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Edom na Bíblia. Significado e Versículos sobre Edom

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Vermelho. Foi este o nome dado a Esaú por motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura (Gênesis 25.30Gênesis 36.1). 2. O país que nos tempos do N. T.

Era conhecido pelo nome de iduméia (Marcos 3.8). Primitivamente se chamava ‘monte Seir’ (escabroso), e era então habitado pelos horeus (Gênesis 14.6). Estendia-se desde o mar Morto até ao mar Vermelho, sendo Elate e Eziom-Geber os portos idumeus (Deuteronômio 2.8). É um território estreito e montanhoso, com 160 km de comprimento por 32 de largura, sendo a altura média acima do nível do mar uns 600 metros.

Limita-se ao oriente pelo deserto da Arábia, sendo a sua fronteira ocidental vizinha de Judá. É uma região de profundos vales e de férteis planícies, com um clima magnífico, mas o aspecto geral do país é áspero e inculto (Jeremias 49.16 – e Obadias 3.4).

Foi esta terra que Esaú ocupou logo depois da morte de seu pai isaque (Gênesis 36.6 a 8). Foi subjugada pelos seus descendentes (Deuteronômio 2.12). Os idumeus (descendentes de Esaú ou Edom) eram um povo guerreiro, habitantes das cavernas, como tinham sido os horeus, a quem eles tinham afugentado daqueles sítios (Jeremias 49.16), sendo além disso idólatras (2 Crônicas 25.14).

Eles recusaram aos hebreus a passagem pelo seu território (Números 20.14 a 21Números 21.4), e foram acusados de inveterado ódio para com o povo israelita (Ezequiel 25.12). Saul fez guerra aos idumeus, e Davi os subjugou completamente depois de terrível carnificina (1 Samuel 14.472 Samuel 8.14).

A partir deste tempo ficaram os reis de Edom tributários dos reis de Judá até ao reinado de Josafá (1 Reis 22.47). A partir daí mantiveram a sua independência e fizeram repetidos ataques a Judá (2 Crônicas 28.17).

A sua hostilidade perversa (Ezequiel 25.12) trouxe sobre eles os males profetizados por Isaías (34.5 a 15Isaías 63.1 a 6), por Jeremias, (49.7 a 12, e nas Lamentações 4.21), por Ezequiel (25.14), por Joel (3.19), e por Amós (1.11,12).

Durante o tempo do cativeiro dos israelitas, avançaram os idumeus na direção do noroeste, ocupando muitas cidades ao sul de Judá e Simeão – mas ao mesmo tempo perderam a parte meridional do seu próprio território, sendo-lhes conquistado pelos nabateanos, poderosa tribo de árabes.

Em tempos posteriores o nome de Edom, ou iduméia, estendia-se a todo o território desde o deserto da Arábia até ao Mediterrâneo. Era Bozra (Bezer) a cidade capital, mas a principal fortaleza era Petra (Sela), esse maravilhoso e quase inexpugnável lugar, talhado na rocha viva (*veja Petra).

As palavras dos profetas foram completamente cumpridas – ‘Edom se fará um deserto abandonado’ (Jeremias 49.17Joel 3.19). É hoje de tal sorte o deserto de Edom, que a gente se espanta, e pergunta como é que uma região tão estéril e acidentada pôde, em tempos antigos, ser adornada de cidades, e habitada por um poderoso e opulento povo!

O seu atual aspecto devia desmentir a sua história, se essa história não fosse confirmada por muitos vestígios de sua primitiva grandeza, pelos sinais de uma antiga cultura, isto é, pelas ruínas de cidades e fortificações, vendo-se ainda também os restos de muralhas e de estradas empedradas.

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