Ninive na Bíblia. Significado e Versículos sobre Ninive
A capital do império Assírio, edificada por Ninrode (Gênesis 10.11). É mencionada no tempo de Hamurabi esta cidade, como sendo a sede do culto de istar. Em 2 Reis 19.36 e em Isaías 37.37 é ela, pela primeira vez, claramente indicada, como residência do monarca da Assíria.
Senaqueribe reedificou-a, e foi morto ali quando estava em adoração no templo de Nisroque, seu deus. A biblioteca, que Assurbani-pal ali formou, tem sido a grande fonte dos nossos conhecimentos com respeito aos assuntos da Assíria e Babilônia.
Nos dias do profeta Jonas era aquela capital ‘uma cidade mui importante,… e de três dias para percorrê-la’ (Jonas 1.2 – Jonas 3.3), talvez em circunferência. A sua população estava calculada em 600.000 pessoas.
Não vamos imaginar que todo o espaço dentro das suas muralhas estava coberto de edifícios, pois continha grandes parques, extensos campos, e casas isoladas, como em Babilônia. A ameaça de ser destruída a cidade de Nínive, dentro de três dias, foi suspensa em virtude do arrependimento e humilhação dos habitantes, desde o mais elevado ao mais humilde.
A suspensão dessa calamidade foi por quase 200 anos, após os quais ‘a iniqüidade se manifestou na sua maior força’ – e então foi a profecia literalmente cumprida pela ação combinada dos medos e babilônios (606 a.C.).
Os escritores gregos e romanos dizem que o último rei, a quem chamam Sardanápalo, era levado a resistir aos seus inimigos em conseqüência de uma antiga profecia, – que nunca Nínive seria tomada de assalto enquanto o rio não se tornasse seu inimigo.
Mas uma repentina inundação, que derrubou vinte estádios da muralha no seu comprimento, convenceu-o de que a palavra do oráculo se estava cumprindo, e então buscou a morte ao mesmo tempo que destruía os seus tesouros.
Entrando o inimigo pela brecha, foi a cidade saqueada e arrasada. O profeta Naum tinha anunciado a destruição de Nínive: ‘As comportas do rio se abrem, e o palácio é destruído.’ ‘Com inundação transbordante acabará de uma vez com o lugar desta cidade’ (Naum 1.8,9 – Naum 2.6).
O historiador Diodoro descreveu os fatos de tal modo que se torna claro que as predições do profeta foram literalmente cumpridas. Conta ele que o rei da Assíria, ensoberbecido com as suas vitórias, e na ignorância da revolta dos bactrianos, tinha determinado que houvesse uns dias de festa, nos quais devia ser dado aos seus soldados abundância de vinho.
O comandante dos invasores, tendo sido informado deste estado de coisas pelos desertores do exército da Assíria, tratou logo de efetuar o ataque, derrotando e pondo em debandada o inimigo. Deste modo tornaram-se verídicas as palavras do profeta: ‘Porque, ainda que eles se entrelaçam como os espinhos, e se saturam de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca’ (Naum 1.10).
O profeta prometeu grande despojo ao inimigo: ‘Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros – há abastança de todo objeto desejável’ (Naum 2.9). E afirma o historiador que muitos talentos de ouro e prata, preservados do fogo, foram levados para Ecbátana.
Segundo se lê em Naum 3.15, a cidade não somente havia de ser destruída por uma grande inundação, mas também o fogo a havia de consumir – e na verdade, como refere Diodoro, ela foi destruída parte pela água e parte pelo fogo.
A completa e perpétua destruição de Nínive e a sua desolação foram profetizadas: o Senhor ‘acabará de uma vez com o lugar desta cidade – não se levantará por duas vezes a angústia. Ah! Vacuidade, desolação, ruína!’ (Naum 1 – Naum 9 – Naum 2.10 – Naum 3.17 a 19).
A mais viva pintura da sua triste condição é a que nos dá o profeta Sofonias (2.13 a 15). Os canais que tinham fertilizado a terra estão agora secos. A não ser no período das chuvas em que os campos aparecem verdes, tanto o sítio da cidade, como os lugares em volta, constituem um deserto de cor amarela.
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Podem ver-se rebanhos de ovelhas e manadas de camelos, procurando escassas pastagens naquelas áridas terras. Ouve-se o crocitar do corvo marinho, vindo essa voz dos insalubres pântanos e dos regatos cheios de canas.
As abandonadas salas dos seus palácios são agora habitadas pelas feras e outros animais, como a hiena, o lobo, a raposa, e o chacal.
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