Samaria na Bíblia. Significado e Versículos sobre Samaria
Torre de vigia. L. A provínciada Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom.
Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá – pelas conquistas de Hazael (2 Reis 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Reis 15.29 – 1 Crônicas 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Reis 17.5,6).
Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Reis 17.23 – 2 Reis 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Reis 17.24 – Esdras 4.10). (*veja israel (Reino de). 2.
A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte, semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente protegido pela outra.
Foi edificada por onri, rei de israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Reis 16.24). Os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica.
Acabe construiu uma casa de marfim (1 Reis 22.39) – e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Amós 3.15 – Amós 4.1,2). A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Reis 16.32 – 1 Reis 22.38 – 2 Reis 10.1 a 28 – 2 Crônicas 18).
Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Reis 5 – 2 Reis 6.1 a 20 – 2 Reis 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Reis 20.1 a 34 – 2 Reis 6.24 – 2 Reis 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos.
O assédio, principiado por Salmaneser iV, foi concluído por Sargom no ano 722 a. C. (2 Reis 17.5,6). Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por Oséias (10.4,8,9) – e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe do país de israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos conquistados (2 Reis 17.24 – Rd 4.2).
Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi ali residir um certo número deles com suas mulheres estrangeiras (Esdras 4.17 – Neemias 4.2). (*veja Samaritanos.) Samaria assim continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos.
Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano.
Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do qual apenas se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas.
Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de israel. Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em Atos 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria mencionada no N.
T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto. 3.
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A província de Samaria, nos tempos do N. T., estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lucas 17.11) – era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim.
Foi atravessada por Jesus Cristo (João 4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (Atos 8.5 a 25).
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