Aliança na Bíblia. Significado e Versículos sobre Aliança
Concerto, pacto. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gênesis 21.27, – Gênesis 31.44,45 – Josué 9.6 a 15. O concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras que definitivamente se deu ao Cânon já completo os títulos do Antigo Testamento (isto é, a antiga aliança), e Novo Testamento.
L. O Antigo Testamento. A palavra ‘aliança’ é usada, primeiramente, falando-se das promessas de Deus a Noé (Gênesis 6.18 – Gênesis 9.9 a 16) – mas o fato característico de um pacto entre Deus e o Seu povo escolhido, israel, principia em Abraão, com as promessas a este feitas nos caps. 12 a 15 do Gênesis, ratificadas por solene concerto ritual, sempre repetidas e ampliadas (Gênesis 17.19 – Gênesis 22.16).
Da parte de Abraão se manifestava a fé (15.6) e a obediência (17.1,9 : 22.16). Conforme ao estabelecido nessa aliança, começa a narração do Êxodo, assentando que Deus ‘lembrou-se da sua aliança com Abraão, com isaque e com Jacó’ (Êxodo 2.24).
A promulgação da Lei no monte Sinai foi preparada com a recordação de ter Deus libertado israel, e com as promessas de outras bênçãos sob condição de obediência. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor’ no ‘Livro do Concerto’, e depois dos sacrifícios expiatórios leu-o diante do povo, que respondeu: ‘Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos’ – e depois disto ele aspergiu o povo com ‘o sangue da aliança’ (Êxodo 19.4 a 6 – Êxodo 24.4 a 8). É a este pacto que geralmente se fazem referências por todo o A.
T., e em notáveis declarações do N. T. As tábuas da Lei foram, mais tarde, colocadas na ‘Arca da Aliança’, que era considerada como símbolo do Senhor, e lugar da Sua manifestação (Êxodo 25.21, etc.). E assim como ‘comer do sal de qualquer homem’ significava um penhor de amizade, assim ‘o sal da aliança’ devia ser acrescentado a toda a oferta de manjares, como lembrança santa dos sagrados laços entre Deus e o Seu povo escolhido (Levítico 2.13 – *veja Números 18.19 – 2 Crônicas 13.5).
O pacto de uma perpétua realeza na descendência de Davi (2 Samuel 23.5) acha-se consignado em 2 Samuel 7 As referências que no A. T. Se fazem à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do concerto, transgredindo as determinações divinas.
Todas estas incriminações culminam na grande profecia de Jeremias 31.31 a 34, que anuncia ‘uma nova aliança’, não somente exigindo obediência, mas criando aquele poder de amor, cuja lei deve estar escrita no coração.
No cumprimento desta profecia passamos da antiga aliança para a nova. 2. A Nova Aliança (para o sentido da palavra testamento, *veja Testamento). Segundo a mais antiga narração da instituição da Santa Ceia, Jesus disse: ‘Este cálice é a Nova aliança no meu sangue’ (1 Coríntios 11.25 – *veja Mateus 26.28 – Marcos 14.24 – Lucas 22.20).
Há, aqui, uma referência ao Êxodo(24.8) – Jesus ia criar uma nova relação entre Deus e os homens, fundada como a antiga sobre o sacrifício, o sacrifício de Si próprio. No desenvolvimento desta verdade, nos escritos do N.
T., os apóstolos concentram de um modo natural todo o poder da nova aliança no sangue de Cristo (Romanos 3.25 – Ef1.7 – Hebreus 9.14 – 1 Pedro 1.19 – 1 João 1.7 – Apocalipse 1.5, etc.). O pensamento da própria aliança é proeminente em 2 Coríntios 3.6 – Gálatas 3.15, e especialmente em Hebreus 8.10 – Hebreus 12.24 – Hebreus 13.20. *veja na palavra Testamento outros pontos de vista.
Aliança – Dicionário Bíblico de Easton
Aliança
Um tratado entre nações ou entre indivíduos para sua vantagem mútua.
Abraão formou uma aliança com alguns dos príncipes cananeus (Gênesis 14.13), também com Abimeleque (Gênesis 21.22-32). Josué e os anciãos de Israel entraram em uma aliança com os gibeonitas (Josué 9.3-27).
Quando os israelitas entraram na Palestina, lhes foi proibido fazer alianças com os habitantes do país (Levítico 18.3; Levítico 18.4; Levítico 20.22; Levítico 20.23).
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Salomão formou uma liga com Hirão (1 Reis 5.12). Esta “aliança fraterna” é referida 250 anos depois (Amós 1.9). Ele também parece ter entrado em uma aliança com o Faraó (1 Reis 10.28; 1 Reis 10.29).
Na história subsequente dos reinos de Judá e Israel, várias alianças foram formadas entre eles e também com nações vizinhas em diferentes épocas.
Desde os tempos patriarcais, uma aliança era selada pelo sangue de alguma vítima sacrificial. O animal sacrificado era cortado em dois (exceto aves), e entre essas duas partes as pessoas que faziam a aliança passavam (Gênesis 15.10).
Há frequentes alusões a essa prática (Jeremias 34.18). Tais alianças eram chamadas de “alianças de sal” (Números 18.19; 2 Crônicas 13.5), sendo o sal o símbolo da perenidade. Uma coluna era erguida como memorial da aliança entre Labão e Jacó (Gênesis 31.52).
Os judeus ao longo de toda a sua história atribuíram grande importância à fidelidade aos seus compromissos. A ira divina caía sobre os violadores deles (Josué 9.18; 2 Samuel 21.1; Ezequiel 17.16).
Easton, Matthew George. “Entrada para Aliança”. “Dicionário Bíblico de Easton”.
Aliança – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Aliança
1. Nas histórias patriarcais:
Referências frequentes são feitas a alianças entre os patriarcas e estrangeiros. Abraão é relatado como tendo “confederados” entre os chefes dos cananeus (Gênesis 14.13). Ele também se aliou com Abimeleque, rei de Gerar (Gênesis 21.22-34).
A aliança de Isaque com Abimeleque (Gênesis 26.26-34), que é oferecida como uma explicação para o nome Beer-Sheba (Gênesis 26.33), parece ser uma variante do registro de aliança entre Abraão e Abimeleque.
Jacó formou uma aliança com Labão, o sírio (Gênesis 31.44-54), pela qual Gileade foi estabelecida como uma linha divisória entre Israel e Aram. Esses tratados referem-se, provavelmente, ao início da história de Israel e lançam muita luz sobre a relação entre Israel e os filisteus e os sírios imediatamente após a conquista de Canaã.
2. Na história pré-canaanita:
A única referência a uma aliança entre Israel e um povo estrangeiro antes da conquista de Canaã, que poderia ser considerada histórica, é aquela feita entre Israel e as tribos quenitas aos pés do Sinai, cuja natureza exata, no entanto, não é muito claramente indicada.
Tais alianças levaram a casamentos intertribais. Assim, Moisés casou-se com uma mulher quenita (Juízes 1.1 – Juízes 4.11). Os casamentos patriarcais referem-se às condições existentes após a conquista. Possivelmente mais uma aliança pertencente a esse período é aquela entre Israel e Moabe (Números 25.1-3).
De acordo com a narrativa, Israel se apegou às filhas de Moabe, em Sitim, e foi desviado após Baal-Peor. Sua historicidade é comprovada pelas alusões proféticas a este evento (compare Oseias 9:10; Miquéias 6.5).
3. Durante a conquista:
As hordas invasoras de Israel encontraram forte oposição por parte dos nativos da Palestina (Juízes 1.21,27-36). Com o tempo, foram formadas alianças com alguns deles, o que geralmente levava, como era de se esperar, a problemas consideráveis.
Uma ilustração concreta é preservada na história dos gibeonitas (Josué 9). Casamentos intertribais eram frequentes. A tribo de Judá assim se consolidou através da aliança e da amalgamação com os quenitas e calebitas (Juízes 1.10-16).
Essas relações entre Israel e os cananeus ameaçavam a preservação do yahwismo.
4. A monarquia:
Medidas proibitivas foram adotadas nos códigos legais com o objetivo de manter a separação e pureza judaica (Êxodo 23.3 – Êxodo 34.12,15; Deuteronômio 7.2; compare Juízes 2.2,3; Levítico 18.3, – Levítico 20.22 f).
Mas em uma data muito precoce na história do reino judeu, os líderes oficiais do povo formaram tais alianças e se casaram entre si. Davi tornou-se aliado de Aquis de Gate (1 Samuel 27.2-12) e mais tarde com Abner, o que levou à consolidação de Judá e Israel em um único reino (2 Samuel 3.17-2 – 2 Samuel 5.1-3).
Parece também que Toí, rei de Hamate, formou uma aliança com Davi (2 Samuel 9.10) e que Hirão de Tiro foi seu aliado (1 Reis 5.12 a). Alianças com nações estrangeiras tornaram-se essenciais para o progresso do comércio e do comércio durante o reinado de Salomão.
Duas de suas alianças estão registradas:
uma com Hirão de Tiro (1 Reis 5.12-1 – 1 Reis 9.11-14) e uma com o Faraó, rei do Egito (1 Reis 9.16).
5. O reino dividido:
Após a ruptura, Sisaque do Egito invadiu a Judeia e, provavelmente, também Israel. Isso significou a abrogação do tratado existente entre Israel e o Egito durante o reinado de Salomão. Em consequência da guerra entre os dois reinos, Asa formou uma aliança com Ben-Hadade da Síria (1 Reis 15.18-20).
Mais tarde, Acabe buscou uma aliança com Ben-Hadade (1 Reis 20.31-34). Relações amistosas surgiram entre Israel e Judá, durante o reinado de Josafá, que continuou até o fim da dinastia de Onri (1 Reis 22.2-4,50; 2 Reis 3.7).
Com a ascensão de Jeú, as hostilidades foram retomadas. Na guerra siro-efraimita, Israel estava aliado com a Síria, e Judá com a Assíria (2 Reis 16.6-9; Isaías 7). Isso abriu caminho para o poder assírio em ambos os reinos.
Alívio contra a Assíria foi buscado no Egito; Oseias rebelou-se contra Salmaneser e aliou-se com So (Seveco, o Sabaco da 25ª Dinastia) e assim provocou a queda de Samaria.
6. O reino de Judá:
Ezequias igualmente buscou uma aliança com So, mas não obteve assistência dele. Está registrado que ele formou relações amigáveis com Berodaque-Baladã da Babilônia (2 Reis 20.12-18). Essas alianças resultaram na introdução de cultos estrangeiros em Jerusalém (2 Reis 16.10,11).
Durante o reinado de Manassés, o yahwismo foi seriamente ameaçado por práticas religiosas estrangeiras (2 Reis 21.2-9). O espírito protestante contra as condições predominantes encontrou expressão no código deuteronômico, que enfatiza a política nacional.
Josias lutou contra o faraó Neco como aliado da Assíria (2 Reis 23.29). Jeoacaz continuou a aliança assíria e foi deposto em consequência pelo faraó Neco (2 Reis 23.33). Jeoaquim estava disposto a ser amigável com o Egito, e mesmo após sua submissão a Nabucodonosor, ele permaneceu leal ao faraó (2 Reis 23.35).
Zedequias subiu ao trono como aliado da Babilônia. Quando ele rompeu essa aliança, resultou na destruição de Jerusalém (2 Reis 25).
7. Nos tempos pós-exílicos:
Judas Macabeu buscou uma aliança com os Romanos (1 Macabeus 8; Josefo, Ant., XII, x – Romanos 6) que foi renovada por Jônatas (1 Macabeus 12:1; Ant., XIII, v – Romanos 8) e por Simão (1 Macabeus 15:17; Ant., XIII, vii – Romanos 3).
Tratados foram concluídos com os espartanos (1 Macabeus 12: – Romanos 14.20; Ant., XII, iv – Romanos 10 XIII, v – Romanos 8). A aliança romana foi novamente renovada por Hircano cerca de 128 a. C. (Ant., XIII, ix – Romanos 2). Esta aliança provou ser de consequência fatal para a independência dos judeus (Ant., XIV, iv – Romanos 4 e xiv – Romanos 5).
Para os ritos associados à formação das alianças anteriores, veja COVENANT.
Samuel Cohon
Orr, James, M.A., D.D. Editor geral. “Entrada para ‘ALIANÇA’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.
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