Pai, Deus o: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia
Pai, Deus o – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Pai, Deus o
Na religião cristã, Deus é concebido como “Pai”, “Nosso Pai …. no céu” (Mateus 6.9,14,26, etc.), “o Deus e Pai do Senhor Jesus” (2 Coríntios 11.31, etc.). A ternura da relação e a riqueza de amor e graça abraçadas nesta designação profunda são peculiares ao evangelho de Cristo.
Religiões pagãs também podiam falar de Deus como “Pai” (Zeus Pater), e no sentido geral de Criador, Deus tem uma relação paternal universal com o mundo (Atos 17.24-28). No Antigo Testamento, Deus foi revelado como Pai para a nação escolhida (Êxodo 4.22), e para o representante especial da nação, o rei (2 Samuel 7.14), enquanto o amor paternal é declarado ser a imagem de Sua piedade para com aqueles que O temem (Salmos 103.13).
No evangelho de Jesus, somente esta Paternidade é revelada como sendo da própria essência da Divindade, e tendo respeito ao indivíduo. Aqui, no entanto, há necessidade de grande discriminação. Para alcançar o coração da verdade sobre a Paternidade Divina, é necessário começar, não com o homem, mas com a própria Divindade, nas profundezas eternas da qual se encontra a fonte daquele amor paternal que se revela no tempo. É primeiramente em relação ao Filho eterno–antes de todo o tempo–que o significado da Paternidade em Deus é esclarecido (João 1.18).
Em “Deus o Pai” temos um nome que aponta para aquela relação que a primeira Pessoa na adorável Trindade sustenta com “Filho” e “Espírito Santo”–também Divino (Mateus 28.19). Deste manancial eterno fluem as relações de Deus como Pai
(1) para o mundo pela criação;
(2) para os crentes pela graça.
O homem, como criado, foi designado por afinidade de natureza para a filiação a Deus. A realização disto–seu verdadeiro destino de criatura–foi frustrada pelo pecado, e agora só pode ser restaurada pela redenção.
Daí, o lugar da filiação no evangelho, como um privilégio inefável (1 João 3.1), obtido pela graça, através da regeneração (João 1.12,13), e adoção (Romanos 8.14,19). Nesta relação de proximidade e privilégio ao Pai no reino de Seu Filho (Colossenses 1.13), os crentes são “filhos de Deus” num sentido verdadeiro para nenhum outro. É uma relação, não de natureza, mas de graça.
A paternidade é agora o fato determinante na relação de Deus com eles (Efésios 3.14). É um erro, no entanto, falar da paternidade como se todo o caráter de Deus estivesse suficientemente expresso nela.
Deus é Pai, mas igualmente fundamental é Sua relação com Seu mundo como seu Governante Moral e Juiz. De eternidade a eternidade, o santo Deus deve pronunciar-Se contra o pecado (Romanos 1.18); e Sua graça paternal não pode evitar o julgamento onde o coração permanece duro e impenitente (Romanos 2.1-9).
James Orr
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘PAI, DEUS O’”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.
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