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Sacerdote na Bíblia. Significado e Versículos sobre Sacerdote

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É aquele que entre os hebreus faz ou ministra os sacrifícios a Deus. Entre os gentios também se chamava sacerdote ao sacrificador. Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais são as características essenciais do sacerdócio.

Que devia o sacerdote fazer, na sua qualidade de sacerdote, que nenhum outro pudesse realizar sob quaisquer circunstâncias? A mais exata definição de sacerdote acha-se em Hebreus 5.1. O sacerdote era ‘constituído nas coisas concernentes a Deus a favor dos homens’.

Quer isto dizer que ele apresentava ao Senhor coisas, dons e sacrifícios, ofertas do homem a Deus – e o seu trabalho era realmente oposto ao do profeta, que devia revelar Deus ao homem. Nesta consideração, a idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus.

O sacerdote apresenta-se entre o homem e Deus, como na verdade aparece o profeta entre Deus e o homem. Quando o sacerdote efetuava qualquer outro trabalho, já não era como sacerdote que exercia essa missão, mas somente como executante das funções de outros homens.

Este ato do sacerdote, na sua obra para Deus, é sempre acentuado nas Sagradas Escrituras (Êxodo 28.1Ezequiel 44.16Hebreus 7.25). Nos tempos patriarcas, o chefe da família, ou da tribo, operava como sacerdote, representando a sua família diante de Deus.

Foram assim considerados Noé, Abraão, isaque e Jacó. Na época do Êxodo havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam – mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim.

Desta tribo saíram os sacerdotes arônicos, que eram os mediadores entre o homem e Deus. Os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser que tivessem sido excluídos por qualquer incapacidade legal. Esta disposição continuou no reino do Sul por toda a sua história.

E o fato de ter Jeroboão instituído o seu própria sacerdócio mostra a essencial necessidade de uma mediação. Desta maneira o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por conseqüência a necessidade de certas condições, para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade.

O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício, e estar perto de Deus pela intercessão. Quando Esdras voltou do cativeiro, reconstituiu as determinações levíticas, assim continuando tudo na sua substância até à destruição de Jerusalém, no ano 70 (a.C.).

No N. T., as poucas passagens nos evangelhos em que ocorre a palavra sacerdote referem-se apenas ao sacerdócio judaico. Em relação com o Cristianismo, o termo ‘sacerdote’ nunca é aplicado senão a Jesus Cristo.

As funções sacerdotais, relacionadas com o sacrifício e a intercessão, acham-se, freqüentemente, no N. T. Em conexão com Jesus Cristo (Mateus 20.28Romanos 8.34Apocalipse 1.5) – mas somente na epístola aos Hebreus, é que estas funções lhe são atribuídas como sacerdote.

O sacerdócio de Cristo é a nota tônica da epístola aos Hebreus, e emprega-se para mostrar a diferença entre a imaturidade e a maturidade espiritual. Aqueles que conhecem Jesus Cristo como Salvador têm um conhecimento elementar do mesmo Jesus como Redentor – mas os que o conhecem como Sacerdote são considerados como possuidores de maior conhecimento e experiência.

A redenção é, em grande parte, negativa, implicando livramento do pecado – mas o sacerdócio é inteiramente positivo, envolvendo o acesso a Deus. Os cristãos hebreus conheciam Cristo como Redentor, mas deviam também conhecê-Lo como Sacerdote, oferecendo-se então a oportunidade de um livre e corajoso acesso a Deus em todos os tempos.

Este sacerdócio de Cristo acha-se associado com o de Melquisedeque, um sacerdócio misterioso, que vem mencionado em Gênesis 14 e recordado em tempos posteriores no Salmo 110. O argumento da epístola aos Hebreus é que o fato de ter sido mencionado naquele Salmo um sacerdócio diferente do de Arão, era uma prova de que alguma coisa superior ao sacerdócio de Arão era necessária.

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O sacerdócio de Melquisedeque é referido para explicar a pessoa Divina do sacerdote, sendo a sua obra ilustrada com o sacerdócio arônico, visto como não havia uma obra sacerdotal em conexão com Melquisedeque.

O sacerdócio de Cristo é considerado como estável e eterno, não sendo jamais delegado a qualquer outra pessoa (Hebreus 7.24). E este caráter do sacerdócio é devido ao fato de que o sacrifício de Jesus Cristo é superior aos sacrifícios do A.

T., pois é completo, espiritual e eficaz para a redenção (Hebreus 9.12 a 14Hebreus 10.11 a 14). Deste modo o sacerdócio de Cristo nos ensina aquela grande verdade de que o Cristianismo é a ‘religião do acesso’ – e revela-se isso na exortação – ‘aproximai-vos’.

Em Cristo todos os crentes são considerados como sacerdotes – mas o ministro do Evangelho, distinto na verdade, do leigo, nunca no N. T. é mencionado como sacerdote. Ele é o presbítero, ou ancião, palavras que têm uma idéia inteiramente diferente.

Mesmo o sacerdócio, na referência aos crentes, nunca está associado os cristãos individuais, mas tem-se em vista a sua capacidade de corporação: ‘sacerdócio santo’ (1 Pedro 2.5). A verdade fundamental a respeito do sacerdócio no N.

T. é esta: o Cristianismo é um sacerdócio, mas não tem sacerdócio.

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