Línguas estranhas na Bíblia. Significado e Versículos sobre Línguas estranhas
Embora se ensine que a pessoa que se torna cristã deva receber o batismo do Espírito Santo e falar línguas estranhas, (como prova de que recebeu o Espírito), a Bíblia não diz nada disso. Conforme veremos no estudo do capítulo 2 de Atos, o dom de línguas foi dado com um propósito evangelístico, a fim de se difundir a mensagem do evangelho entre outros grupos linguísticos.
O dom de línguas é apenas um dos diversos dons que o Espírito Santo distribui aos crentes como Lhe convém (ver I Coríntios 12:11). Assim como um crente não escolhe ser profeta, também não escolhe falar outro idioma.
A escolha fica a critério do Espírito de Deus. Para os pentecostais o dom de línguas é um aspecto fundamental na vida cristã, pois se algum crente ainda não falou em línguas, é porque não foi batizado pelo Espírito Santo.
No entanto, vários personagens bíblicos que foram, sem sombra de dúvida, cheios do Espírito Santo, jamais falaram em línguas, como João Batista, Isabel, Jesus e outros. Os próprios apóstolos, em outra ocasião em que o Dom de Línguas não se faz necessário, mas sem dúvida alguma cheios do Espírito , não falaram em línguas (ver Atos 4.31). “Paulo falava mais idiomas do que os membros da igreja de Corinto.
Entretanto, ele diz ser o Dom de Profecia superior, pois seus resultados atravessam os séculos, tais como as profecias de Daniel, enquanto a facilidade de falar outros idiomas, como os apóstolos em Atos, teve uma aplicação limitada a uns poucos anos de vida da pessoa” (Segue-Me, pág. 232).
No entanto, vemos uma busca desenfreada pelo dom de línguas (que é mais evidente), e não pelos dons mais importantes e permanentes como o de profecia, o de ensinar e o de auxílio aos necessitados. Como, então, entender Marcos 16.16 – Marcos 17 que declara que “os que crêem falarão novas línguas”?
Aqueles que receberem esse dom, certamente falarão novas línguas. A palavra “novas” no grego é Kainós , que significa “nova na forma”, na “qualidade” ou seja, “não usada ainda”. Isso significa que a nova língua falada é “nova” porque até então não havia sido usada pela pessoa, não significando, contudo, uma língua estranha, ininteligível.
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