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Heteus na Bíblia. Significado e Versículos sobre Heteus

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Eram os descendentes de Hete, filho de Canaã. Até há poucos anos pouco se sabia a respeito dos heteus. Alguns críticos, afirmando que os heteus não eram mais que uma pequena raça de pouca importância, falavam deste povo como querendo negar o caráter histórico de 2 Reis 7.6: ‘Eis que o rei de israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.’ Mas as descobertas que se têm feito justificam amplamente a narrativa bíblica.

Sabe-se já que os heteus constituíam um poder notável. Não muitos séculos antes do tempo do profeta Eliseu tinham disputado o império da Ásia ocidental aos egípcios – e, ainda que o seu poder havia declinado nos dias de Jorão, eram eles ainda formidáveis inimigos e úteis aliados, podendo comparar-se o seu domínio com o dividido reino do Egito, sendo o seu reino mais poderoso que o de Judá.

Depois disto é que se não fala mais deste povo no A. T. Ele tinha chegado ao auge da grandeza, quando não estava ainda fundada a monarquia de israel, ou mesmo antes de terem os israelitas conquistado a terra de Canaã.

Os heteus, a cujos príncipes e cidades se referem os posteriores livros históricos do A. T., estavam estabelecidos ao norte, sendo Hamate e Cades nas margens do orontes os pontos mais meridionais. Mas o Gênesis fala de outros heteus (Gênesis 15.20).

Abraão comprou a um heteu a cova de Macpela (Gênesis 23.10), e as duas mulheres de Esaú eram ambas daquele povo (Gênesis 26.34). Deve ser a estes heteus do sul que se refere a lista de Gênesis 10.15, e só assim se pode explicar a passagem de Ezequiel 16.3,45, que ‘o pai’ de Jerusalém ‘era amorreu’, e a sua ‘mãe hetéia’.

O profeta atribui a fundação de Jerusalém aos amorreus e aos heteus. Por conseqüência, os jebuseus, de cujas mãos a cidade foi arrancada por Davi, devem ter pertencido a uma ou a outra destas duas grandes raças, provavelmente a ambas, porque as duas nações estavam estreitamente entrelaçadas.

A colônia dos heteus na Palestina limitava-se a um pequeno distrito, nas montanhas de Judá: a sua força nacional existia bem longe, ao norte. O povo dos amorreus era mais antigo, e foi entre uma parte deste que se estabeleceram os heteus, unindo-se com aqueles por casamentos recíprocos – mas não se sabe em que tempo foi isso Fora das narrações bíblicas, tudo o que se conhece deste misterioso império dos heteus é fruto das investigações feitas nos monumentos do Egito e da Assíria, e dos estudos das inscrições encontradas nas ruínas da Ásia Menor, o centro do seu poder setentrional.

Sabemos pelas tabuinhas de Tel el Amarna que, estando o Egito enfraquecido, se apoderaram os heteus gradualmente dos seus postos avançados, até que, por fim, se acharam na fronteira setentrional da Palestina, sendo então o seu poder igual ao dos egípcios, que afinal foram obrigados a ceder aos heteus a Síria do norte.

E assim, das suas primitivas habitações eles se foram estendendo, para o oriente, até ao rio Eufrates, em cujas margens estava Carquemis, a sua capital, e, para o ocidente, até ao mar Egeu, sendo a Capadócia o seu limite ao norte, e ao sul as tribos de Canaã.

Pelo século 12 a. C. Eram ainda os heteus suficientemente fortes, para conterem os avanços dos reis assírios. Mas a esse tempo já não era um só o seu imperante. Depois, por mais de 200 anos, são silenciosas as inscrições.

E é neste período de tempo que se forma o reino esplendoroso de Davi e de Salomão, aparecendo depois da separação das dez tribos de israel o poder de Damasco. Os heteus conservaram Carquemis, até que esta cidade foi conquistada por Sargom, imperador da Assíria, em 717 a.

C. A principal divindade dos heteus era a Terra, ou a ‘Grande Mãe’, apresentando cada cidade ou Estado uma forma especial daquela deusa.

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