Esdras, o segundo (quarto) livro de; esdras apocalíptico: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia
Esdras, o segundo (quarto) livro de; esdras apocalíptico – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Esdras, o segundo (quarto) livro de; esdras apocalíptico
Ou O Esdras Apocalíptico:
Conteúdo
1. Nome 2. Conteúdo 3. Idioma 4. Versões 5. Origem do Livro 6. Data
LITERATURA
Este livro não foi recebido pelo Concílio de Trento como canônico, nem jamais foi reconhecido como tal pela igreja anglicana.
1. Nome:
O livro não é encontrado na Septuaginta e nenhuma cópia completa do texto grego é conhecida, embora em um momento tenha existido. O nome mais antigo existente é “O Profeta Esdras” (Esdras ho prophetes):
Ele tem sido frequentemente chamado de Esdras Latino porque existe mais completamente nesse idioma; compare o nome Esdras Grego para 1 Esdras.
3 Esdras é a designação em edições antigas da Vulgata, 1 Esdras sendo Ezr e Neh, 2 Esdras denotando o que em inglês é chamado de 1 Esdras. Mas em edições da Vulgata (Bíblia Latina de Jerônimo – 390.405 d.C.) posteriores ao Concílio de Trento, e também na Poliglota de Walton, Esdras é chamado de 1 Esdras, Neemias, 2 Esdras, 1 Esdras = 3 Esdras, o presente livro (o Esdras Latino) sendo conhecido como 4 Esdras.
Em cópias autorizadas da Vulgata, ou seja, nas comumente usadas, este livro está ausente. Por conta de seu conteúdo, Westcott, seguindo o exemplo de Anastasius Sinaita (bispo de Antioquia a partir de 559 d.C.), chamou o livro de “Apocalipse de Esdras.” Mas como Tischendorf em 1866 editou uma obra posterior e inferior com esse título, o presente autor sugere o nome “O Esdras Apocalíptico.” De todos os apocalipses judaicos, este é o mais sublime e tocante.
2. Conteúdo:
A obra original consiste em 2 Esdras 3-14, capítulos 1 – 2 Esdras 15 sendo adições tardias. O livro inteiro de 16 capítulos existe apenas na versão latina, as outras versões contendo apenas os capítulos 3-14. O verdadeiro 2º (apocalíptico) Esdras, consistindo dos capítulos 3-14, é composto por 7 visões dadas a Esdras no exílio 30 anos após a destruição de Jerusalém pelos babilônios.
O tema dessas visões é, Como pode um Deus justo e amoroso permitir que Seu próprio povo sofra tanto? O problema assim levantado é tratado de forma plena e bela. Por falta de espaço, o presente autor deve referir para uma análise mais completa ao artigo LITERATURA APOCALÍPTICA, sec.
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I – 2 Esdras 5, e à literatura lá citada. Para 2 Esdras 1 – 2 Esdras 15 veja sob Esdras 5 – Esdras 6
3. Idioma:
Embora nenhum texto completo mesmo de 2 Esdras 3-14 tenha sobrevivido, um exame cuidadoso do latim mostra que ele foi feito a partir de um original grego.
(1) Alguns fragmentos do grego podem ser rastreados, como 5:35 em Clemente de Alexandria – 2 Esdras 8.23 nas Constituições Apostólicas.
(2) A ordem dos doze profetas em 1:39 segue a da Septuaginta.
(3) A versão latina apresenta ao longo de todo o texto claros traços de idioma grego.
Assim, o genitivo é usado com o comparativo (5: – 2 Esdras 11.29); temos o genitivo (não ablativo) absoluto em 10:9, a dupla negativa e o uso de de (grego apo) e ex (grego ek) com o genitivo em várias partes. Mas há razões convincentes para concluir que a versão grega implícita no latim implica um original hebraico, e a prova é semelhante à de uma versão grega como base do latim.
No grego, há idiomatismos que são hebraicos, não gregos, nem mesmo em sua frequência no grego helenístico. O particípio usado para fortalecer o verbo finito é o idiomatismo hebraico regular do absoluto com o verbo finito:
veja 4:2 (excedens excessit) – 2 Esdras 5.30 (odiens odisti). Para outros exemplos, veja Gunkel (em Kautzsch, Die Apokryphen u. Pseud. des Altes Testament – 2 Esdras 332 f); R. H. Charles (Enc Brit, X – 2 Esdras 106). Ewald foi o primeiro a defender um original hebraico, mas em 1866 foi seguido por seu distinto aluno Wellhausen e também por R.
H. Charles (Apoc Bar, lxxii).
4. Versões:
(1) Latim.
A versão latina é de longe a mais importante e dela dependem as Versões Inglesas da Bíblia. Mas todas as edições publicadas do texto latino (as de Fabricius, Hilgenfeld, Fritzsche, etc.) remontam a um único manuscrito, o chamado Codex Sangermanensis (data 822), que omite grande parte do texto entre 2 Esdras 7:36 – 2 Esdras 7.37 Qualquer leitor do texto inglês pode ver a falta de continuidade entre esses versículos.
Em 1875, Bensly publicou o fragmento faltante com uma Introdução e notas críticas. Em 1895, Bensly e James publicaram uma edição crítica do Quarto Livro de Esdras em latim, restaurando o fragmento faltante e corrigindo com a ajuda dos manuscritos mais conhecidos.
(2) Outras Versões.
Existem versões em siríaco (Peshitta), etíope, árabe, armênio e ainda outras, mas todas dependem do grego perdido, exceto uma das duas traduções árabes existentes. O número e a variedade de versões mostram que 2 Esdras foi amplamente difundido.
Pelos Padres Gregos e Latinos, foi citado como uma obra profética genuína. Sua importância na estimativa da igreja romana medieval é atestada pelo fato de ter chegado até nós em vários manuscritos bem conhecidos das Escrituras, e de ter sido adicionado à Vulgata autorizada (Bíblia Latina de Jerônimo – 390.405 d.C.) como um apêndice.
5. Origem do Livro:
Duas principais visões podem ser brevemente notadas:
(1) A de Kabisch (Das vierte Buch Esra – 2 Esdras 1889) que sustenta que o editor do livro usou livremente um bom número de fontes, subtraindo, adicionando e alterando para atender ao seu propósito. Ele fornece uma lista de fontes prováveis.
R. H. Charles (Enc Brit, X – 2 Esdras 107) tende a adotar essa análise.
(2) Gunkel (loc. cit.) sustenta e tenta provar que o livro é a produção de um único escritor. No entanto, ele admite que o livro contém um grande número de inconsistências que ele explica assumindo que o editor fez uso livre de tradições orais e escritas.
As duas visões, portanto, não estão muito distantes, pois ambas pressupõem que várias fontes foram usadas. É simplesmente uma questão de mais ou menos.
Wellhausen provavelmente está certo ao dizer que o autor de 2 (4) Esdras tinha diante de si o Apócrifo de Baruque, escrito sob a impressão despertada pela destruição de Jerusalém em 71 d.C.
6. Data:
A opinião dos melhores estudiosos modernos é que o livro foi escrito em algum lugar do Oriente na última década do século I da nossa era. Esta conclusão baseia-se principalmente na interpretação mais provável da visão da Águia e do Leão em 2 Esdras 11:1-12:51; mas também no fato de que Clemente de Alexandria (morto em 217 d.C.) cita o grego de 5:35.
LITERATURA.
Além da literatura referida acima, veja Schurer, A Hist of the Jewish People in the Time of Jesus Christ, II, iii – 2 Esdras 93 (ed. alemã 4, III – 2 Esdras 315); os artigos em HDB (Thackeray) e Encyclopedia Biblica (James); o Novo Sch-Herz sob a palavra “Pseudepigrapha, Old Testament” (G. Beer), e na presente obra sob APÓCRIFOS e LITERATURA APOCALÍPTICA.
T. Witton Davies
Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ESDRAS, O SEGUNDO (QUARTO) LIVRO DE; ESDRAS APOCALÍPTICO’”. “International Standard Bible Encyclopedia”. 1915.
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