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Genealogia na Bíblia. Significado e Versículos sobre Genealogia

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Nenhuma nação foi, em tempoalgum, mais cuidadosa em conservar as suas genealogias do que os judeus. Depois do cativeiro, tiveram as genealogias uma importância ao mesmo tempo civil e religiosa, pois por elas se provavam os direitos que tinham as diferentes famílias às respectivas heranças, e se fornecia a prova da descendência do Messias.

Eram os sacerdotes obrigados a apresentar uma genealogia exata de suas famílias, antes de serem admitidos ao exercício das suas funções. Em qualquer parte que estivessem os judeus, eles conservavam as tábuas genealógicas das suas várias famílias, estando os originais guardados em Jerusalém, para serem consultados quando fosse necessário.

Estes autênticos monumentos eram, durante as guerras e perseguições, cuidadosamente postos em segurança e de tempos a tempos renovados. Todavia, desde a última destruição de Jerusalém, na dispersão do povo, perderam-se as antigas genealogias judaicas (1 Crônicas 5.1,171 Crônicas 9.12 Crônicas 12.15Esdras 2.62Hebreus 7 – Hebreus 14).

A genealogia de Jesus Cristo está disposta por S. Mateus desde Abraão, e por S. Lucas desde Adão a José, abrangendo um espaço de mais de 4.000 anos. Esta genealogia mostra a linhagem de José, e não de Maria, pois que nos registros públicos, dos quais, podemos supor, teriam sido transcritas as genealogias, somente como filho de José podia aparecer Jesus, filho de Maria, que era casada com José.

O evangelista Mateus exibe aquela genealogia que contém os sucessivos herdeiros ao trono de Davi e Salomão – o evangelista Lucas expõe o tronco paternal daquele que era o herdeiro. Maria era, com toda a probabilidade, prima de José, de modo que, de fato, embora não formalmente, ambas as genealogias são tanto de Maria como de José.

O termo ‘genealogia’ em 1 Timóteo 1.4 e em Tito 3.9 refere-se a essas fantasiosas enumerações, como as que se lêem no Livro dos Jubileus. (*veja Crônicas, Geração.).

Genealogia – Dicionário Bíblico de Smith

Genealogia.

Em hebraico, o termo para genealogia ou linhagem é “o livro das gerações”. E porque as histórias mais antigas geralmente eram elaboradas com base genealógica, a expressão muitas vezes se estendia a toda a história, como é o caso do Evangelho de São Mateus, onde “o livro da geração de Jesus Cristo” inclui toda a história contida nesse Evangelho.

A promessa da terra de Canaã à descendência de Abraão, Isaque e Jacó sucessivamente, e a separação dos israelitas do mundo gentio; a expectativa do Messias como surgindo da tribo de Judá; o sacerdócio hereditário exclusivo de Arão com sua dignidade e emolumentos; a longa sucessão de reis na linha de Davi; e toda a divisão e ocupações da terra sobre princípios genealógicos pelas tribos, famílias e casas de pais, deram uma importância mais profunda à ciência da genealogia entre os judeus do que talvez qualquer outra nação.

Quando Zorobabel trouxe de volta o cativeiro da Babilônia, um de seus primeiros cuidados parece ter sido fazer um censo daqueles que retornaram e estabelecê-los de acordo com suas genealogias. Passando para o tempo do nascimento de Cristo, temos uma prova incidental marcante da continuidade da economia genealógica judaica no fato de que quando Augusto ordenou o censo do império, os judeus na província da Síria imediatamente foram cada um para sua própria cidade.

Os registros genealógicos judaicos continuaram a ser mantidos até perto da destruição de Jerusalém. Mas pode haver pouca dúvida de que os registros das tribos e famílias judaicas pereceram na destruição de Jerusalém, e não antes.

Resta dizer que noções justas da natureza dos registros genealógicos judaicos são de grande importância com vistas à correta interpretação das Escrituras. Basta lembrar que esses registros têm respeito tanto às divisões políticas e territoriais quanto à descendência estritamente genealógica, e logo se verá quão errônea pode ser a conclusão de que todos os chamados “filhos” de tal ou tal patriarca ou pai principal devem necessariamente ser seus próprios filhos.

Se qualquer família ou casa se extinguisse, outra sucederia em seu lugar, chamada pelo nome de seu próprio pai principal. Portanto, um censo de qualquer tribo elaborado em um período posterior exibiria divisões diferentes de um elaborado em um período anterior.

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O mesmo princípio deve ser levado em conta ao interpretar qualquer genealogia particular. Além disso, quando uma linhagem era abreviada, naturalmente especificaria tais gerações que indicariam de quais casas principais a pessoa descendia.

As mulheres são nomeadas nas genealogias quando há algo notável sobre elas ou quando algum direito ou propriedade é transmitido por meio delas. Gênesis 11.29Gênesis 22.23Gênesis 25.1-4Gênesis 35.22-26 ; Êxodo 6.23 ; Números 26.33

Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Genealogia’”. “Dicionário Bíblico de Smith”. 1901.

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