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Êxodo, o livro de, 1: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia

12 min de leitura

Êxodo, o livro de – 1 – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Êxodo, o livro de – 1

Conteúdo

I. EM GERAL

1. Nome 2. Conteúdo em Geral 3. Conexão com os Outros Livros do Pentateuco 4. Significado Destes Eventos para Israel 5. Conexões para o Cristianismo

II. ESTRUTURA DO LIVRO SEGUNDO AS ESCRITURAS E SEGUNDO ANÁLISES MODERNAS

1. Em Geral 2. Nas Perícopes Separadas

III. CARÁTER HISTÓRICO

1. Consideração Geral 2. O Caráter Milagroso 3. As Partes Legislativas 4. Cronologia 5. Ataques Injustificáveis

IV. AUTORIA

1. Conexão com Moisés 2. Exame das Objeções

LITERATURA

(NOTA: Para os sinais J (Javista), E (Elohista), P ou Código Sacerdotal (Códice Sacerdotal), R (Redator) compare o artigo sobre GÊNESIS.)

I. Em Geral.

1. Nome:

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O segundo livro do Pentateuco leva na Septuaginta o nome de Exodos, na Vulgata (Bíblia Latina de Jerônimo – 390.405 d.C.) consequentemente Êxodo, com base no conteúdo principal da primeira metade, tratando da saída dos filhos de Israel do Egito.

Os judeus nomearam o livro após as primeiras palavras:

we-‘elleh shemoth (“e estes são os nomes”), ou às vezes após o primeiro substantivo shemoth (“nomes”) uma designação já conhecida por Orígenes na forma de Oualesmoth.

2. Conteúdo em Geral:

Em sete partes, após a Introdução (Êxodo 1.1-7), que fornece a conexão do conteúdo com Gênesis, o livro trata de

(1) os sofrimentos de Israel no Egito, para os quais a ajuda humana é insuficiente (Êxodo 1.8-7:7), enquanto a ajuda divina através da mediação humana é prometida;

(2) o poder de Yahweh, que, após um milagre preparatório, é glorificado através das dez pragas infligidas ao Faraó e que assim força o êxodo (Êxodo 7.8-13:16);

(3) o amor de Yahweh por Israel, que se manifesta de maneira mais brilhante na condução dos israelitas ao Monte Sinai, mesmo quando o povo murmura (Êxodo 13.17-18:27);

(4) a celebração da Aliança no Monte Sinai juntamente com a revelação das Dez Palavras (Êxodo 20.1) e das ordenanças legais (Êxodo 21.1) como condição para a celebração da Aliança (Êxodo 19.1-24:18);

(5) as direções para a construção do Tabernáculo, onde Yahweh deve habitar no meio de Seu povo (Êxodo 24.18-31:18);

(6) a renovação da Aliança com base em novas exigências após a grande apostasia de Israel na adoração do Bezerro de Ouro, que parecia, por ora, tornar duvidosa a realização das promessas mencionadas em (5) acima (Êxodo 32.1-35:3);

(7) a construção e ereção do Tabernáculo da Revelação (ou Tenda da Reunião) e sua dedicação pela entrada de Yahweh (Êxodo 35.4-40:38).

Tão claramente quanto essas sete partes estão separadas umas das outras, tão claramente novamente estão mais intimamente conectadas e constituem um todo progressivo certo.

No caso das últimas quatro, a separação é quase autoevidente. As três primeiras como partes separadas são justificadas pelas dez pragas que estão entre elas, que naturalmente pertencem juntas e causam uma divisão entre o que precede e o que segue.

Assim, na primeira parte já encontramos predito o endurecimento do coração do Faraó, os milagres de Yahweh e as demonstrações de Seu poder até a morte dos primogênitos, encontrados Naum 2ª parte (compare Êxodo 2.23-7:7).

Na parte 3, a infatuation do Faraó e a demonstração do poder de Yahweh são ainda mais desenvolvidas na narrativa da catástrofe no Mar Vermelho (Êxodo 14.4,17). Além disso, as direções dadas com referência ao Tabernáculo (Êxodo 25.31 tomadas de P) pressupõem o Decálogo (de E); compare eg. Êxodo 25.16,2Êxodo 31.18; como novamente a 6ª seção (Êxodo 32) pressupõe a 5ª parte, que havia prometido a presença contínua de Deus (compare Êxodo 32.34 J – Êxodo 33.3,5,7 JE – Êxodo 33.12,14-17 J – Êxodo 34.9 J, com 25: – Êxodo 29.45 f P; compare também os quarenta dias em 34:28 J com aqueles em 24:18 P) como em 34:1,28 J – Êxodo 34.11-27 J refere-se à 4ª parte, a saber – Êxodo 20.1 E – Êxodo 21.1 E – Êxodo 24.7 JE (Decálogo; Livros da Aliança; Celebração da Aliança).

Da mesma forma, a última seção pressupõe a terceira, já que a nuvem em Êxodo 40.34 P é considerada algo bem conhecido (compare 13:21 f JE – Êxodo 14.19 E e J – Êxodo 14.24 J). Todo o conteúdo do Livro de Êxodo é resumido de maneira excelente na palavra de Deus a Israel falada através de Moisés sobre a celebração da aliança:

Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, e como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim.

Agora, portanto, se obedecerdes verdadeiramente à minha voz, e guardardes a minha aliança, então sereis minha possessão peculiar dentre todos os povos:

pois toda a terra é minha: e vós sereis para mim um reino de sacerdotes, e uma nação santa (Êxodo 19.4-6). Aqui se faz referência aos poderosos feitos de Deus realizados contra os egípcios, aos Seus atos de bondade realizados para Israel na história de como Ele os conduziu ao Sinai, à seleção de Israel, e às condições anexas à celebração da aliança, ao amor de Deus, que condescendeu a encontrar o povo, e à Sua santidade, que exige a observância de Seus mandamentos; mas também se aponta aqui o castigo por suas transgressões.

Todo o livro é construído sobre uma palavra no prefácio aos dez mandamentos: Eu sou Yahweh teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão (Êxodo 20.2 E; compare 29:45 f P).

3. Conexão com os Outros Livros do Pentateuco:

Os eventos descritos no Livro de Êxodo mostram um certo contraste com os de Gênesis. Nos primeiros onze capítulos deste último livro temos a história da humanidade; depois começando com 11:27, uma história de famílias, as de Abraão, Isaque e Jacó.

Em Êxodo temos seguindo isso o início da história do povo escolhido. Então há também um longo período de tempo intervindo entre os dois livros. Se Israel esteve 430 anos no Egito (compare 12:40 f P; também Gênesis 15.13 J; veja III – Gênesis 4 abaixo), e se a opressão começou durante o longo reinado dos predecessores do Faraó, durante cujo reinado Israel deixou o país (Êxodo 2.2Êxodo 1.8), então, também, vários séculos devem ter decorrido entre o verdadeiro início do livro (x 1:8), e a conclusão de Gênesis.

Não obstante essas diferenças, existe ainda a conexão mais estreita entre os dois livros. Êxodo 1.1-7 conecta a história do povo encontrada em Êxodo com a história familiar de Gênesis, narrando como os setenta descendentes de Jacó que migraram para o Egito (compare Êxodo 1.5; Gênesis 46.27) vieram a ser o povo de Israel, e que Deus, que se oferece como libertador a Moisés e ao povo, é também o Deus daqueles pais, de quem Gênesis falou (compare Êxodo 3.6 JE – Êxodo 3.13 E – Êxodo 3.15 f R – Êxodo 4.5 J – Êxodo 6.3 P).

De fato, Sua aliança com os pais e Suas promessas a eles são as razões pelas quais Ele se importa com Israel (Êxodo 2.24 JE), e quando Moisés intercede pelo povo pecador, seu motivo mais eficaz diante de Deus é encontrado nas promessas feitas aos patriarcas (Êxodo 32.13 JE).

Como é o caso com Gênesis, Êxodo está na conexão mais próxima também com os livros seguintes do Pentateuco. Israel certamente não deve permanecer no Sinai, mas deve entrar na terra prometida (3:17 JE – Êxodo 6.8 P – Êxodo 23.20 JE – Êxodo 32.34 J – Êxodo 33.1 JE – Êxodo 33.12 J – Êxodo 34.9 J e D; compare também as muitas ordenanças dos Livros da Aliança – Êxodo 21.1 E – Êxodo 34.11 D e J).

Desta forma, as narrativas dos livros seguintes, que começam novamente em Números 10.11 P e JE com a história da partida do Sinai, continuam a história em Êxodo. Mas a legislação em Levítico também é uma continuação necessária e complemento do Livro de Êxodo, e é preparada e apontada neste último.

A construção do altar de holocaustos (27: – Números 38.1), bem como a menção feita aos diferentes tipos de sacrifícios, como os holocaustos e a oferta pelo pecado (29:18,14) e a oferta movida (29:28), apontam para a promulgação de uma lei de sacrifícios como encontramos em Levítico 1.7.

As direções dadas em relação à consagração dos sacerdotes (Êxodo 29) são realizadas em Levítico 8 f. Os comandos indefinidos de Êxodo 30.10 em referência à expiação no chifre do altar de incenso uma vez por ano tornam necessário o ritual especial do Dia da Expiação em Levítico 16 como seu suplemento.

O alargamento mais completo em referência ao pão da proposição mencionado em Êxodo 25.30 é encontrado em Levítico 24.5-9; e até mesmo as repetições em referências aos candelabros (Êxodo 25.31; Levítico 24.1-4; Números 8.1-4), assim como os sacrifícios tamidh (“contínuos”) (compare Números 28.3-8 com Êxodo 29.38-42), apontam para uma certa conexão entre Êxodo e os livros seguintes.

Quão estreita é a conexão entre Deuteronômio e Êxodo, tanto em relação às narrativas históricas quanto às suas partes legais (compare o Decálogo e os Livros da Aliança), só pode ser mencionada neste lugar.

4. Significado Destes Eventos para Israel:

Quando lembramos a importância que a saída do Egito e a celebração da aliança tiveram para o povo de Israel, e que esses eventos sinalizaram o nascimento do povo escolhido e o estabelecimento da teocracia, então entenderemos por que o eco dos eventos registrados em Êxodo é encontrado em toda a literatura posterior, ou seja, nos livros históricos, na pregação dos profetas e nos Salmos, como os maiores eventos na história do povo, e ao mesmo tempo como o tipo promissor de futuras e maiores libertações.

Mas como no início da história da família a importância desta família para toda a terra é claramente anunciada (Gênesis 12.1-3), o mesmo ocorre aqui também no início da história da nação, talvez já na expressão “reino de sacerdotes” (Êxodo 19.6), uma vez que a ideia de um sacerdócio inclui a transmissão da salvação para outros; e certamente na concepção ‘primogênito de Yahweh’ (Êxodo 4.22), uma vez que isso pressupõe outras nações como filhos nascidos posteriormente.

As passagens citadas acima já são ligações que conectam este livro com o Cristianismo, nas ideias de um sacerdócio geral, de eleição e de filiação de Deus. Aqui mencionamos algumas características especialmente significativas dentre a massa de tais relações com o Cristianismo.

5. Ligações de Conexão para o Cristianismo:

Quão grande é o significado do Decálogo, no qual a lei não está tão intimamente ligada ao que é especificamente judaico e nacional, como por exemplo nas injunções do Código Sacerdotal, de acordo com a interpretação de Cristo em Mateus 5 alcançou na história da humanidade!

Mas em Mateus 5.17 Jesus reivindicou para a lei em todas as suas partes uma autoridade e significado eternos e enfatizou o núcleo eterno, que, portanto, deve ser atribuído a cada um desses mandamentos legais; enquanto Paulo, por outro lado, especialmente em Romanos, Gálatas e Colossenses, enfatiza o caráter transitório da lei, e discute em detalhes a relação do período mosaico com o dos patriarcas e das obras da lei com a fé, enquanto em 2 Coríntios 3 ele louva a glória do serviço no espírito sobre a da letra (compare Êxodo 34)–uma ideia que em referência às instituições legais individuais também é realizada na Epístola aos Hebreus.

Compare sobre este assunto também os artigos LEVÍTICO e DIA DA EXPIAÇÃO. Então também o cordeiro pascal era um tipo de Jesus Cristo (compare por exemplo 1 Coríntios 5.7; João 19.36; 1 Pedro 1.19). Em Êxodo 12 o rito da Páscoa e o estabelecimento da aliança (24:3-8) estão mais estreitamente conectados também com a Ceia do Senhor e o estabelecimento da Nova Aliança.

Na habitação permanente de Deus no meio do Seu povo na coluna de fogo e no Tabernáculo está tipificada Sua habitação entre a humanidade em Cristo Jesus (João 1.14) e também a habitação do Espírito Santo na congregação cristã (1 Pedro 2.5; Efésios 4.12) e no cristão individual (1 Coríntios 3.11 Coríntios 6.19; 2 Coríntios 6.16; João 14.23).

O Apocalipse particularmente é rico em pensamentos sugeridos pela saída do Egito. Pensamentos únicos em referência ao Antigo Testamento são encontrados nas concepções de que a lei foi dada através de anjos (Atos 7.53; Gálatas 3.19; Hebreus 2.2); além disso, que a rocha mencionada em Êxodo 17.6 seguiu, e era Cristo (1 Coríntios 10.4); e que em Hebreus 9.4 a verdadeira conexão do altar de incenso com o Santo dos Santos aparece como mudada para uma conexão local (Êxodo 40.26,27), enquanto a ideia encontrada em Hebreus 9.4 de que o maná estava originalmente na Arca da Aliança, talvez não seja totalmente excluída por Êxodo 16.33; e o número 430 anos, encontrado em Gálatas 3.17, provavelmente concorda com Êxodo 12.40,41, na medida em que todo o período patriarcal poderia ser considerado como uma unidade (compare na leitura da Septuaginta em Êxodo 12.40,41, III – Gênesis 4 abaixo).

Continua 8294

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ÊXODO, O LIVRO DE – 1′”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.

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