os céus por três anos e meio; o de Eliseu começou curando uma fonte de água perto de Jericó (2 Reis 2.21). Uma dessas fontes possuía certas qualidades nocivas, e a reclamação é feita a Eliseu de que ela é imprópria para beber e prejudicial à terra (2 Reis 2.19).
Ele pega sal em um vaso novo, joga na fonte e as águas são curadas de modo que não houve “dali mais morte ou aborto” (2 Reis 2.21).
(2) Deixando Jericó, ‘uma situação agradável’, ele sobe para as terras altas de Efraim, provavelmente pelo Wady Suweinit, e se aproxima de Betel, um centro de adoração a Baal e sede da idolatria. A cabeça calva, ou talvez raspada de perto, de Eliseu, em contraste com a de Elias, provocou o ridículo de alguns “jovens da cidade” que gritaram atrás dele “Sobe, calvo”, sua zombaria manifestando a mais flagrante profanação e total desrespeito a Deus ou qualquer coisa sagrada.
Eliseu, justamente irritado, virou-se e os amaldiçoou em nome de Yahweh. Dois ursos logo saíram dos bosques daquela região selvagem e fizeram um estrago terrível entre os meninos. Eliseu pode ter mostrado severidade e uma vingança nisso, mas ele não teve culpa alguma pelo castigo que sobreveio aos meninos.
Ele não teve nada a ver com os ursos e não foi de forma alguma responsável pelo destino dos rapazes. A Septuaginta acrescenta que eles jogaram pedras, e os rabinos contam como Eliseu foi punido, mas essas tentativas de amenizar o caso são desnecessárias e inúteis (2 Reis 2.23,14).
(3) De Betel, Eliseu passou para o Monte Carmelo, lar de uma escola de profetas, passou algum tempo lá e retornou a Samaria, a capital (2 Reis 2.25). Seu próximo ato de misericórdia foi aliviar as necessidades urgentes de uma viúva de um dos profetas.
O nome do lugar não é dado (2 Reis 4.1-7).
(4) Em suas muitas viagens pelo país, ele frequentemente passava pela pequena aldeia de Suném, nas encostas do “Pequeno Hermom”. O nome moderno é Solam. Fica a cerca de três milhas de Jezreel. Acostumado a aceitar a hospitalidade de uma das mulheres do lugar, ele a impressionou tanto com sua santidade que ela apelou ao marido para construir um quarto para o “santo homem de Deus, que passa por nós continuamente.” Isso foi feito, e em retribuição por essa hospitalidade, um filho nasceu para a mulher, que morre subitamente na infância e é restaurado à vida pelo profeta (2 Reis 4.8-37).
(5) Eliseu está agora em Gilgal, residindo com os filhos dos profetas. É um tempo de fome e eles estão subsistindo do que podem encontrar. Um deles encontra algumas abóboras silvestres (paqqu`oth), corta-as em pedaços e as cozinha.
Os homens mal começam a comer quando sentem o veneno e clamam a Eliseu: “Ó homem de Deus, há morte na panela.” Jogando um pouco de farinha, Eliseu imediatamente torna o prato inofensivo e saudável (2 Reis 4.38-41).
(6) Provavelmente na mesma época e lugar e durante a mesma fome, um homem de Baal-Salisa trouxe provisões como presente para Eliseu–vinte pães de cevada fresca e espigas de grãos frescos. Generosamente, Eliseu ordena que seja dado ao povo para comer.
O servo declarou que era totalmente insuficiente para cem homens, mas Eliseu prevê que haverá o suficiente e ainda sobrará (2 Reis 4.42-44). Este milagre se assemelha muito aos dois milagres de Jesus.
(7) O próximo incidente é a cura de Naamã, o comandante leproso do exército sírio (2 Reis 5.1-19). Ele é afligido pela lepra branca, o tipo mais maligno (2 Reis 5.27). Uma donzela judia, capturada em uma de suas numerosas invasões do leste da Palestina e vendida como escrava com uma multidão de outros, conta à sua senhora, esposa de Naamã, sobre o maravilhador Eliseu.
A donzela diz à sua senhora que Eliseu pode curar a lepra, e Naamã resolve visitá-lo. Através do rei, ele obtém permissão para visitar Eliseu com um grande séquito e ricos presentes. O profeta envia seu servo para dizer-lhe que mergulhe sete vezes no Jordão e ele será curado.
Naamã fica irritado com a falta de deferência por parte de Eliseu e se afasta furioso para voltar para casa. Melhores conselhos prevalecem, e ele obedece ao profeta e é curado. Eliseu recusa absolutamente os ricos presentes oferecidos por Naamã e permite que o sírio leve um pouco de terra da terra de Yahweh, para que ele possa construir um altar na Síria e adorar Yahweh lá.
A ideia era que um Deus era localizado e só podia ser adorado em sua própria terra. Eliseu concede a Naamã permissão aparentemente para adorar Rimom enquanto avowedly ele é um adorador de Yahweh. O profeta aprecia as dificuldades no caminho de Naamã, acredita em sua sinceridade, e por esta concessão de forma alguma prova que acredita na existência real de um deus chamado Rimom, ou que Yahweh estava confinado à sua própria terra, ou de qualquer forma sanciona a adoração idólatra.
Ele é conciliador e tolerante, fazendo o melhor da situação.
(8) Um ato de severidade por parte de Eliseu segue, mas foi ricamente merecido. O verdadeiro caráter de Geazi agora se manifesta. Ele cobiça os ricos presentes trazidos por Naamã, corre atrás dele e, com uma história engenhosa, consegue um rico presente do general.
Eliseu adivinha seu truque e condena ele e sua família a serem afligidos pela lepra de Naamã para sempre (2 Reis 5.20-27).
(9) Um grupo dos filhos dos profetas, provavelmente em Jericó, achando seus alojamentos muito pequenos, decide construir novos alojamentos perto do Jordão. Enquanto cortavam a madeira, a cabeça do machado de um deles, uma ferramenta emprestada, caiu na água e desapareceu.
Seria inútil tentar procurá-la naquele rio rápido e lamacento, então ele clama em angústia ao profeta. Eliseu quebra um galho, lança no local onde o machado caiu e faz o ferro flutuar na superfície (2 Reis 6.1-7).
3. Seu Ministério em uma Capacidade Pública e Nacional:
Os serviços de Eliseu ao seu rei e país foram numerosos e significativos.
(1) O primeiro registrado ocorreu durante a tentativa de Jeorão de ressubjugar Moabe, que havia se revoltado sob o rei Mesa. Em companhia de Josafá e do rei de Edom, seus aliados do sul, os exércitos combinados se encontraram sem água no deserto de Edom.
A situação é desesperadora. Jeorão apela a Josafá, e ao descobrir que Eliseu estava no acampamento, todos os três reis apelam a ele em sua extremidade. Ele recusa qualquer ajuda a Jeorão, mandando-o apelar aos profetas de seu pai Acabe e de sua mãe Jezabel.
Por causa de Josafá, ele ajudará, chama um menestrel, e sob o feitiço da música recebe sua mensagem. Ele ordena que cavem muitas valas para segurar a água que certamente virá no dia seguinte da terra de Edom e sem chuva.
Além disso, previu que Moabe seria totalmente derrotado. Essas previsões se cumprem, Mesa é fechado em sua capital e, em desespero, sacrifica seu primogênito e herdeiro nas muralhas à vista de todo Israel.
Em grande horror, os israelitas se retiram, deixando Mesa em posse (2 Reis 3.4-27).
(2) Seus próximos serviços ocorreram em Samaria. O rei da Síria descobre que seus planos mais secretos são divulgados de maneira misteriosa, e ele falha mais de uma vez em capturar o rei de Israel. Suspeita de traição em seu exército, mas é informado sobre os poderes divinatórios de Eliseu.
Eliseu está vivendo em Dotã; e para lá o rei da Síria envia um grande exército para capturá-lo. Cercado à noite, Eliseu não fica aterrorizado como seu servo, mas ora para que os olhos do jovem sejam abertos para ver as montanhas cheias dos carros e cavalos de Yahweh.
Saindo para encontrar os sírios enquanto eles se aproximam, Eliseu ora para que sejam atingidos com cegueira. A palavra “canwerim” é usada apenas aqui e em Gênesis 19.11 e provavelmente significa cegueira mental, ou confusão, uma ilusão mental.
Ele agora lhes diz que vieram ao lugar errado, mas ele os levará ao lugar certo. Eles o seguem até o coração de Samaria e ao poder do rei. Este último teria matado eles, mas é repreendido por Eliseu, que aconselha que sejam alimentados e enviados embora (2 Reis 6.8-23).
Impressionados por tal poder misterioso e clemência estranha, os sírios cessaram seus ataques de pilhagem.
(3) O próximo incidente deve ter ocorrido algum tempo antes ou depois desses eventos. Samaria está sitiada, os israelitas são encorajados a defender sua capital até o fim, os preços da fome prevalecem, e mães começam a cozinhar seus filhos e comê-los.
O rei, em horror e raiva, quer vingar-se de Eliseu. Este último adivinha seu propósito, antecipa qualquer ação por parte do rei e prevê que haverá abundância de comida no dia seguinte. Naquela noite, um pânico tomou conta do exército sírio.
Eles imaginaram ouvir os hititas vindo contra eles e fugiram em debandada em direção ao Jordão. Quatro leprosos descobrem o acampamento abandonado e relatam o fato ao rei. Ele suspeita de uma emboscada, mas é persuadido a enviar alguns homens para reconhecer.
Eles encontram o acampamento abandonado e tesouros espalhados pelo caminho até o Jordão. Os samaritanos não perdem tempo em saquear o acampamento e as previsões de Eliseu se cumprem à risca (2 Reis 6.24-7).
(4) O próximo ato do profeta foi de grande significado. Foi a execução da primeira ordem dada a Elias em Horebe, e o tempo parecia maduro para isso. Ele segue para o norte até Damasco e encontra Ben-Hadade doente.
Ao ouvir sobre sua presença, o rei envia um rico presente pelas mãos de seu capitão-chefe Hazael e pergunta se ele se recuperará. Eliseu dá uma resposta dupla. Ele se recuperará, a doença não será fatal, mas ele morrerá.
Fixando seus olhos em Hazael, Eliseu vê um sucessor feroz e implacável de Ben-Hadade, que será um terrível flagelo para Israel. O homem de Deus chora, o capitão feroz fica envergonhado, e quando informado do que fará, se representa como um cão incapaz de fazer tais coisas.
Mas a perspectiva é muito tentadora; ele diz a Ben-Hadade que ele se recuperará, e no dia seguinte o sufoca e sucede ao trono (2 Reis 8.7-15).
(5) O próximo movimento de Eliseu foi ainda mais significativo. É o cumprimento da segunda ordem dada a Elias no Monte Horebe. Os israelitas estão lutando contra os sírios na defesa de Ramote-Gileade. O rei Jeorão é ferido e retorna para casa em Jezreel para se recuperar.
Eliseu aproveita o momento oportuno para vingar a casa de Acabe por seus muitos pecados. Ele despacha um dos jovens profetas com um frasco de óleo para Ramote-Gileade com ordens para ungir Jeú, um dos capitães do exército, como rei sobre Israel.
O jovem profeta obedece, entrega sua mensagem e foge. Jeú tenta esconder a verdadeira natureza da entrevista, mas é forçado a contar e é imediatamente proclamado rei. Ele salta em seu carro, dirige furiosamente para Jezreel, encontra o rei perto da vinha de Nabote, envia uma flecha através de seu coração, atropela a rainha Jezabel até a morte, mata os filhos do rei e extermina a família real.
Ele então traiçoeiramente assassina os sacerdotes de Baal e a revolução está completa; a casa de Acabe é destruída, o culto a Baal derrubado e um rei capaz está no trono (2 Reis – 2 Reis 10).
(6) Eliseu mantém seu espírito fervoroso e patriótico até o fim. Seu ato final está de acordo com sua longa vida de feitos generosos e fiel serviço patriótico. Ele está em seu leito de morte, tendo testemunhado as terríveis opressões de Israel por Hazael, que fez os israelitas como pó sob seus pés.
O jovem rei Joás o visita, chora por ele, chamando-o de “Meu pai, os carros de Israel e seus cavaleiros.” O profeta moribundo manda ele pegar seu arco e flecha e atirar para o leste, um ato simbólico de sua vitória sobre a Síria.
Sendo então comandado a golpear o chão, ele golpeia três vezes e para. O profeta fica bravo, diz que ele deveria ter golpeado muitas vezes, então ele teria golpeado a Síria muitas vezes, mas agora ele só a golpeará três vezes (2 Reis 13.14-19).
(7) A última maravilha relacionada a Eliseu ocorre após sua morte. Seus ossos foram relatados como tendo poder vitalizador (2 Reis 13.20-21). A tradição diz que o homem assim restaurado à vida viveu apenas uma hora; mas a história ilustra algo da reverência mantida por Eliseu.
4. Características de Seu Ministério:
(1) Em Comparação com Elias.
Em muitos aspectos, Eliseu é um contraste com seu grande predecessor. Em vez de algumas aparições notáveis e eventos marcantes, o seu foi um ministério constante ao longo da vida; em vez das colinas escarpadas, sua casa era no vale tranquilo e na fazenda; em vez da solidão, ele amava a vida social e o lar.
Não havia aparições e desaparecimentos súbitos, as pessoas sempre sabiam onde encontrá-lo. Não havia longas temporadas de esconderijo ou aposentadoria, ele estava constantemente se movendo entre as pessoas ou as escolas proféticas.
Não houve revoluções espetaculares, apenas o efeito de um longo ministério constante. Sua carreira se assemelhava mais à porção posterior de Elias do que à anterior. Elias aprendeu bem sua lição em Horebe.
Deus não está tanto na tempestade, no fogo e no terremoto, mas na “voz mansa e delicada” (1 Reis 19.12). Elias era um profeta de fogo, Eliseu mais um pastor. O primeiro chamou fogo do céu para consumir aqueles enviados para levá-lo; Eliseu antecipa o rei quando ele vem para levá-lo (2 Reis 6.32,33) e dá promessas de alívio.
Ele apenas pede que a cegueira venha sobre o exército que o cercou em Dotã, e os poupa quando o rei teria os matado (2 Reis 6.21-23). Elias era austero e terrível, mas Eliseu era tão companheiro que a mulher em Suném construiu-lhe um quarto.
Sua visão profética poderia ser ajudada mais pelos sons da música do que pela solidão da montanha (2 Reis 3.15). Alguns de seus milagres se assemelham aos de Elias. A multiplicação do óleo e do jarro é muito parecida com o suprimento contínuo de farinha e óleo para a viúva de Sarepta (1 Reis 17.10-16), e a ressurreição do filho da sunamita como a ressurreição do filho da viúva em Sarepta (1 Reis 17.17-24).
(2) Características Gerais de Seu Ministério.
Seus serviços como pastor-profeta foram mais notáveis do que seus milagres. Ele podia ser muito severo na presença de atos deliberados de maldade, firme e inflexível quando a ocasião exigia. Ele podia chorar diante de Hazael, sabendo o que ele faria a Israel, ainda assim o ungiu rei da Síria (2 Reis 8.11-15).
Quando o tempo estava maduro e a ocasião oportuna, ele podia instigar uma revolução que eliminou uma dinastia, exterminou uma família e causou o massacre dos sacerdotes de Baal (2 Reis – 2 Reis 9). Ele possuía a confiança dos reis de tal forma que o tratavam como pai e a si mesmos como filhos (2 Reis 6.2 – 2 Reis 13.14).
Ele acompanhou um exército de invasão e três reis o consultaram em extrema necessidade (2 Reis 3.11-19). O rei da Síria o consulta em caso de doença (2 Reis 8.7,8). O rei de Israel parece culpá-lo pelas terríveis condições do cerco e queria vingança sobre ele (2 Reis 6.31).
Ele era algo de um estrategista militar e muitas vezes salvou o exército do rei (2 Reis 6.10). O rei de Israel vai a ele para seu conselho final (2 Reis 13.14-19). Seu conselho ou comando parecia ser sempre seguido sem hesitação.
Sua contribuição para a vida religiosa de Israel não foi seu menor serviço. Sob Jeú, ele garantiu a destruição do culto a Baal em sua forma organizada. Sob Hazael, a nação foi pisoteada e quase aniquilada por sua apostasia.
Por meio de seu próprio ministério, muitos foram salvos de dobrar o joelho a Baal. Sua influência pessoal entre as escolas dos profetas foi ampla e benéfica. Quem escapou da espada de Hazael foi morto por Jeú, e quem escapou de Jeú foi morto por Eliseu.
Eliseu terminou o grande trabalho de acabar com o culto a Baal iniciado por Elias. Seu trabalho não foi tanto adicionar algo à religião, mas limpar a religião já possuída. Ele não salvou a nação, mas salvou um grande remanescente.
As corrupções não foram todas erradicadas, os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, nunca foram totalmente superados. Ele passou por uma humilhação nacional amarga e angustiante, mas emergiu com esperança.
Ele observava ansiosamente cada mudança de eventos e seus conselhos eram mais frequentemente adotados do que talvez os de qualquer outro profeta. Ele era “os carros de Israel e seus cavaleiros” (2 Reis 13.14).
Nenhuma condenação do culto ao bezerro em Dã e Betel foi registrada, mas isso não prova que ele o sancionava plenamente. Sua luta era entre o culto a Yahweh e o culto a Baal. A forma corrompida do culto a Yahweh foi um problema que Amós e Oséias tiveram que enfrentar quase um século depois.
III. Estimativa Geral.
Seu caráter foi amplamente moldado por sua vida doméstica. Ele foi amigo e benfeitor tanto de estrangeiros quanto de israelitas. Ele era de coração generoso e tolerante em grau notável, corajoso e astuto quando a ocasião exigia, um diplomata e estadista, severo e inflexível apenas na presença do mal e quando a ocasião demandava.
Ele é acusado de ser vingativo e de empregar falsidade com seus inimigos. Suas falhas, no entanto, eram as falhas de sua época, e estas foram pouco manifestadas em sua longa carreira. Sua vida foi a de um pastor esforçado.
Um homem caseiro e sociável, seu verdadeiro trabalho era ensinar e ajudar, em vez de realizar milagres. Ele continuamente andava fazendo o bem. Ele era engenhoso e pronto e tinha um senso de humor. Conhecido como “o homem de Deus”, provou seu direito ao título por seu zelo por Deus e serviço amoroso ao homem.
LITERATURA.
Driver, LOT – 2 Reis 185 W. R. Smith, Profetas de Israel – 2 Reis 85 Cornill, Isr. Profetas – 2 Reis 14 33; Farrar, Livros dos Reis; Kuenen, Religiões de Israel, I – 2 Reis 360 Montefiore, Hibbert Lectures – 2 Reis 94 Maurice, Profetas e Reis – 2 Reis 142 Liddon, Sermões sobre Assuntos do Antigo Testamento – 2 Reis 195.334.
J. J. Reeve
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ELISEU’”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.
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