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Antioquia na Bíblia. Significado e Versículos sobre Antioquia

16 min de leitura

Havia duas importantes cidades com este nome. (1) Antioquia da Síria. Nenhuma cidade, depois de Jerusalém, está em tão íntima conexão com a primitiva história do Cristianismo como Antioquia da Síria. Os cristãos que tiveram de sair de Jerusalém, depois da morte de Estêvão, pregaram o Evangelho em Antioquia.

Foi neste lugar que Paulo censurou a Pedro por se ter conduzido, contrariamente ao que devia ser, conforme as razões dos emissários de Jerusalém (Gálatas 2.11,12). Ali foi fundada a primeira igreja gentílica (Atos 11.20,21) – ali, pela primeira vez, se chamaram cristãos os discípulos de Jesus Cristo – ali praticou S.

Paulo o sistemático trabalho ministerial – e deste lugar partiu ele para realizar a sua primeira viagem missionária, e voltou. E depois do Concílio Apostólico (cujas resoluções foram especialmente dirigidas aos convertidos dentre os gentios, em Antioquia, Atos 15.23), iniciou o Apóstolo, nesta mesma cidade, a sua segunda viagem missionária, voltando ao mesmo lugar – e daqui outra vez partiu, efetuando a terceira viagem, que terminou com a sua prisão em Jerusalém e Cesaréia.

Esta famosa cidade de Antioquia fora fundada no ano de 300 a. C. Os judeus aí se estabeleceram, logo de início, em grande número, e eram governados pelo seu próprio chefe, sendo-lhes permitido ter os mesmos privilégios políticos de que gozavam os gregos. É, certamente, esta a Antioquia do período romano, da qual se trata no Novo Testamento.

Os cidadãos tornaram-se notáveis pela sua maneira rude de tratar as questões e pela invenção de alcunhas. O nome de ‘cristãos’ foi, talvez, dado por escárnio aos discípulos do Divino Mestre. Existia ali perto Dafne, o célebre santuário de Apolo.

A moderna Antakia é uma miserável e reduzida povoação. (2) Antioquia de Pisídia acha-se mencionada em Atos 13 e Atos 14 e em 2 Timóteo 3.11. Tudo o que agora resta dessa terra são ruínas, sendo algumas delas importantes, como as de um templo, de um teatro, de uma igreja, e de um belo aqueduto.

A pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia produziu a conversão de um grande número de gentios – e este fato irritou de tal maneira os judeus, que eles fizeram grande oposição ao Apóstolo, que por isso foi obrigado a sair dali para icônio e depois para Listra.

Voltando de Listra, foi de novo S. Paulo a Antioquia com o fim de confirmar na fé os convertidos. Deram-se estes acontecimentos por ocasião da primeira viagem missionária, indo S. Barnabé na companhia de S.

Paulo. As palavras de 2 Timóteo 3.10,11 mostram que Timóteo estava bem informado sobre o que o Apóstolo sofrera durante a sua primeira visita a Antioquia da Pisídia.

Antioquia – Dicionário Bíblico de Easton

Antioquia

  • Na Síria, às margens do rio Orontes, cerca de 16 milhas do Mediterrâneo e aproximadamente 300 milhas ao norte de Jerusalém. Era a metrópole da Síria e depois se tornou a capital da província romana na Ásia.

    Ocupava o terceiro lugar em importância, depois de Roma e Alexandria, entre as cidades do império romano. Era chamada de “primeira cidade do Oriente”. O cristianismo foi introduzido cedo nela (Atos 11.19 Atos 11.21 Atos 11.24), e o nome “cristão” foi aplicado pela primeira vez aqui aos seus seguidores (Atos 11.26).

    Está intimamente ligada à história inicial do evangelho (Atos 6.5; Atos 11.19 Atos 11.27 Atos 11.28 Atos 11.3 – 28 Atos 12.25 – 28 Atos 15.22-35; Gálatas 2.11 Gálatas 2.12). Era o grande ponto central de onde missionários para os gentios eram enviados.

    Foi o local de nascimento do famoso pai cristão Crisóstomo, que morreu em 407 d. C. Hoje leva o nome moderno de Antakia e é uma triste e decadente cidade turca. Como Filipos, foi elevada à categoria de colônia romana.

    Tais colônias eram governadas por “pretores” (RSV marg., Atos 16.20 Atos 16.21).
  • No extremo norte da Pisídia; foi visitada por Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária (Atos 13.14). Aqui eles encontraram uma sinagoga e muitos prosélitos. Obtiveram grande sucesso na pregação do evangelho, mas os judeus provocaram uma forte oposição contra eles, e foram obrigados a deixar o lugar.

    Em seu retorno, Paulo visitou novamente Antioquia com o propósito de confirmar os discípulos (Atos 14.21). Foi identificada com a moderna Yalobatch, situada a leste de Éfeso.

Easton, Matthew George. “Entrada para Antioquia”. “Dicionário Bíblico de Easton”.

Antioquia – Dicionário de Nomes Bíblicos de Hitchcock

Antioquia

Rápido como um carro

Hitchcock, Roswell D. “Entrada para ‘Antioquia’”. “Um Dicionário Interpretativo de Nomes Próprios da Escritura”. Nova York, N.Y. – Atos 1869

Antioquia – Dicionário Bíblico de Smith

Antioquia

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(De Antíoco)-

  1. NA SÍRIA. A capital dos reis gregos da Síria e, posteriormente, a residência dos governadores romanos da província que tinha o mesmo nome. Situação. –Esta metrópole estava situada onde a cadeia do Líbano, correndo para o norte, e a cadeia de Touro, correndo para o leste, encontram-se abruptamente.

    Aqui o Orontes rompe pelas montanhas; e Antioquia foi colocada numa curva do rio, a 26,5 quilômetros do Mediterrâneo, em parte numa ilha, em parte no dique que forma a margem esquerda, e em parte na subida íngreme e rochosa do Monte Silpius, que se elevava abruptamente ao sul.

    Fica cerca de 480 quilômetros ao norte de Jerusalém. Nas proximidades imediatas estava Dafne, o célebre santuário de Apolo 2 Macabeus 4:33; daí a cidade às vezes ser chamada Antioquia por Dafne, para distingui-la de outras cidades com o mesmo nome.

    Destruição. –A cidade foi fundada no ano 300 a. C., por Seleuco Nicator. Cresceu sob os sucessivos reis selêucidas até tornar-se uma cidade de grande extensão e notável beleza. Uma característica que parece ter sido típica das grandes cidades sírias,–uma vasta rua com colunatas, atravessando toda de ponta a ponta,–foi adicionada por Antíoco Epifânio.

    Por Pompeu, ela foi feita uma cidade livre, e assim continuou até o tempo de Antonino Pio. Os primeiros imperadores ergueram ali algumas estruturas grandes e importantes, como aquedutos, anfiteatros e banhos. (Antioquia, no tempo de Paulo, era a terceira cidade do império romano, e continha mais de 200.000 habitantes. Agora é um lugar pequeno e insignificante de cerca de 6000.–ED.) História Bíblica. –Nenhuma cidade, depois de Jerusalém, está tão intimamente ligada à história da igreja apostólica.

    Judeus estavam lá estabelecidos desde o início em grande número, eram governados por seu próprio etnarca e tinham os mesmos privilégios políticos que os gregos. O principal interesse de Antioquia, no entanto, está conectado com o progresso do cristianismo entre os pagãos.

    Aqui foi fundada a primeira igreja gentílica, (Atos 11.20 Atos 11.21) aqui os discípulos de Jesus Cristo foram chamados pela primeira vez cristãos (Atos 11.26) Foi de Antioquia que São Paulo partiu em suas três viagens missionárias.

  2. NA PISÍDIA, (Atos 13.14; Atos 14.19 Atos 14.21; 2 Timóteo 3.11) nas fronteiras da Frígia, corresponde a Yalobatch, que fica a seis horas de distância de Aksher pelas montanhas. Esta cidade, como a Antioquia síria, foi fundada por Seleuco Nicator.

    Sob os romanos tornou-se uma colonia, e também era chamada de Cesareia.

Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Antioquia’”. “Dicionário Bíblico de Smith”. 1901.

Antioquia, da pisídia – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Antioquia, da pisídia

Antioquia da Pisídia era assim chamada para distingui-la das muitas outras cidades com o mesmo nome fundadas por Seleuco Nicator (301-280 a.C.) e nomeadas em homenagem ao seu pai Antíoco. Situava-se numa posição forte, num planalto próximo à margem ocidental do rio Anthios, que flui do monte Sultan Dagh até o lago duplo chamado Limnai (Egerdir Gol).

Foi estabelecida no território de uma grande propriedade pertencente aos sacerdotes da religião nativa; as partes restantes desta propriedade pertenceram mais tarde aos imperadores romanos, e muitas inscrições relacionadas com o culto dos imperadores, que sucederam aos direitos divinos bem como aos temporais do deus, sobreviveram.

A planície onde Antioquia estava situada comanda uma das estradas que levam do Oriente para o Meandro e Éfeso; os reis selêucidas regularmente fundavam suas cidades na Ásia Menor em pontos estratégicos importantes, para fortalecer seu domínio sobre as tribos nativas.

Não há evidências de que uma cidade grega existiu no local de Antioquia antes da fundação de Seleuco. Ramsay deve estar correto ao conectar a afirmação de Estrabão de que Antioquia foi colonizada por gregos de Magnésia no Meandro com a fundação de Seleuco; pois é extremamente improvável que os gregos pudessem ter construído e mantido uma cidade em tal posição perigosa tão para o interior antes da conquista de Alexandre.

Cidades gregas pré-alexandrinas raramente são encontradas no interior da Ásia Menor, e então apenas nos abertos vales fluviais do oeste. Mas deve ter havido uma fortaleza frígia em ou perto de Antioquia quando os reis frígios estavam no auge de seu poder.

O limite natural do território frígio neste distrito são as montanhas da Pisídia, e os frígios só poderiam ter mantido o rico vale entre o monte Sultan Dagh e o lago Egerdir contra as tribos guerreiras das montanhas da Pisídia sob a condição de que tivessem um assentamento forte nas proximidades.

Os colonos selêucidas eram gregos, judeus e frígios, se pudermos julgar pela analogia de fundações selêucidas semelhantes. Que havia judeus em Antioquia é comprovado por Atos 13.14,50, e por uma inscrição de Apolônia, uma cidade vizinha, mencionando uma judia Débora, cujos ancestrais ocuparam cargos em Antioquia (se a interpretação de Ramsay da inscrição, As Cidades de Paulo – Atos 256 está correta).

Em 189 a. C., após a paz com Antíoco, o Grande, os romanos fizeram de Antioquia uma “cidade livre”; isso não significa que qualquer mudança tenha sido feita em sua constituição, mas apenas que cessou de pagar tributo aos reis selêucidas.

Antônio deu Antioquia a Amintas da Galácia em 39 a. C., e desde então foi incluída na província da Galácia formada em 25 a. C. a partir do reino de Amintas. Pouco antes de 6 a. C., Antioquia foi feita uma colônia romana, com o título Caesareia Antiocheia; agora era a capital do sul da Galácia e a principal de uma série de colônias militares fundadas por Augusto, e conectadas por um sistema de estradas ainda insuficientemente explorado, para manter sob controle as tribos selvagens da Pisídia, Isáuria e Panfília.

Muita controvérsia girou em torno da questão se Antioquia estava na Frígia ou na Pisídia no tempo de Paulo. Estrabão define Antioquia como uma cidade da Frígia em direção à Pisídia, e a mesma descrição é implícita em Atos 16.6 – Atos 18.23.

Outras autoridades atribuem Antioquia à Pisídia, e indiscutivelmente pertencia à Pisídia depois que a província com esse nome foi formada em 295 d. C. No período paulino, era uma cidade da Galácia, no distrito da Galácia chamado Frígia (para distingui-la de outras divisões étnicas da Galácia, por exemplo, Licaônia).

Esta visão é certa em um estudo das condições históricas; e é apoiada pelo fato de que inscrições frígias (o sinal mais seguro da presença de uma população frígia, pois apenas os frígios usavam a língua frígia) foram encontradas ao redor de Antioquia.

O latim continuou a ser a língua oficial de Antioquia, desde sua fundação como colônia romana até a parte posterior do século II d. C. Foi mais completamente romanizada do que qualquer outra cidade do distrito; mas o espírito grego reviveu no século III, e as inscrições a partir dessa data estão em grego.

As principais divindades pagãs eram Men e Cibele. Estrabão menciona um grande templo com grandes propriedades e muitos hierodoulos dedicados ao serviço do deus.

Antioquia, como foi mostrado acima, era o centro militar e administrativo para aquela parte da Galácia que compreendia as montanhas Isaurianas, Pisidianas e Pamfílias, e a parte sul da Licaônia. Daqui que soldados romanos, oficiais e mensageiros eram despachados por toda a área, e foi daqui, de acordo com Atos 13.49, que a missão de Paulo irradiou por toda a região.

As “mulheres devotas e honradas” e os “principais homens” da cidade, aos quais os judeus dirigiram sua reclamação, eram talvez os colonos romanos. A publicidade aqui dada à ação das mulheres está de acordo com tudo o que se sabe sobre sua posição social na Ásia Menor, onde muitas vezes eram sacerdotisas e magistradas.

Os judeus de Antioquia continuaram sua perseguição a Paulo quando ele estava em Listra (Atos 14.19). Paulo passou por Antioquia uma segunda vez a caminho de Perge e Atália (Atos 14.21). Ele deve ter visitado Antioquia em sua segunda viagem (Atos 16.6), e em sua terceira (Atos 18.23).

W. M. Calder

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ANTIOQUIA, DA PISÍDIA’”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.

Antioquia, na Síria – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão

Antioquia, na Síria

Antioquia (Antiocheia).

(2) Antioquia na Síria.–Em 301 a. C., pouco depois da batalha de Ipsus, que o tornou senhor da Síria, Seleuco Nicator fundou a cidade de Antioquia, nomeando-a em homenagem ao seu pai Antíoco. Guiado, segundo se diz, pelo voo de uma águia, ele fixou o local da cidade na margem esquerda do Orontes (o El-`Asi), cerca de 15 milhas do mar.

Ele também fundou e fortificou Seleucia para ser o porto de sua nova capital.

A cidade foi ampliada e embelezada por reis sucessivos da Dinastia Selêucida, notavelmente por Seleuco Calínico (246-226 a.C.) e Antíoco Epifânio (175-164 a.C.). Em 83 a. C., com o colapso da monarquia selêucida, Antioquia caiu nas mãos de Tigranes, rei da Armênia, que manteve a Síria até sua derrota pelos romanos quatorze anos depois.

Em 64 a. C., o país foi definitivamente anexado a Roma por Pompeu, que concedeu privilégios consideráveis a Antioquia, que agora se tornou a capital da província romana da Síria. Nas guerras civis que terminaram no estabelecimento do principado romano, Antioquia conseguiu se ligar constantemente ao lado vencedor, declarando-se por César após a queda de Pompeu, e por Augusto após a batalha de Actium.

Um elemento romano foi adicionado à sua população, e vários imperadores contribuíram para o seu adorno. Já uma cidade esplêndida sob os Selêucidas, Antioquia foi feita ainda mais esplêndida por seus patronos e mestres romanos.

Era a “rainha do Oriente”, a terceira cidade, depois de Roma e Alexandria, do mundo romano. Cerca de cinco milhas distante da cidade estava o subúrbio de Dafne, um local sagrado para Apolo e Ártemis.

Este subúrbio, embelezado por bosques e fontes, e adornado pelos Selêucidas e pelos romanos com templos e banhos, era o resort de prazer da cidade, e a “moral dafnica” tornou-se um ditado. Desde sua fundação, Antioquia foi uma cidade cosmopolita.

Embora não fosse um porto marítimo, sua situação era favorável ao desenvolvimento comercial, e absorveu grande parte do comércio do Levante. Seleuco Nicator havia assentado números de judeus nela, concedendo-lhes direitos iguais aos dos gregos.

Sírios, gregos, judeus e, nos últimos dias, romanos, constituíam os principais elementos da população. Os cidadãos eram uma raça vigorosa, turbulenta e empreendedora, notória por sua aptidão comercial, a licenciosidade de seus prazeres e a escárnio de seu humor.

No entanto, literatura e as artes não foram negligenciadas.

No início da história do cristianismo, Antioquia ocupa um lugar de destaque. A grande e florescente colônia judaica ofereceu um campo imediato para o ensino cristão, e o cosmopolitismo da cidade tendeu a ampliar a visão da comunidade cristã, que se recusava a ser confinada dentro dos limites estreitos do judaísmo.

Nicolau, um prosélito de Antioquia, foi um dos primeiros diáconos (Atos 6.5). Antioquia foi o berço do cristianismo gentílico e da empresa missionária cristã. Foi a instância da igreja em Antioquia que o conselho em Jerusalém decidiu aliviar os cristãos gentílicos do fardo da lei judaica (Atos 15).

Antioquia foi o ponto de partida de Paulo em suas três viagens missionárias (Atos 13 – Atos 15.36 – Atos 18.23), e para lá ele retornou das duas primeiras como para sua sede (Atos 14.2 – Atos 18.22). Aqui também o termo “cristão”, sem dúvida originalmente um apelido, foi aplicado pela primeira vez aos seguidores de Jesus (Atos 11.26).

O registro honroso da igreja em Antioquia como a igreja-mãe do cristianismo gentílico lhe deu uma preeminência que ela desfrutou por muito tempo. O mais ilustre de seus filhos posteriores foi João Crisóstomo.

A cidade sofreu severamente de terremotos, mas não perdeu sua importância até a conquista árabe restaurar Damasco ao primeiro lugar entre as cidades sírias. Antioquia ainda ostenta seu nome antigo (Antakiyeh), mas é agora uma cidade pobre com alguns milhares de habitantes.

C. H. Thomson

Orr, James, M.A., D.D. Editor Geral. “Entrada para ‘ANTIOQUIA, NA SÍRIA’”. “Enciclopédia Bíblica Internacional Padrão”. 1915.

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