Lucas (o evangelho segundo) na Bíblia. Significado e Versículos sobre Lucas (o evangelho segundo)
A autoria deste livro é, pela voz unânime da antigüidade, desde ireneu (c. 180 d.C.) em diante, atribuída a Lucas, o médico. E alusões a ele alguns críticos descobriram a partir de Clemente de Roma (95 d.C.).
Que o autor do Evangelho é o mesmo dos Atos dos Apóstolos, é quase universalmente aceito.(*veja Atos dos Apóstolos.) A DATA do livro é incerta. A comparação deste Evangelho com Mateus e Marcos nos sugere que é o livro de Lucas o último dos evangelhos sinópticos, e deste modo deve ter sido escrito depois do ano 70 (d. C).
Mas também tem sido considerado que os dois anos da prisão de Paulo, em Jerusalém e Cesaréia, podiam ter proporcionado a Lucas a ocasião de compor a sua obra, o que torna possível ter sido escrita pelo ano 60 mais ou menos.
O estilo do autor é o de um homem educado, hábil na maneira de escrever. O sumário do Evangelho é o seguinte: Prefácio (1.1 a 4). O nascimento e os primeiros tempos da infância de Jesus Cristo (1.5 – 2).
O Seu batismo, genealogia, e tentação (3.1 a 4.13). O Seu ministério na Galiléia (4.14 a 9.50). A Sua viagem, partindo da Galiléia, indo pela Samaria, Peréia e Judéia, e terminando com a Sua chegada a Jerusalém (9.51 a 19.27).
A Sua entrada na Cidade Santa, e os fatos que se seguiram até à Sua crucifixão (19.28 ao cap. 23). A Sua ressurreição e seus resultados (24). Pelas características deste livro achamos que ele nem foi escrito de um modo particular para os judeus, nem especialmente para os gentios mas para todo mundo: é o Evangelho de uma livre e universalmente oferecida salvação.
As particularidades deste Evangelho são numerosas e notáveis. L. A narrativa dos acontecimentos que precedem e acompanham o nascimento de Jesus, incluindo o nascimento de João Batista, e belos hinos cristãos, conhecidos pelos nomes de Magnificat (1.46 a 55), Benedictus (1.68 a 79), Gloria in Excelsis (2.14) e Nunc Dimittis (2.29 a 32) – a genealogia humana (3.23 a 38). 2.
A infância de Jesus, o único episódio que quebra os ‘trinta anos de silêncio’ (2.41 a 52). 3. Muitos discursos e máximas de Jesus, com certos incidentes como os relacionados com a festa na casa de Simão (7) – mas especialmente os fatos que estão compreendidos na grande seção que se estende desde 9.51 até 18.14. (Algumas das palavras de Jesus, incluídas nesta seção, são apresentadas por Mateus e Marcos sob aspectos diferentes, e foram talvez repetição das Suas primeiras falas.) Há incidentes absolutamente peculiares a este Evangelho, como a rejeição de Jesus pelos samaritanos (9), a missão dos setenta (10), discursos concernentes à maneira de dirigir os discípulos (14.25 a 35 – 17.1 a 10), a visita a Zaqueu (19) e várias parábolas. 4.
O Evangelho encerra as seguintes parábolas: a dos dois devedores (7) – a do bom samaritano (10) – a do amigo importuno (11) – a do rico louco (12) – a da figueira estéril (13) – a da dracma perdida e do filho pródigo (15) – a do feitor infiel – a do rico avarento e Lázaro (16) – a do juiz iníquo – a do fariseu e do publicano (18) – a das minas (19). (*veja Parábola.) 5.
Os milagres narrados somente neste Evangelho são: a pesca maravilhosa (5) – a ressurreição do filho da viúva de Naim (7) – a cura da mulher paralítica (13) – a do homem hidrópico (14) – a dos dez leprosos (17) – a cura de Malco (22). (*veja Milagre.) 6.
Com respeito aos acontecimentos ligados com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, Lucas é o único evangelista que menciona a oração pelos Seus algozes (23.34), e a promessa ao ladrão arrependido (23.39 a 43).
A ida a Emaús e a ascensão (24), embora estejam mencionadas no sumário do último capítulo de Marcos, são, de certo modo, peculiares ao Evangelho de Lucas. É também para se notar que neste Evangelho, mais do que em qualquer outro, é reconhecida a dignidade da mulher, visto como S.
Lucas retrata belamente a mãe de Jesus Cristo, e nas referências tantas vezes feitas a mulheres mostra estas no serviço do Mestre, e as atenções do Salvador para com elas (Lucas 1.2 – Lucas 7.11 a 17 – Lucas 8.1 a 3.48 – Lucas 10.38 a 42 – Lucas 13.16 – Lucas 23.28 – etc.).
Além disso, em nenhum outro evangelho é o seu autor tão cuidadoso em patentear a atitude de Jesus para com os pobres, necessitados, e desprezados (2.24 – Lucas 6.20 a 25 – Lucas 8.2,3 – Lucas 12.16 a 21 – Lucas 14.12 a 15 – Lucas 16.13 – Lucas 19.25, etc.).
Apoie Nosso Trabalho
Faça agora uma contribuição para que possamos continuar espalhando a palavra de Deus. Clique no botão abaixo: