Negrume – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Negrume
(kimririm, “obscurecimentos”; qadhruth, “escuridão”; gnophos, “escuridão” zophos “negritude”):
Termos raramente usados, mas de significado especial ao retratar o medo profundo e negritude da escuridão moral e calamidade. Jó, amaldiçoando o dia de seu nascimento, deseja que este dia, um dies ater (“dia morto e negro”), possa ser engolido na escuridão (João 3.5).
Devido à infidelidade espiritual de Israel, Yahweh veste os céus com a negritude de saco de cilício (Isaías 50.3), a figura sendo a da negridão tinta de nuvens de tempestade ameaçadoras e aterrorizantes.
O julgamento temível contra o pecado sob o antigo regime é ilustrado pela negridão apavorante que envolveu o fumegante, ardente e tremendo Sinai na entrega da lei (Hebreus 12.18; compara com Êxodo 19.16-1 – Êxodo 20.18).
O horror das trevas culmina na negridão impenetrável do submundo, a morada eterna dos anjos caídos e dos homens imorais e ímpios (Judas 1.13). A linguagem humana aqui é fraca demais para descrever o crepúsculo moral e a noite sem luz dos perdidos: “Poços de escuridão” (compara com a nona praga do Egito, “escuridão que pode ser sentida” (Êxodo 10.21)).
Homens perversos são “estrelas errantes”, cometas que desaparecem na “negritude das trevas… reservadas para sempre”. Na arte, essa linguagem figurativa encontrou expressão majestosa e impressionante nas ilustrações de Dore para o Purgatório de Dante e O Paraíso Perdido de Milton.
Dwight M. Pratt
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘NEGRUME’”. “Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão”. 1915.
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