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Esmolas; esmolar na Bíblia. Significado e Versículos sobre Esmolas; esmolar

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Esmolas; esmolar

A palavra inglesa “alms” é uma forma abreviada da palavra grega eleemosune, aparecendo em formas gradualmente reduzidas no alemão Almosen, no inglês de Wyclif Almesse, no escocês Aw’mons e no nosso alms.

Os judeus mais tarde frequentemente usavam “justiça” tsedhaqah como significado de esmolas, sendo essa, na visão deles, a principal justiça. Este uso é visto no Talmude e nas frequentes traduções da palavra hebraica para “justiça” (tsedhaqah) por “esmolas” (eleemosune) na Septuaginta, embora nada que justifique isso seja encontrado no Antigo Testamento hebraico ou no verdadeiro texto do Novo Testamento.

Essa noção de justiça como esmolas, quase universal entre os judeus nos dias de Jesus e se espalhando até mesmo entre os cristãos, explica “esmolas” em Mateus 6.1, onde o texto verdadeiro tem “justiça”:

“Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles”.

Dikaiosune e eleemosune são ambas usadas na Septuaginta para traduzir chesedh, “bondade”, e também ambas usadas para traduzir tsedhaqah, “justiça”. A esmola era considerada não apenas como uma clara evidência de justiça em geral, mas também como um ato de justiça, uma dívida justa devida aos necessitados. “Ninguém recusa diretamente”, diz Mackie, portanto, possivelmente, o ensino de Cristo em Lucas 11.41, “Que a vossa justiça (caridade) venha de dentro”, “Dai vossos corações à esmola”.

Com o tempo, o impulso e o comando para dar esmolas de uma maneira verdadeiramente humana, por piedade, como expresso em Deuteronômio 15.11, “Abrirás largamente a tua mão ao teu irmão, ao teu pobre e ao teu necessitado, na tua terra”, deu lugar a uma prática formal, meritória, possuindo, como os homens vieram a pensar, o poder de expiar os pecados do homem e redimi-lo de calamidades e morte.

Por exemplo, Provérbios 11.4 foi explicado:

“A água apagará o fogo ardente; assim a esmola faz expiação pelos pecados” (Eclesiástico 3:30). “Faz um tesouro de esmolas no teu armazém; ela te livrará da aflição” (Eclesiástico 29:12). A história de Tobias é especialmente pertinente: é simplesmente uma lição sobre esmolas e seus poderes redentores: “As esmolas livram da morte e purgarão todo pecado” (Tobias 1:3,1 – Provérbios 2.14 – Provérbios 4.7-11 – Provérbios 12.8,9. Compare com Eclesiástico 29:11).

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O catolicismo romano, considerando os livros de Tobias e Eclesiástico como canônicos, encontra neles textos de prova para sua doutrina de esmolas, e igualmente atribui grande valor às doações aos pobres como expiação pelos pecados.

Os protestantes, por uma reação natural, nem sempre mantiveram em seu verdadeiro valor o que era e é um importante dever cristão (ver Lucas 12.33 e comparar com Mateus 6.19-24):

“Vendei o que tendes e dai esmolas”, etc. Parece ter sido assim considerado e mantido nas comunidades cristãs até o início do século IV (Apos Const II 36; Cipriano, De Opera e Eleemos. xiv).

O ensino de Jesus sobre o assunto é importante, primeiro, por influenciar as ideias e práticas judaicas, e segundo, por influenciar as ideias e práticas cristãs contemporâneas.

Este ensino aparece mais notavelmente no Sermão da Montanha. Enquanto mostra o que é exigido dos súditos do reinado messiânico, Ele propõe abertamente uma moralidade mais elevada e espiritual do que a que foi ensinada e praticada pelos escribas e fariseus:

“Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.20). Lá, também, Ele estabelece o princípio geral incorporado nas palavras de Mateus 6.1: “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles”, e ilustra-o aplicando-o aos três exercícios mais valorizados entre os judeus (recomendados juntos em Tobias 12:8), a saber, esmolas (Mateus 6.2,4), oração (Mateus 6.5-15) e jejum (Mateus 6.16-18).

Claramente, o que Jesus aqui proíbe em geral não é a publicidade ao realizar boas ações, o que muitas vezes é necessário e adequado, mas a publicidade ostentosa, com o propósito de atrair atenção. (O grego transmite claramente esta ideia de propósito, e o verbo para “ser visto” é aquele do qual vem nossa palavra “teatro”).

Jesus ensina ao Seu discípulo:

“Quando … deres esmolas, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas” (Mateus 6.2). O contraste com a prática comum instituída por Jesus é a coisa significativa:

“Mas quando tu deres esmolas”–“tu” é enfático pela posição no grego–“não deixes que a tua mão esquerda saiba o que a tua mão direita faz”, etc., ou seja, “Longe de anunciar suas esmolas ao público, nem mesmo deixe que seja conhecido por você mesmo”.

Outro ensino relacionado de alguma forma antecipou a suprema lição de Jesus: “para que as tuas esmolas sejam em segredo; e teu Pai, que vê em segredo, te recompensará” (Mateus 6.4).

_LITERATURA._

Comentários no local Literatura rabínica relevante. D. Cassel, Die Armenverwaltung des alten Israel – Mateus 1887

George B. Eager

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ALMS; ALMSGIVING’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.

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