Eclesiastes (livro do) na Bíblia. Significado e Versículos sobre Eclesiastes (livro do)
O Eclesiastes acha-se agora classificado entre os sagrados escritos, que fazem parte dos ‘Livros da Sabedoria’. Estas obras distinguem-se na sua substância e na sua natureza das dos Profetas. Elas são mais refletivas e éticas do que a expressão de uma direta mensagem de Deus, não se vendo no livro as explicativas palavras ‘assim diz o Senhor’.
E, na verdade, o nome do Senhor não se acha no Eclesiastes. Título e Autor. O nome português deste livro, tirado da versão grega, significa o ‘pregador’, aquele que fala a uma assembléia. Provavelmente é este o sentido do titulo hebraico Qoheleth.
Esta pessoa deve ser a de Salomão, mas idealmente, como se o seu espírito falasse assim: eu fui rei. Tem sido geral a crença de que Salomão foi realmente o seu autor, afirmando-se que o livro encerra as reminiscências das horas de arrependimento e as sábias conclusões da sua avançada idade.
Segundo esta maneira de ver, aquele sábio monarca, que foi tão ricamente dotado de sabedoria, afastou-se de Deus, procurando a felicidade nas coisas do mundo e na prática da idolatria (1 Reis 11.1 a 13) – mas nos seus últimos anos, reconhecendo bem a sua loucura, deixa registrada no Eclesiastes a sua experiência, depois de haver proclamado em tempos áureos as grandes verdades da vida perante todos aqueles que de todas as partes vinham à sua corte, para serem instruídos com a sua famosa sabedoria.
Conteúdo. Enquanto as grandiosas lições deste livro estão sendo claramente expostas, não se pode de forma alguma traçar o curso do pensamento. Depois de uma introdução geral, apresentando ao leitor o assunto e o desígnio (1.1 a 11), o Pregador recorda a sua experiência pessoal na sua procura da felicidade, mostrando que nem os prazeres da vida, nem mesmo as obras da inteligência lhe puderam dar (1.12 a 2.23) – e conclui dizendo que a melhor coisa é a gente regular a sua maneira de viver segundo as inalteráveis disposições da Divina providência (2.24 – 1 Reis 3.15).
O autor faz então as suas observações sobre a vida doe homens, especialmente nas suas relações sociais, achando nisto vaidade (3.16 – 1 Reis 4.16), e algumas admiráveis considerações ele apresenta sobre isso (5.1 a 9).
Renova as suas observações, considerando os homens como indivíduos, e expõe a decepção que sofrem os egoístas e avarentos (5.10 – 1 Reis 6.12). Então ele apresenta algumas máximas de sabedoria prática para suavizar estes males, mas admitindo que nem sempre dão resultado (7.1 – 1 Reis 9.10) – e acrescenta algumas das mais impressionantes e preciosas instruções, tendo em vista a aplicação da sabedoria às várias circunstâncias da vida, com o fim de se conseguir a maior felicidade possível (9.11 – 1 Reis 11.6).
Isto conduz à exposição dos mais altos pensamentos da sabedoria, produzindo uma serena esperança nos homens, e preparando-os para a velhice, morte e juízo (11.7 – 1 Reis 12.7). E da exibição da sua doutrina chega o Pregador a esta conclusão: (1) que as coisas do mundo não podem fazer verdadeiramente felizes os homens (12.8) – (2) que somente a sabedoria divina pode ensiná-los a alcançar a melhor vida com a sua imperfeita natureza humana (12.9 a 12) – e que essa sabedoria celestial prescreve que se cultive uma piedade humilde e respeitosa (12.13), na expectativa de um futuro de perfeita harmonia e retribuição, como sendo a melhor coisa para o homem na terra (12.14).
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