Judéia-judá na Bíblia. Significado e Versículos sobre Judéia-judá
Estes nomes aplicam-se, algumas vezes, a toda a Palestina (Atos 28.21 – e talvez Lucas 23.5), mas geralmente só à parte meridional do país. A extensão do território que coube a Judá acha-se descrita minuciosamente em Josué 15 O limite norte do primitivo quinhão de Judá começava no lugar em que o Jordão entra no mar Morto, e daí para o ocidente, passando por Bete-Semes, até Jabneel perto de Ecrom, distante 16 km do Mediterrâneo. E a linha limítrofe toma depois a direção do sueste, quase em linha reta, correndo junto ao país dos filisteus, e pelos limites de Simeão até Cades-Barnéia, na orla do deserto. Ao oriente era limitada a tribo pelo mar Morto e montanhas de Seir na terra de Moabe. Mas depois da morte de Salomão a tribo de Benjamim fez aliança com a casa de Davi, ficando assim incorporadas as duas tribos. E por esta forma ficou Jerusalém dentro dos limites do novo reino, tornando-se uma cidade real g Sm 2.9).
Parte de Simeão (1 Samuel 27.6) e outra de Dã (2 Crônicas 11.10) foram também incluídas em Judá. Mais tarde foi aumentada essa área pela inclusão de parte de Efraim (2 Crônicas 13.19 – 2 Crônicas 15.8, – 2 Crônicas 17.2). O total do território achava-se dividido em quatro regiões, e tinha a extensão de quase 72 km do norte ao sul, sendo de 80 km a distância do oriente ao ocidente.
Compreendiam estas regiões, a que se chamava o Sul, as terras de pastagens e os desertos da parte mais baixa da Palestina (Josué 15.21). Esta última parte também se chamava o Deserto de Judá (Juízes 1.16). Era de 37 o número de cidades, estando quase metade delas incluídas na tribo de Simeão (Josué 19.1 a 9).
A outra grande divisão era a planície ou terras baixas (Josué 15.33), achando-se entre a região montanhosa do interior e o Mar – o seu nome próprio era Sefelá, o qual ainda se conserva. Era o país dos filisteus e o celeiro da Palestina.
As fortalezas dos filisteus estavam na costa, edificadas sobre promontórios, dominando elas por um lado o mar, e pelo outro os fertilíssimos campos de trigos e as vinhas. Os viajantes modernos ainda ficam maravilhados, contemplando a beleza e fertilidade do pais.
Foi com a abundância desta rica terra que Salomão pagou a Hirão o seu auxilio na edificação do templo e do palácio real. Semelhantemente, nos tempos do N. T. Era o povo de Tiro e de Sidom alimentado com os produtos desta região (Atos 12.20).
Era grande a sua população, pois havia 42 cidades além das vilas. A terceira divisão de Judá abrangendo as terras montanhosas, era, politicamente falando, a maior e a mais importante. Nela estavam situadas as cidades de Jerusalém, Siquém e Hebrom, e mais 38 de menor importância, como se acham enumeradas em Josué 15.48 a 60.
Agora todo o onduloso território (não tão acidentado como o que fica ao norte de Jerusalém), está coberto de ruínas de cidades e fortificações – isso mostra que em certo tempo devia ter sido muito povoado.
Ali se vêem arbustos e flores, onde não esteja plantada a oliveira e a videira. O quarto distrito, o ‘Deserto’, era aquela grande depressão entre a costa do mar Morto e a parte montanhosa. Compreendia principalmente as planícies do sul – embora com algumas cidades, era de pequena importância, comparado com a região montanhosa ou com a Sefelá.
O ‘Deserto’, onde estiveram Jesus e João Batista, ficava superior a Jericó e ao longo do Jordão. Quando Josué e Eleazar dividiram a terra entre as tribos (Josué 14.1, – Josué 19.51), recebendo Judá a sua parte, foi certamente espinhosa a sua tarefa.
Eles tinham já combatido os filisteus (Josué 10.28 a 35), e haviam avançado até Hebrom (Josué 10.36 a 39). Todavia, os filisteus nunca foram completamente suprimidos, conservando a posse de algumas cidades. A tribo de Judá porém, fixou-se firmemente na região montanhosa, onde os deixaram fixar a sua habitação sem serem incomodados.
E mesmo quando os filisteus afligiam as tribos do norte e do centro, nada sofria Judá, embora tivesse mandado guerreiros para auxiliar Saul. (*veja Davi, e Saul.) Depois da morte de Saul foi este independente e hábil povo para Davi, e elegeu-o rei.
Eles tinham a compreensão do seu valor, e estavam informados de quem era Davi (2 Samuel 2.4 a 11): sabiam que havia nele as qualidades da vigorosa tribo, uma vontade independente, e ousadia de ação. E se em certas circunstâncias as outras tribos faziam reclamações, eles conservavam-se à distância, e escolhiam o seu rei para que governasse sobretudo o país.
Mesmo quando era seu desejo operar de harmonia com os outros, não o faziam, se a oportunidade se não oferecia, não hesitando em proceder isolados. Foi esta sua independência de caráter, e a sua disposição para viverem separados dos outros a causa de os acusarem de algumas faltas, como a de quererem desprezar os seus irmãos das outras tribos (2 Samuel 19.41 a 43).
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Quanto à lista das cidades de Judá, *veja Josué 15.21 a 63. Nove das cidades foram distribuídas pelos sacerdotes (Josué 21.9 a 19). Os levitas não possuíam cidades nesta tribo, e nas outras não as tinham os sacerdotes.
O caso somente da cidade de Belém parece duvidoso. (Juízes 17.7,9 – Juízes 19.1). Depois que Davi fez de Jerusalém a sua capital, tornou-se Judá a parte principal de todo o país de israel, sendo sempre assim, até que houve a separação das dez tribos, no reinado de Roboão.
Desde esse tempo foi ocupado o trono no espaço de quase quatrocentos anos por vinte reis, todos eles descendentes de Davi. Apenas uma vez aparece, durante o período dos reis, um caso de certa gravidade, que podia ter quebrado a linha de Davi.
E isso foi quando Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de israel, receando ser esmagados pela Assíria fizeram entre si uma aliança, à qual quiseram que pertencesse Acaz, rei de Judá. Isaías, no cap. 7, mostra de um modo pitoresco o mau êxito daquele plano.
Alguns dos reis de Judá são dignos de louvor, e são esses Asa, Josafá, Josias e Ezequias – outros, porém, foram ímpios e depravados, como Acaz, Manassés e Amom. Houve também alguns que, sendo recomendáveis por algumas de suas qualidades, cometeram graves faltas, contudo.
Mas o plano divino não sofreu mudança alguma na longa preparação dos fatos para a vinda do Messias, como se mostra na real genealogia do primeiro capítulo de Mateus. É notável que,
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