Palestina, neguebe, sefelá na Bíblia. Significado e Versículos sobre Palestina, neguebe, sefelá
A terra dosfilisteus. É propriamente o território da Terra Santa, que foi habitado pelos filisteus. Ficava na costa ocidental de Canaã, estendendo-se desde o rio do Egito, um pouco ao sul de Gaza, até Jope.
A palavra Palestina ocorre apenas quatro vezes, sendo traduzidaem outros lugares pelo termo Filístia. No sentido mais moderno, a Palestina ocidental compreendia aquela parte da Síria entre o vale do Jordão, o mar Morto e a costa oriental do Mediterrâneo.
A Palestina oriental alargava-se até ao deserto da Síria. O limite setentrional era uma linha traçada alguns quilômetros ao sul de Tiro, até Dã, e daqui pelo sopé do monte Hermom, sempre na direção do oriente, até ao deserto.
O limite meridional era o ‘ribeiro do Egito’, o Wady el-Arish, uma corrente de inverno, que leva as águas do Neguebe para o Mediterrâneo, estando uns 65 km ao sul de Gaza. A distância que vai de Dã, ao norte, até Berseba, ao sul, é de 229 Km.
O comprimento da Palestina ocidental é calculado em 224 km, sendo aproximadamente de 65 km a largura média do Jordão ao Mediterrâneo. As principais características geográficas do país são: A fértil planície que se estende do norte ao sul, ao longo da praia do Mediterrâneo – o Sefelá, ou terra mais elevada, em ambas as partes do norte e do sul do pais – o interior montanhoso, correndo em todo o comprimento do país, do norte ao sul – o vale do Jordão, compreendendo o rio Jordão, os lagos de Merom e de Tiberíades, e o intensamente salgado mar Morto – o Neguebe, ou a terra do Sul, ao sul da Judéia – e o deserto de Zim, conhecido também pelo nome de Arabá, o qual foi teatro de ação dos israelitas no último ano da sua peregrinação.
A planície ocidental estende-se para o sul desde a Fenícia até ao monte Carmelo, um promontório que entra abruptamente pelo mar, e continua depois ao longo do vale florido do Sarom, ainda hoje imensamente fértil, quando a sua cobertura de areia é revolvida por meio de cavas – e a essa planície liga-se, finalmente, a da Filístia, prolongando-se para o interior numa série de pequenos outeiros (o Sefelá) até à base dos montes da Judéia (1 Crônicas 7.28 – Jeremias 17.26 – Zacarias 7.7).
Os montes da Galiléia (montanhas de Naftali) compõem-se de pedra calcária, são recobertos e tantas vezes escalvados, com inumeráveis fendas e precipícios. Entre estes montes e as montanhas de Samaria está o famoso vale de Jezrael, o qual forma um triângulo irregular, sendo a sua base, o lado oriental, de 24 quilômetros, ficando o vértice perto do mar, nas faldas do monte Carmelo, e junto à foz do rio Quisom (Juízes 5.21).
Este vale foi o grande campo de batalha da Palestina, teatro de muitas lutas decisivas (*veja Gideão, Saul, Davi, Megido, Josias.) Dominando este notável vale e a planície estão os montes Tabor e Gilboa, e entre as suas cidades eram mais ou menos importantes as de Suném, En-Dor, Caná, Naim e Nazaré.
Para o sul do vale de Jezreel levanta-se o monte de Efraim. No meio destes outeiros de Samaria acham-se vales muito férteis, devendo especializar-se o vale de Siquém, entre Ebal e Gerizim. As principais cidades deste distrito eram Samaria, Tirza, Betel e Silo.
Mais para o sul ainda se vêem os montes da Judéia. Alcantilados como são, formam um lugar de extrema segurança e poder, um sítio próprio para a fortificação do santuário de Jerusalém. Para o sul da Cidade Santa continua a região montanhosa até Belém – e está ainda entre serras Hebrom (ou Quiriate-Arba), uma das mais antigas cidades do mundo.
Foi aqui, em Manre, que Abraão conversou com os anjos. Foi ali, também, em Macpela, um dos conhecidos sítios da Bíblia, que ele foi sepultado. Quarenta quilômetros mais para o sul, em Berseba, acaba a terra montanhosa e começa o deserto, sendo este ponto o limite natural da terra.
O deserto de Judá (Juízes 1.16) é um território extraordinariamente inculto, ao sul e ao oriente de Jerusalém, prolongando-se pelo lado ocidental do mar Morto. Aqui as rochas duras e alcantiladas abundam em cavernas, que são ocupadas por pequenos grupos de pastores errantes à procura de escassas pastagens.
Por estes sítios habitam cabras monteses e os coelhos de rochas. Foram estes lugares o teatro das vagueações de Davi – e em En-Gedi, ao oriente, se encontram numa memorável ocasião Davi e Saul. O vale do Jordão é uma estreita planície, de terreno igual, com 104 km de comprimento, e que é formada de depósitos aluviais, florescendo ali abundantemente a vegetação tropical.
No tempo da ceifa (abril), o rio engrossa consideravelmente por motivo do derretimento das neves do Líbano, sendo os animais ferozes obrigados a sair dos seus covis e a procurar mais altos sítios. A sinuosidade do Jordão é tão grande que o seu comprimento é três vezes maior que o do vale pelo qual ele corre.
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O mar Salgado (o seu nome de mar Morto DATA do segundo século da era cristã) dista 26 quilômetros da cidade de Jerusalém. Sobre as suas tristes e solitárias praias pendem alcantiladas montanhas. A água deste lago é tão salgada que nenhuma forma de vida organizada pode existir ali.
Embora receba as águas do Jordão e de muitos ribeiros, a sua grande profundidade (387 metros abaixo do nível do Mediterrâneo) dá-lhe uma temperatura tão alta que as águas desaparecem por efeito de uma evaporação enorme.
Chama-se na Escritura o ‘Mar da Planície’ (2 Reis 14.25) – o ‘Mar Salgado’ (Deuteronômio 3.17 – Josué 3.16 – Josué 12.3) – e o ‘Mar oriental’ (Ezequiel 47.18 – J12.20 – Zacarias 14.8) – e pelos árabes é cognominado Bahr Lut, o ‘Lago de Ló’.
O lago de Tiberíades (Bahr Tubariych), também chamado mar da Galiléia, ou lago de Genesaré, e de Quinerete, acha-se a 208 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Sendo o seu comprimento de 20 km e a sua largura de treze, o curso do lodoso Jordão divisa-se bem nas suas belas e claras águas.
Devido à sua posição, abrigado de todos os lados por montes e estando num nível baixo, o calor chega a ser intenso durante o dia, e por isso acontece que violentas tempestades se desencadeiam, quando pela tarde há uma rápida descida de temperatura.
O lago é muito piscoso. O lago de Merom (Baheiret el-Hulek) acha-se também, sobre o curso do Jordão, mais perto da sua nascente do que o mar da Ga.
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