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Eterna, vida na Bíblia. Significado e Versículos sobre Eterna, vida

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L. Ensino do Antigo Testamento. A comunhão entre Deus e a alma individual do homem, se for bem entendida, envolve um futuro para essa alma – e as anomalias da vida que não têm aqui a sua explicação requerem, para serem explicadas, a vida além da campa.

Mas o A. T. é apenas comparativamente pouco explícito sobre o assunto, porquanto os escritores dessa parte da Bíblia falam-nos de Sheol, a palavra que geralmente se traduz por ‘inferno’. O termo, porém, significa ‘concavidade’ ou ‘vácuo’.

Os mortos ainda ali vivem, mas privados de tudo o que realmente pertence à vida. É lugar de trevas, de esquecimento, de sono, de ignorância – lá não há esperança, nem louvor – é lugar de corrupção, um poço horrível – e dali não se volta (*veja João 7.9João 14.7 a 12Salmos 88Salmos 115Eclesiastes 9.5Isaías 14.11).

Este aspecto do ensino, no A. T., já pode explicar a existência futura, considerando principalmente tudo aquilo que cerca a morte. Mas não é este o único aspecto. Conhecemos a vida de Enoque e o ter andado sempre com Deus, a triunfante passagem de Elias, a misteriosa visão de Samuel em Tecoa, esclarecendo todos estes fatos esta grande verdade: que, visto como o homem vive em comunhão com Deus, não há morte que possa realmente quebrar essa comunhão.

A expressão tantas vezes repetida: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de isaque, o Deus de Jacó’ explica aquela comunhão de uma forma concreta, e devia ter produzido no espírito dos judeus a compreensão do que Jesus lhes queria ensinar.

Nos Salmos, e também em alguns dos profetas, mas especialmente nos Salmos, o fato de que o piedoso judeu vive numa estreita união com o Espirito do Criador é para ele uma segurança, mesmo na morte – ele pouco sabe da vida além da sepultura, mas pode confiar no seu Deus. ‘Não deixarás a minha alma na morte’ – ‘Quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança’ – ‘Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na gloria.’ A visão dos ossos secos no cap. 37 de Ez ensina-nos uma lição semelhante (vede também Isaías 26.19 e Daniel 12.2).

Ao lado destes ensinamentos existia na alma israelita a idéia de uma relação entre a morte e o pecado – mas nunca o judeu pôde penetrar inteiramente o mistério dessa ligação. Na literatura da Sabedoria, como o Eclesiastes, os Provérbios, Jó, e alguns dos Salmos, era ao judeu ensinada a verdade da vida futura por outro processo de argumentação.

As necessidades da vida, a sua aparente injustiça, a sua inexata retribuição, o óbvio fato de que nem sempre é o sofrimento o resultado de pecado, tudo isto se avolumava numa questão que só poderia ser resolvida pela realidade da vida futura. 2.

Ensino do Novo Testamento. É no N. T. Que está perfeitamente definida a doutrina da vida eterna. A palavra grega, que indiscriminadamente se traduz por ‘eterno’ ou ‘perpétuo’ (aionios ), é derivada de um nome que significa uma idade, ou um período de tempo.

O adjetivo toma amplamente a sua característica significação do nome a que se aplica. Quando se aplica a Deus ou à vida deve significar ‘eterno’, no sentido mais lato. Aplicado ao serviço de um escravo, significa a duração da vida: ‘ele o servirá para sempre’ (Êxodo 21.6).

A vida de Deus é a eternidade – a vida dos que hão de estar sempre com Ele deve ser igualmente eterna, e também, sendo usada a mesma palavra, parece ser eterna a vida dos que hão de estar separados Dele.

Acerca da eternidade da vida não há, e nunca houve, entre os cristãos, qualquer dúvida.

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