Malaquias (livro de) na Bíblia. Significado e Versículos sobre Malaquias (livro de)
É o último livro da série do A. T., conhecida pelo nome de Profetas Menores. Quanto à autoria do livro, *veja o vocábulo Malaquias. A sua DATA pode inferir-se do que se acha ali escrito – mas, ao passo que uns escritores o colocam antes da chegada de Esdras, outros afirmam ter ele aparecido durante o período de tempo em que Neemias estava na corte do rei da Pérsia.
O estilo do escritor é vigoroso, conciso, e claro. Uma profunda veemência se nota nas suas palavras. É característica a maneira como o profeta se serve das objeções que teriam sido primeiramente feitas, quando as suas mensagens foram proferidas (*veja 1.2 – 2.17 – 3.8,13,14).
Um resumo do livro pode ser exposto do seguinte modo: i. Irreverência nos serviços divinos (cap. 1), especialmente vergonhosa por estes dois motivos: a ingratidão dos israelitas para com o Senhor, que os tinha acumulado de benefícios, em contraste com Edom (1.2 a 5) – e o seu culto que contrastava com aquela adoração santa e pura, que fora da Terra Santa se observava (1.10,11).
Esta passagem, ou pode descrever a prática dos judeus da Dispersão, ou simboliza de um modo admirável o culto universal da igreja – na verdade, ‘em todo o lugar lhe é queimado incenso’ antecipa de um modo notável a declaração de Jesus Cristo (João 4.21).
Ii. Infidelidade sacerdotal (2.1 a 9). Se é certo que o povo trazia impiamente ao altar vis e vergonhosas oferendas, não é menos certo que os sacerdotes, pelos seus ensinamentos corruptos, fazendo acepção de pessoas, eram ainda mais criminosos.
Iii. Casamentos ímpios (2.10 a 16). O grande desígnio de Deus para a formação de uma geração santa pela instituição do casamento era de modo flagrante combatido pelas alianças com os pagãos. E os divórcios, que esses casamentos originavam, eram a fonte de terríveis tristezas domésticas e de choros, que cobriam de lágrimas o altar do Senhor (2.13).
IV. Estes pecados acarretariam o castigo próprio (2.17 a 3.6). O mensageiro do Senhor viria a preparar o Seu caminho – o próprio Senhor havia de aparecer no Seu templo, para julgar e purificar os homens. *veja o pecado que o povo cometia, não querendo oferecer a Deus os seus dons, é outra vez denunciado – e é feita a promessa de que a fidelidade neste assunto seria seguida de bênçãos temporais, e declarava-se que os ímpios, que por zombaria perguntavam se a religião era proveitosa, teriam mais tarde a resposta.
Em contraste com estes escarnecedores brilhava o exemplo dos fiéis (3.7 a 18). Vi. O profeta fecha o livro com a segurança de uma salvação próxima, prediz o nascimento do sol da justiça, e ordena que até àquele dia se observe a Lei.
Para confirmar isto mesmo, e preparar o caminho do juízo, havia de aparecer um segundo Elias (4). As referências a Malaquias, no Novo Testamento, são interessantes: a escolha de israel de preferência a Edom (1.2) serve para ilustrar a eleição divina, Romanos 9.13.
O ‘Mensageiro de Deus’ (3.1), e o ‘profeta Elias’ (4.5,6) são identificados com João Batista (Mateus 11.10,14 – Mateus 17.11 – Marcos 1.2 – Marcos 9.11,12 – e Lucas 1.17,76 – Lucas 7.27). A bela imagem do nascimento do sol da justiça tem o seu lugar paralelo nestas palavras (Lucas 1.78): ‘pela qual nos visitará o sol nascente das alturas.’ Cp.
Com João 1.4 – João 8.12 – João 9.5 – João 12.46.
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