Beleza – Dicionário Evangélico de Teologia Bíblica de Baker
Beleza
Significado no Antigo Testamento. A apreciação pela beleza é um tema consistente em toda a Bíblia. A Bíblia também tem uma doutrina completa sobre a beleza. Assim, beleza pelo amor à beleza não é abordada.
As Escrituras do Antigo Testamento são particularmente apreciativas da natureza. Deus anunciou que a criação era boa (Gênesis 1). Os salmos revelam uma apreciação pelas obras de Deus (Salmos – Salmos 19.1 – Salmos 29 104).
Deus fez seu mundo bom, fazendo com que as fontes jorrassem nos vales, a grama crescesse para o gado e a lua marcasse as estações. A mente hebraica que refletia sobre a bondade de Deus na natureza contrastava com a mentalidade pagã das nações vizinhas, que muitas vezes chegavam a declarar que o mundo era totalmente mal.
Atratividade Humana. Tanto mulheres quanto homens são descritos como atraentes. Seres humanos às vezes usavam cosméticos para se tornarem mais belos (Isaías 3.18-24). Sara (Gênesis 12.11), Rebeca (Gênesis 24.16), Abigail (1 Samuel 25.3), Raquel, Abisague, Bate-Seba e Ester são destacadas por sua beleza.
No entanto, a beleza física era secundária à piedade e à engenhosidade (Provérbios 31.10-31; 1 Timóteo 2.9-10; 1 Pedro 3.3-5). O escritor do Cântico dos Cânticos retrata seu amor por sua noiva como bela.
Embora os hebreus não exaltassem a forma humana como os antigos gregos, alguns homens são referidos como extremamente bonitos: Davi (1 Samuel 16.12), Absalão (2 Samuel 14.25), Daniel (Daniel 1.15), José, Jônatas e até Moisés quando criança (Êxodo 1).
A roupa também tinha apelo estético (Gênesis 41.4 – Gênesis 45.22; Êxodo 26.3 – Êxodo 28.2; Apocalipse 3.4).
Descrições Divinas A Escritura apresenta uma teologia implícita da beleza como um concomitante da criatividade divina e redenção escatológica. O favor do Senhor é belo e suas promessas esperançosas oferecem “beleza em vez de cinzas” para seu povo (Salmos 90.17; Isaías 61.3).
Deus é um diadema de beleza para o remanescente fiel de Israel (Isaías 28.5).
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Deus é um Deus de glória, e sua glória Shekinah está sempre presente entre seu povo (Êxodo 16 – Êxodo 24.16 – Êxodo 40.34; Levítico 9.6; Números 14.10; Deuteronômio 5.24). O Messias prometido foi profetizado para ser um rei belo (Isaías 33.17).
No entanto, o profeta também disse que o Messias sofredor não teria “nenhuma beleza ou majestade que nos atraísse a ele” (Isaías 53.2).
Significado Joanino Não deveria nos surpreender que a beleza desempenhe um papel tão importante no drama escatológico da Bíblia. O Livro do Apocalipse evita representações antropomórficas de Deus. Deus é descrito em esplendor inegável.
O conceito de beleza, portanto, é mais significativo do que simples atratividade. Beleza é semelhante, se não sinônimo, da glória de Deus. Aquele que se senta no trono do universo “tinha a aparência de jaspe e um arco-íris, parecendo uma esmeralda, cercava o trono” (Apocalipse 4.3).
A Cidade Santa, a última morada preparada para o povo de Deus, é gloriosamente adornada como uma noiva para seu marido (Apocalipse 21.2).
Significado Paulino No período atual, os crentes são exortados a viver de maneira que faça o ensino do Senhor belo e atraente diante dos incrédulos (Tito 2.10). Aqueles que pregam o evangelho podem ser descritos como belos (Romanos 10.15).
David S. Dockery
Elwell, Walter A. “Entrada para ‘Beleza’”. “Dicionário Evangélico de Teologia”. 1997.
Beleza – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Beleza
O espaço destinado a este tópico permite apenas a declaração de dois problemas para os estudantes da Bíblia. Eles devem dar atenção distinta à interligação da estética com a ética nas Escrituras. Devem observar a extensão e o significado da estética na Natureza.
1. Estética nas Escrituras:
Que a Bíblia é um livro ético é evidente. A retidão em todas as relações do homem como ser moral é a chave para sua inspiração, a luz guia para a correta compreensão de seu discurso. Mas ela é inspirada e escrita em uma atmosfera de estética.
O estudo revelará esse fato desde Gênesis até Apocalipse. O primeiro par aparece em um jardim onde crescia “toda árvore que é agradável à vista” (Gênesis 2.9), e a última visão para a raça é uma morada em uma cidade cujos portões são de pérola e ruas de ouro (Apocalipse 21.21).
Tal é a imaginação que de início ao fim é retratada como o lar da ética – no começo em sua inocência não testada e no final em sua retidão robusta. O problema será observar a interação desses dois elementos – o belo e o bom – em todo o alcance das Escrituras.
Alguns textos nos apresentam essa relação e então o estudante da Bíblia pode detectá-la conforme lê. – “Uma coisa pedi ao Senhor, a buscarei: Que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, Para contemplar a beleza do Senhor, E meditar no seu templo” (Salmos 27.4).
“Porque todos os deuses dos povos são ídolos; Mas o Senhor fez os céus. Honra e majestade estão diante dele: Força e beleza estão no seu santuário” (Salmos 96.5,6). Se capturarmos o espírito exposto em tais e semelhantes Salmos, podemos usá-lo como uma agulha magnética para detectar o seu semelhante onde quer que leiamos: e encontraremos isso em abundância. É apenas necessário voltar às instruções dadas para fazer a Arca da Aliança e seu tabernáculo circundante, e as decorações dos sacerdotes que iriam ministrar no culto ao Senhor nas cerimônias descritas, como dado em Êxodo 25 para ver que todos os recursos de Israel foram trazidos para tornar arca e tabernáculo e seu serviço bonitos.
Encontraremos em uma concordância meia coluna de referências sob a palavra “Arca” e uma coluna e meia sob a palavra “Tabernáculo”. Ao procurar essas referências, pode-se perceber quanto cuidado foi dedicado para dar e preservar a esses auxílios ao culto o atrativo da beleza.
Em 1 Crônicas 15 – 1 Crônicas 16 temos um relato de Davi trazendo a Arca da Aliança para sua própria cidade para descansar em uma tenda que ele havia providenciado. Nessa ocasião, foi feita uma demonstração com toda a estética que a música daquela época era capaz. “E Davi falou aos chefes dos levitas para nomearem seus irmãos cantores, com instrumentos de música, saltérios e harpas e címbalos, soando alto e elevando a voz com alegria.” E Davi mesmo deu à celebração a estética de um dos mais nobres de seus Salmos (1 Crônicas 16:8-36).
É quase desnecessário referir-se a Salomão e seu templo (1 Reis 6 2 Crônicas 3). É entendimento comum que a civilização do tempo de Salomão foi aproveitada ao máximo em cada departamento de estética, na construção daquela casa para o Senhor e nos compromissos para o culto lá conduzido.
Beleza de forma e cor e harmonia de som foram então e lá integradas – tornadas uma – com o culto em santidade. A propriedade dessa associação tem sido vista e sentida através das eras.
Há beleza na fala. É um fato que os clássicos supremos na literatura das línguas de duas das nações dominantes do mundo, o inglês e o alemão, são traduções da Bíblia. Não há explicação para tal fato exceto que o original justificava as traduções.
Você pode ler indiferentemente de uma tradução para outra e captar o mesmo brilho estético. Nobreza e poesia de pensamento estavam no que deveria ser traduzido. Aqui está a prova que não pode ser negada de que os autores das Escrituras buscaram a ajuda da estética como vestimenta para a ética que ensinavam.
Então eles escreveram em poesia. Então eles usaram alegoria, ilustração, figura, metáfora que encantariam e segurariam. As parábolas de Jesus são exemplos desse método de revestir o pensamento. Elas fazem seu trabalho ético porque incorporaram figuras e imagens de percepções estéticas familiares. “O semeador saiu a semear” (Mateus 13.3).
Essa é uma visão alegre – sempre foi e sempre será. É por isso que uma pintura de “O Semeador” fica pendurada nas paredes de uma casa cristã. Apenas a pintura – e todo espectador se lembra da parábola e não consegue esquecer sua ética.
A intensidade do pensamento concentrada na ética no Novo Testamento desviou a atenção da parceria entre esses dois princípios na religião. Mas ela está lá, e nós a veremos assim que a procurarmos.
É algo para o qual não acordamos até tarde na vida – a saber, a imensidão da provisão na Natureza para a beleza. Consenso geral atribui beleza ao arco-íris.
2. Estética na Natureza:
Refletindo que cada gota de água no oceano, ou nas rochas hidratadas, ou no vapor flutuando sobre Saturno, tem nela a possibilidade de coloração de arco-íris. De fato, toda matéria tem cor da qual o arco-íris é apenas um exemplo.
Qualquer elemento incandescente tem um espectro parcialmente coincidente com o da água e variando acima e abaixo dele na capacidade infinita que tem de iniciar ondulações do éter. Como aparentemente a maior parte da matéria do universo é incandescente, podemos ver que o campo para expressão em cor é infinito.
Ninguém além do Deus infinito pode vê-lo todo.
Se descermos a esta terra simples e trabalhadora, o cultivo do senso estético trará beleza em toda parte, desde a grandeza das paisagens montanhosas até curvas estéticas e cores reveladas apenas pelo microscópio.
Dizemos que a borboleta é bela acabada. Mas a larva da qual ela deriva muitas vezes carrega tanta beleza em matizes de cor e finura de espinhos e mandíbulas. Olhando através da escala desta maneira, a evidência do teísmo a partir da própria beleza torna-se convincente.
A beleza se torna uma mensageira de e de Deus – como Iris era para o grego e o arco-íris para o hebreu (Eclesiastes 3.11).
Isto do Journal Intime de Amiel, I – Eclesiastes 233 expõe a posição radical, inexpugnável da beleza na Natureza e na filosofia dela corretamente interpretativa:
“Para o filósofo materialista o belo é um mero acidente e, portanto, raro. Para o filósofo espiritualista, o belo é a regra, a lei, a fundação universal das coisas, para a qual cada forma retorna assim que a força do acidente é retirada.”
À medida que nos acostumamos a fazer sínteses maiores e maiores no departamento de estética, que diapasão de mensagem teísta podemos ouvir? A beleza onde quer que seja expressa e de qualquer forma é um meio de revelação. É um arbusto sempre ardente, nunca consumido.
Diante dele “tira as sandálias dos pés, pois o lugar em que estás é terra santa”. Que a beleza deveria ser – para essa intenção, para esse fim, desde a eternidade trabalhou o Ancião dos Dias.
C. Caverno
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘BELEZA’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.
Beleza e ataduras – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Beleza e ataduras
Os nomes dados em Zacarias 11.7,14 a dois cajados simbólicos, o primeiro significando a aliança de graça de Yahweh com os povos, e o segundo representando a fraternidade de Judá e Israel. A quebra dos dois cajados é simbólica da quebra da aliança de Yahweh e da união entre Judá e Israel.
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘BELEZA E ATADURAS’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.
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