Guerra na Bíblia. Significado e Versículos sobre Guerra
As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A. T. Se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Samuel 28.3 a 10 – Ezequiel 21.21).
Os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Juízes 1.1 – Juízes 20.27, 28 – 1 Samuel 23.2 – 1 Samuel 28.6 – 1 Samuel 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Samuel 4.4 a 18 – 1 Samuel 14.18).
Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Reis 22.6 a 13 – 2 Reis 19.2, etc.).
Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (Isaías 13.3 – Jeremias 6.4 – Jeremias 51.27 – Joel 3.9 – Obadias 1.9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Juízes 11.12 a 28 – 2 Reis 14.8 – 2 Crônicas 25.27) – mas isto nem sempre era observado (2 Samuel 10.1 a 12).
Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Juízes 3.27 – Juízes 6.34 – Juízes 7.22 – Juízes 19.29, 30 – 1 Samuel 11.7,8 – Isaías 5.26 – Isaías 13.2 – Isaías 18.3 – Isaías 30.17 – Isaías 62.10).
As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Samuel 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Coríntios 16.13 – Efésios 6.14.
Os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Crônicas 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Josué 6.5 – 1 Samuel 17.52 – Isaías 5.2 – Juízes 30 – Isaías 17.12 – Jeremias 4.19 – Jeremias 25.30).
O grito de guerra, em Juízes 7.20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (Isaías 9.5 – Isaías 17.12,13 – Isaías 28.2).
Os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (Isaías 42.11 – Isaías 52.7, 8 – Jeremias 50.2 – Ezequiel 7.1 – Naum 1.15). O povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Juízes 11.34 a 37 – 1 Samuel 18 – 1 Samuel 7).
Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êxodo 15.1 a 21 – Juízes 5.1 a 31 – 2 Samuel 1.17 a 27 – e 2 Crônicas 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Samuel 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Samuel 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Samuel 31.10 – 2 Reis 11.10).
Os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Josué 14 – 1 Samuel 17.25 – 1 Samuel 28.17 – 2 Samuel 18.11).
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