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Sacrificio na Bíblia. Significado e Versículos sobre Sacrificio

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Os sacrifícios e as ofertasparece serem do tempo de Caim e Abel. Caim ofereceu ‘do fruto da terra’, Abel ‘trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura deste’ (Gênesis 4.3,4). Aparecem os sacrifícios na idade patriarcal (Gênesis 15.9 a 1Gênesis 17Gênesis 31.54Gênesis 46.1) – e eram familiares aos israelitas no Egito (Êxodo 3.18).

A lei estabeleceu, com certas particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os judeus deviam efetuar. As coisas oferecidas eram tomadas tanto do reino vegetal, como do reino animal, sendo aquelas chamadas ofertas ‘sem sangue’, de uma palavra hebraica que significa ‘dons’ – e estas eram oferendas sanguinolentas, de uma palavra que significa ‘sacrifícios mortos’.

Além das ofertas de vegetais e animais, usava-se também o sal mineral, que era emblema de pureza. Do reino vegetal empregavam-se certos alimentos, como farinha, trigo torrado, bolos e incenso, e as libações de vinhos nas ofertas de bebidas.

Estes sacrifícios andavam geralmente unidos, e eram considerados como uma adição aos de ação de graças, que eram realizados com fogo (Levítico 14.10 a 21Números 15.5 a 11Números 28.7 a 15). Os animais oferecidos eram bois, cabras e carneiros, devendo ser sem mancha, e não tendo menos de oito dias, nem acima de três anos. (Há uma exceção: Juízes 6.26, ‘o boi de sete anos’).

As pombas eram, também, oferecidas em alguns casos (Êxodo 22.20, – Êxodo 12.5Levítico 5.7Levítico 9.3,4). Nunca se ofereciam peixes, e os sacrifícios humanos eram expressamente proibidos (Levítico 18.21Levítico 20.2). Os sacrifícios eram somente oferecidos no pátio, que estava à entrada do tabernáculo, e mais tarde do templo (Levítico 17.1 a 9, Deuteronômio 12.5 a 7).

Havia, porém, de tempos a tempos, sacrifícios em outros lugares, sem censura (Juízes 2.5Juízes 11.15Juízes 16.51 Reis 18.30). Ao mesmo tempo os israelitas mostravam uma disposição constante para sacrificar ‘nos lugares altos’, a que recorriam antes de existir um santuário permanente (1 Reis 3.2), e mais tarde por motivos de cisma (1 Reis 12.312 Crônicas 33.17).

Para a realização do sacrifício, devia, por lei, purificar-se primeiramente o próprio oferente (Êxodo 19.141 Samuel 16.5), e levar depois a vítima para o altar – voltado, então, para o santuário, punha a mão sobre a cabeça do animal, para assim se identificar a vitima e o pecador, e ser alcançada a expiação pelo sacrifício (Levítico 1.4Levítico 3.2Levítico 4.33): depois descarregava o golpe, podendo, contudo, este ato ser praticado pelo sacerdote (2 Crônicas 29.23,24Esdras 6.20).

Morta a vítima, o sacerdote recebia o sangue, e espargia-o perto das ofertas, mas separado delas. O animal era cortado em pedaços pelo oferente (Levítico 1.6), sendo a gordura queimada pelo sacerdote. Nalguns sacrifícios antes ou depois da morte do animal, era a vítima levantada, sendo-lhe dado movimento de vai-vem na direção do altar – e era este ato um símbolo da sua apresentação ao Senhor.

Nos casos em que os adoradores comiam parte do sacrifício, dava isso uma idéia da sua comunhão com Deus. Estes sacrifícios eram em si mesmos muito imperfeitos, não podendo, de forma alguma, purificar a alma.

S. Paulo descreveu estas e outras cerimônias da Lei como ‘rudimentos fracos e pobres’ (Gálatas 4.9). Representavam graça e pureza, mas não as comunicavam. Convenciam o pecador da necessidade de purificar-se e dar satisfação a Deus, mas não lhe conferiam santidade.

A este fato não era insensível o judeu piedoso. Isto o Salmista nos mostra nas suas palavras de profundo sentimento: ‘Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado – coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus’ (Salmos 51.17).

Deus ensinou ao povo, por meio dos profetas, que não tendo o pecador santas disposições não podiam os seus sacrifícios agradar-lhe (Salmos 40.6Salmos 51.16Isaías 1.11 a 14Jeremias 35.15Oséias 14.2 – J12.12,13 – Amós 5.21,22).

Todos os sacrifícios são símbolos do sacrifício de Cristo, sendo eles a sua instituída sombra (Hebreus 9.9 a 15Hebreus 10.1). Cristo, oferecendo-Se a Si mesmo, aboliu todos os outros sacrifícios (1 Coríntios 5.7Hebreus 10.8 a 10).

A idéia do sacrifício é, muitas vezes, usada num sentido secundário e metafórico, aplicando-se às boas obras dos crentes, aos deveres de oração, aos louvores a Deus, etc. (Hebreus 13.16). ‘Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação – pois com tais sacrifícios, Deus se compraz.’ ‘Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’ (Romanos 12.1).

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Não devia o adorador oferecer o que não lhe custava coisa alguma – parte dos seus bens ia ser transferida dele para Deus. A oferta podia ser certo tempo, facilidade, conforto, propriedade, inteligência – e estas coisas podiam ser consagradas ao Senhor. (*veja Altar, Sacrifícios pacíficos.).

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