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Hebreus (epistola aos) na Bíblia. Significado e Versículos sobre Hebreus (epistola aos)

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Esta epístola foi certamente dirigida a cristãos hebreus, que habitavam uma qualquer cidade ou região, e haviam formado uma sociedade organizada ou igreja, tendo tido os seus pastores já falecidos, e possuindo agora mestres, a quem por conselho do autor deviam os crentes obedecer (*veja 13.L, 1 – 24).

Tem sido geralmente aceita a opinião de que esses cristãos residiam na Palestina, talvez em Jerusalém, ou na Cesaréia – mas alguns críticos julgam que a epístola foi dirigida aos judeus convertidos de Alexandria.

Há, também, quem afirme que ela foi destinada aos romanos, que tinham recebido a fé cristã, dizendo outros escritores que era em Antioquia que se achavam aqueles a quem a carta foi primeiramente mandada.

Quando e onde foi escrita. Não podemos, de uma maneira determinada, saber quando e onde foi esta epístola escrita. Apenas uma indicação de lugar, e essa duvidosa, nos é dada (13.24): ‘ os da itália vos saúdam.’ Mas isto pode significar tanto aqueles com quem o escritor vivia em Roma, como certos italianos, que em qualquer parte estivessem com o autor.

Com referência à DATA da epístola, concorda-se geralmente que foi escrita não depois da destruição de Jerusalém, mas na proximidade desse acontecimento. O autor fala do ritual levítico, como estando ainda em toda a sua força.

O seu autor. Com respeito a saber-se quem tenha escrito a epístola, foi sempre, desde os tempos primitivos da igreja, uma coisa muito incerta. Tem sido atribuída a S. Paulo, nas traduções mais antigas.

Com respeito à comunidade, à qual foi primeiramente endereçada a epístola, encontram-se nestas pequenas alusões, que podem dirigir, quando não possam inteiramente resolver, a nossa inquirição. Segundo o que se lê em 13.7, parece que se trata de uma sociedade organizada ou igreja, que tivesse existido por algum tempo, tendo os membros dessa igreja os seus mestres, a quem era devida a obediência (13.17).

Estas observações, porém, tanto se podem aplicar aos cristãos judeus da Palestina (entre os quais os de Jerusalém ou de Cesaréia), como os da Dispersão. Esta epístola, quanto à sua matéria, pode dividir-se em duas partes principais: a primeira é principalmente doutrinal (1 a 10.18) – a segunda é principalmente prática (10.19 a 13).

I. Na primeira parte prova-se a suprema autoridade e glória da dispensação cristã, fazendo ver quanto é superior o seu Mediador, o Eterno Filho de Deus, aos mediadores do antigo pacto, quer sejam espirituais, como os anjos, quer terrestres, como Moisés.

Embora fossem grandes os Seus sofrimentos, e Se humilhasse até à morte, isso, longe de diminuir a Sua glória de Mediador, foi o grande meio de realizar a Sua grandiosa obra de redenção (1 a 4.13). A comparação de Cristo com Moisés e com Josué é seguida de outra com Arão.

Primeiramente o autor faz ver que Cristo, como Arão era verdadeiro sacerdote, que Deus nomeou, e verdadeiro representante do homem – e depois se mostra que Jesus Cristo sobrepuja em muito a Arão na qualidade de sacerdote, reproduzindo o mais antigo e mais nobre sacerdócio do rei-sacerdote Melquisedeque.

A nova economia, de que Jesus é a Cabeça, invalida e ab-roga a antiga, provando-se isso com o próprio A. T. E a eficácia intrínseca e perpétua do Seu único sacrifício, como perfeita propiciação pelo pecado, é posta em contraste com a virtude típica e cerimonial daqueles sacrifícios muitas vezes repetidos os quais estavam já terminando (4.14 a 10.18).

Ii. A argumentação precedente acha-se entremeada de conselhos práticos e avisos solenes. E, na conclusão da epístola, são vivamente exortados os hebreus a continuarem a sua vida de fé com paciência e alegre confiança, no meio de provações presentes.

Prova-se que a fé é virtude essencial na participação das prometidas bênçãos de Deus – e é exibida a sua ação e eficácia numa longa linha de heróis, mártires, e confessores, que termina em Jesus, o grandioso exemplar.

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E são os cristãos hebreus encorajados a sofrer também as suas provações, como sendo um paternal castigo, que devia produzir o mais alto bem. Os gloriosos privilégios do Novo Pacto são apresentados, para fazer conhecer o terrível perigo da apostasia (10.19 a 12).

Seguem-se algumas exortações para cumprimento de especiais deveres, preceitos e regras da vida, sendo esta recomendação feita com precipitação paulina. E fecha o escritor a notável epístola à maneira do apóstolo S.

Paulo, com uma doxologia e bênção (13).

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