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Mateus na Bíblia. Significado e Versículos sobre Mateus

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O apóstolo que, pela comparaçãode Mateus 9.9 com Marcos 2.14 e Lucas 5.27,28, é identificado com Levi, o filho de Alfeu. Além disso, o nome de Mateus aparece em todas as quatro listas dos apóstolos (Mateus 10Marcos 3Lucas 6Atos 1) e o de Levi em nenhum.

Mateus era publicano, ou recebedor da alfândega nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum, porto do mar da Galiléia. Foi nesta cidade que Jesus habitou, depois de ter saído de Nazaré – e provavelmente tinha Mateus ouvido nesta mesma povoação os discursos do Divino Mestre e observado os Seus milagres.

Deste modo teria sido preparado para obedecer à chamada de Jesus. Com efeito, estando sentado na sua tenda à beira da estrada, tudo deixou para o seguir (Mateus 9.9). Depois ele mostrou a sua afeição ao Mestre e o seu interesse pela felicidade espiritual dos seus antigos companheiros, convidando um grande número de publicanos para uma festa, em que se oferecia a ocasião de ouvir o Divino Pregador.

Foi escolhido por Jesus Cristo para ser um dos doze apóstolos (Mateus 10.3), e estava com os outros discípulos no cenáculo depois da ascensão (Atos 1.13). A humildade de Mateus pode ser reconhecida no evangelho que tem o seu nome.

Ao enumerar os apóstolos, ele se cognomina ‘Mateus, o publicano’ (10.3), não suprimindo o seu primeiro emprego. É pelo que diz Lucas, e não pelo que Mateus escreve, que nós sabemos que ‘ele deixou tudo’ para seguir a Jesus, e ‘Lhe ofereceu um grande banquete em sua casa’ (Cp. Mateus 9.9,10 com Lucas 5.27 a 29).

Eusébio (Hist. Eccl. Iii, 24) diz que Mateus, depois de pregar aos seus próprios conterrâneos, foi para outras nações. E Sócrates (Hist. Eccl i, 19) diz que foi a Etiópia o centro dos seus trabalhos. A maior parte dos primitivos escritores afirmam que ele teve a morte de um mártir.

Nos tempos de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses tributos.

Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro trabalho de coletar.

Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade de, também, cobrar impostos dos pescadores.

Normalmente um publicano cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam no mar da Galiléia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades situadas no outro lado do lago.

O judeus consideravam impuro o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere judeu.

Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria com publicanos (Mateus 9.10-13). Mas os judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes.

A primeira era a dos gabbai, que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de recenseamento. O Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo.

Mateus pertencia a esta classe. O Evangelho de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: “Segue-me!” Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mateus 9.9).

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Evidentemente, Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. “E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa” (Lucas 5.29). O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico.

Por causa da natureza de seu trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 dC, indicam que os publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos.

Mateus pode ter tido algum grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser “filho de Alfeu” (Mateus 10.3; Marcos 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi para referir-se a Mateus (Lucas 5.27-29).

Daí alguns estudiosos crerem que o nome de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu um novo nome, que significa “dádiva de Deus”. Outros sugerem que Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi.

De todos os evangelhos, o de Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do qu de qualquer outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam.

O relato de Mateus desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o Messias prometido. Não sabemos o que aconteceu com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC.

Não podemos julgar se esta informação é digna de confiança.

É uniforme crença, na igreja cristã, que foi Mateus quem escreveu o Evangelho do seu nome. (*veja Mateus.) A DATA só aproximadamente pode ser determinada.

Conquanto tenha sido escrito depois do de Marcos, pode inferir-se de Mateus 24.15, comparada esta passagem com Lucas 21.20, que a crise não tinha ainda chegado. Note-se o caráter indeterminado e o solene aviso ‘quem lê entenda’.

Além disso, aquelas passagens de Mateus 4.5Mateus 5.35Mateus 22.7Mateus 23.2 a 34Mateus 24.2,15Mateus 27.53, com as suas alusões à Cidade Santa, ao lugar Santo, e à Cidade do Grande Rei, parecem implicar que o Evangelho foi escrito no fim da guerra com os judeus (70 d.C.).

Os assuntos do livro não estão pela mesma ordem da do Evangelho segundo S. Marcos. Em resumo são: 1.1 a 2.23 – nascimento e infância de Jesus – Mateus 3.1 a 4.11 – preparação para o ministério – Mateus 4.12 a 18.35 – ministério na Galiléia – Mateus 19.1 a 20.34 – Peréia e a viagem a Jerusalém – Mateus 21.1 a 25.46 – o ensino em Jerusalém – Mateus 26.1 a 28.20 – a paixão e a ressurreição.

As principais seções, particulares deste Evangelho, são as seguintes: l. A real genealogia, a história dos primeiros dias da infância de Jesus em Belém e a fugida para o Egito (1,2). 2. Discursos. Partes do sermão da Montanha (5 a 7), e palavras contra os fariseus (23) – considerações a respeito da Sua igreja (16.17 a 19 – Mateus 18.15 a 20). 3.

Parábolas. O trigo e o joio (13.24 a 30 – Mateus 36 a 43) – o tesouro escondido – a pérola de preço – a rede lançada ao mar (13) – o credor incompassivo (18) – os trabalhadores da vinha (20) – os dois filhos (21) – a veste nupcial (22) – as dez virgens – os talentos – e a descrição do Juízo final (25). 4.

Milagres. A cura de dois cegos, e a cura de um mudo endemoninhado (9) – Pedro caminhando sobre as águas do mar (14) – a moeda na boca do peixe (17) – o tremor de terra e a ressurreição dos santos (27). 5.

Incidentes relacionados com a paixão, crucificação e ressurreição: a morte de Judas – o sonho da mulher de Pilatos – a guarda vigiando o sepulcro (27) – o aparecimento de Jesus às mulheres, perto do sepulcro, e sobre um monte da Galiléia aos discípulos (28).

Para quem foi escrito o evangelho Aparentemente para os leitores judeus. Em todo o livro se encontram sinais de ter sido escrito por um hebreu cristão familiarizado com os sagrados escritos do seu país e profundamente penetrado do seu espírito.

O seu principal fim, ao escrever a vida de Jesus, parece ter sido mostrar que o rejeitado Mestre de Nazaré é, realmente, o prometido rei de israel. Ele encontra o herdeiro do trono de Davi na oficina de uma vila da Galiléia e vê no filho adotivo de José o ‘Emanuel’ de isaias.

Narra os perigos que correu o menino Jesus por causa do receio de um rival, e o Seu livramento do que tinha sido anunciado pelos profetas. Os ensinamentos são no evangelho apresentados pelo Rei de israel, como sendo o complemento da antiga lei.

As Suas ações e milagres, e todas as circunstâncias dos Seus sofrimentos e morte, são o cumprimento de profecias relativas ao Filho de Davi. Com respeito às predições de Jesus, são aqui mencionadas aquelas que se referem, ou à perseguição dos Seus discípulos por obra dos judeus, ou à ruína do estado judaico, essa ruína temporal que os antigos profetas tinham posto em conexão com o estabelecimento do reino espiritual de israel (cp. O cap. 24 com 66 de isaías).

Este evangelho, mais completamente do que qualquer dos outros, faz ver a ligação entre o A. T. E o N. T. Sendo muitas vezes as aplicações extraordinariamente admiráveis e sugestivas.

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