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En-dor, bruxa de: Dicionário Bíblico e versículos na Bíblia

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En-dor, bruxa de – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

En-dor, bruxa de

Bruxa:

Em 1 Samuel 28.3-25, é narrado como Saul, em desespero porque Yahweh o havia abandonado, na véspera da batalha fatal de Gilboa, recorreu disfarçado a “uma mulher que tinha um espírito familiar” (‘obh) em En-dor, e pediu à mulher que adivinhasse para ele e trouxesse dos mortos quem ele deveria nomear.

Quando a mulher lembrou-lhe como Saul havia eliminado da terra aqueles que praticavam essas artes–uma prova da existência e operação das leis contra adivinhação, feitiçaria, necromancia, etc. (Levítico 19.31; Deuteronômio 18.9-14)–o rei assegurou-lhe imunidade e ordenou que ela chamasse Samuel.

Os incidentes que se seguiram têm sido objeto de muita discussão e de variadas interpretações. Parece assumido na narrativa que a mulher viu uma aparição, que o rei, ao descrevê-la, reconheceu como sendo Samuel.

Isso, no entanto, pode ser apenas a interpretação do narrador dos eventos. Não se deve acreditar que o santo Samuel foi realmente convocado de seu descanso pelos feitiços de uma adivinha profissional.

Alguns pensam que Samuel, com a permissão de Deus, realmente apareceu, tanto para o espanto da mulher quanto para o do rei; e argumentam a favor disso o evidente surpresa e terror da mulher ao vê-lo (1 Samuel 28.12), e a verdadeira profecia sobre o destino de Saul (1 Samuel 28.16-19).

Pode ser concebível que tenha sido assim, mas a visão mais razoável é que toda a transação foi uma encenação por parte da mulher. A Septuaginta usa a palavra eggastrimuthos (“um ventríloquo”) para descrever a mulher e aqueles que exerciam artes semelhantes (1 Samuel 28.9).

Embora fingindo ignorância (1 Samuel 28.12), a mulher sem dúvida reconheceu Saul desde o início. Foi ela quem viu Samuel e relatou suas palavras; o próprio rei não viu nem ouviu nada. Não era necessário grande habilidade para um adivinho experiente prever o resultado geral da batalha prestes a acontecer e o desastre que atingiria Saul e seus filhos; enquanto se a previsão tivesse se mostrado falsa, a narrativa da bruxa de En-dor nunca teria sido escrita.

Saul, de fato, não foi morto, mas se suicidou. O incidente, portanto, pode ser melhor classificado na mesma categoria que os feitos da mediunidade moderna.

James Orr

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘EN-DOR, BRUXA DE’”. “Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional”. 1915.

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