Altar na Bíblia. Significado e Versículos sobre Altar
Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’.
Duas outras palavras em hebraico (Ezequiel 43.15), e uma em grego (Atos 17.23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gênesis 8.20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gênesis 12 – Gênesis 22.9, 35.1,1 – Êxodo 17.1 – Êxodo 24.4).
As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êxodo 20.24,25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar.
O primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto.
Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho.
Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êxodo 27.1 a 8 – Êxodo 38.1).
O altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados.
Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hebreus 9.3,4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êxodo 30.1 a 10 – Êxodo 40.5 – Êxodo 1 Ra 6.22 – Salmos 141.2).
No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Reis 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Reis 7.48). O tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário.
Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa.
Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êxodo 20.24 a 26), mas somente um santuário (Êxodo 25.8). O requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Deuteronômio 16.21).
Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êxodo 20.24 a 26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Reis 3.2,4,16).
Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. Os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Josué 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Reis 1.50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício.
No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mateus 5.23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Coríntios 9.13 – 1 Coríntios 10.18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.
Altar – Dicionário Evangélico de Teologia Bíblica de Baker
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Altar
Estrutura na qual oferendas são feitas a uma divindade. A palavra hebraica para altar é mizbeah, de uma raiz verbal que significa “abater”. O grego traduz essa palavra como thusiasterion, “local de sacrifício”.
No ritual do templo desenvolvido, a mesma palavra é usada tanto para o altar dos holocaustos quanto para o altar do incenso. Assim, um altar é um local onde o sacrifício é oferecido, mesmo que não seja um evento envolvendo abate.
Os altares podem ser objetos naturais ou construções feitas pelo homem. Quatro materiais são registrados como sendo usados em altares: pedra, terra, metal e tijolo. A arqueologia forneceu inúmeros exemplos de altares da Palestina datados de aproximadamente 3000 a.
C. Pedras naturais também eram usadas (Juízes 6.20). Um altar podia ficar isolado ou localizado no pátio de um santuário.
O templo de Jerusalém tinha dois altares: o altar do incenso e o altar dos holocaustos. O altar do incenso era colocado dentro do santuário na frente da cortina que protege o Santo dos Santos. Era feito de madeira coberta de ouro.
Media 1 x 1 x 2 côvados. Dados arqueológicos indicam que todos os quatro cantos da superfície superior eram ligeiramente pontiagudos. Duas vezes por dia, incenso era queimado no altar.
O altar dos holocaustos ficava no pátio do templo. Como os outros objetos no pátio, o altar era feito de bronze. Media 20 x 20 x 10 côvados (2 Crônicas 4). Acaz substituiu este altar por um modelo baseado em um altar que havia visto em Damasco (2 Reis 16).
Ele moveu o antigo altar, usando-o para adivinhação. Na visão de Ezequiel o altar do pátio também era com chifres (Ezequiel 43.15).
Os altares eram lugares onde os mundos divino e humano interagiam. Eram locais de troca, comunicação e influência. Deus respondia ativamente à atividade do altar. O concurso entre Elias e os profetas de Baal envolvendo um altar demonstrou interação entre Iavé e Baal.
Noé construiu um altar e ofereceu um sacrifício a Iavé. Deus sentiu o aroma e achou agradável. Ele respondeu à ação de Noé declarando que nunca mais destruiria todos os seres vivos através de um dilúvio.
No período patriarcal, altares eram marcos de lugar, comemorando um encontro com Deus (Gênesis 12.7), ou sinais físicos de habitação. Abraão construiu um altar onde montou sua tenda entre Betel e Ai. Presumivelmente nesse altar ele “invocou o nome do Senhor” (Gênesis 12.8).
Os sacrifícios eram o meio primário de troca nas interações do altar. O código sacerdotal de Levítico dedica muito espaço ao procedimento sacrificial adequado e a que sacrifícios são apropriados em várias circunstâncias.
O sacrifício era o ato essencial de culto externo. Ao contrário das divindades das nações ao redor do antigo Israel, Iavé não precisava de sacrifícios para sobreviver. Os israelitas, no entanto, precisavam realizar o ato de sacrifício para sobreviver (Êxodo 30.21).
O ato de sacrifício movia a oferenda do profano para o sagrado, do mundo visível para o invisível. Por esta ação, o adorador selava um contrato com Deus. O sangue, acreditado conter a “vida” de um animal (ou ser humano), era particularmente importante no ritual sacrificial.
Era salpicado contra o altar (Levítico 1); uma vez por ano, sangue era esfregado nos chifres do altar do incenso.
Os chifres do altar podem ter funcionado como marcadores de limite, separando o espaço sagrado que era o local real de interseção das esferas divina e humana. Na emocionante história de Abraão encontrando Deus em Moriá, Abraão construiu um altar e arranjou a lenha nele (Gênesis 22.9).
Depois de Isaque ser colocado no altar, mas antes de ser sacrificado, Deus proclamou seu reconhecimento de que Isaque não havia sido “retido”. Ao colocar Isaque no altar, Abraão o transferiu do profano para o sagrado.
Este sagrado altar e seus chifres, onde o sangue expiatório era espirrado, forneciam um local de santuário. O altar era um lugar onde um assassino involuntário poderia ganhar refúgio (Êxodo 21.13-14). Se o assassinato fosse premeditado, no entanto, então o altar seria claramente profanado pela presença do assassino e a pessoa poderia ser retirada e morta.
Joabe teve negada a santidade dos chifres porque conspirara para matar Amasa e Abner. Em um oráculo contra Israel (Amós 3.14), Deus declarou que “os chifres do altar serão cortados e cairão ao chão.” A mensagem é clara: Não haverá lugar para interceder com Deus, e nenhum lugar para reivindicar seu santuário.
Após o exílio, a primeira coisa a ser reconstruída foi o altar. Então o templo foi reconstruído. O templo era finalmente secundário ao altar. Ao repreender a instituição religiosa, Jesus sublinhou a santidade do altar, deixando claro seu entendimento de que o altar “santifica o dom” (Mateus 23.19).
Em Apocalipse, o altar no templo celestial abriga almas martirizadas e até fala (Apocalipse 16.7). O escritor do Novo Testamento de Hebreus (13.10) implica que o altar definitivo é a cruz. Aqui, a troca divina e humana é consumada.
A cruz torna-se o santuário do crente, fornecendo proteção das penas do pecado.
Thomas W. Davis
Altar – Dicionário Bíblico de Easton
Altar
(Heb. mizbe’ah, de uma palavra que significa “abater”), qualquer estrutura de terra (Êxodo 20.24) ou pedra não trabalhada (20:25) sobre a qual eram oferecidos sacrifícios. Altares eram geralmente erguidos em lugares conspícuos (Gênesis 22.9; Ezequiel 6.3; 2 Reis 23.1 – 2 Reis 16.4 – 2 Reis 23.8; Atos 14.13).
A palavra é usada em Hebreus 13.10 para o sacrifício oferecido sobre ele – o sacrifício que Cristo ofereceu.
Paulo encontrou entre os muitos altares erguidos em Atenas um com a inscrição “Ao Deus desconhecido” (Atos 17.23), ou seja, “a um [isto é, algum] Deus desconhecido”. A razão dessa inscrição não pode agora ser determinada com precisão.
Isso proporcionou ao apóstolo a ocasião de proclamar o evangelho aos “homens de Atenas”.
O primeiro altar de que temos notícia foi o erigido por Noé (Gênesis 8.20). Altares foram erguidos por Abraão (Gênesis 12 – Gênesis 13.4 – Gênesis 22.9), por Isaque (Gênesis 26.25), por Jacó (Gênesis 33.2 – Gênesis 35.1 – Gênesis 35.3) e por Moisés (Êxodo 17.15, “Jehovah-nissi”).
No tabernáculo, e posteriormente no templo, dois altares foram erigidos.
- O altar de holocausto (Êxodo 30.28), chamado também de “altar de bronze” (Êxodo 39.39) e “a mesa do Senhor” (Malaquias 1.7).
Este altar, como erguido no tabernáculo, é descrito em Êxodo 27.1-8. Era quadrado, com 5 cúbitos de comprimento e largura, – Êxodo 3 cúbitos de altura. Foi feito de madeira de acácia e revestido com placas de bronze.
Seus cantos foram ornamentados com “chifres” (Êxodo 29.12; Levítico 4.18).
Em Êxodo 27.3 são enumerados os vários utensílios pertencentes ao altar. Eram feitos de bronze. (Compare 1 Samuel 2.1 – 1 Samuel 2.14; Levítico 16.12; Números 16 – Números 16.7.)
No templo de Salomão o altar tinha dimensões maiores (2 Crônicas 4.1. Compare 1 Reis 8.2 – 1 Reis 8.64 – 1 Reis 9.25), e era inteiramente feito de bronze, cobrindo uma estrutura de pedra ou terra. Esse altar foi renovado por Asa (2 Crônicas 15.8).
Foi removido por Acaz (2 Reis 16.14), e “purificado” por Ezequias, na última parte de seu reinado foi reconstruído. Foi finalmente desmontado e levado pelos babilônios (Jeremias 52.17).
Após o retorno do cativeiro, foi reconstruído em Ezr3:3 Ezr3:6 no mesmo lugar onde anteriormente se encontrava. Quando Antíoco Epifânio saqueou Jerusalém, o altar do holocausto foi levado embora. Mais uma vez o altar foi erguido por Herodes e permaneceu no local até a destruição de Jerusalém pelos Romanos (70 d.C.).
O fogo no altar não era permitido se apagar em Lv6:9. Na Mesquita de Omar, imediatamente sob a grande abóbada, que ocupa o local do antigo templo, há um saliente bruto da rocha natural, com cerca de 60 pés em seu comprimento extremo – Romanos 50 em sua maior largura, sendo em sua parte mais alta cerca de 4 pés acima do pavimento geral.
Esta rocha parece ter sido deixada intacta quando o templo de Salomão foi construído. Foi provavelmente o local do altar do holocausto. Sob essa rocha há uma caverna, que pode provavelmente ter sido o celeiro da eira de Araúna em 1Cr21:22.
O altar do incenso em Êx30:1-10, também chamado de “altar de ouro” em Êx39:38 Nm4:11, ficava no lugar santo “diante do véu que está pela arca do testemunho”. Neste altar continuamente eram queimadas especiarias aromáticas com fogo tomado do altar de bronze.
Os serviços das manhãs e das noites começavam com o sumo sacerdote oferecendo incenso neste altar. A queima do incenso era um tipo de oração em Sl141:2 Ap5:8 Ap8:3 Ap8:4. Este altar era uma pequena mesa móvel, feita de madeira de acácia revestida com ouro em Êx37:25 Êx37:26.
Tinha um côvado de comprimento e largura e dois côvados de altura. No templo de Salomão, o altar era do mesmo tamanho, mas era feito de cedro em 1Rs6:20 1Rs7:48 revestido com ouro. Em Ez41:22 ele é chamado de “altar de madeira”.
Depois do Exílio, o altar foi restaurado. Antíoco Epifânio o levou embora, mas posteriormente foi restaurado por Judas Macabeu. Entre os troféus levados por Tito na destruição de Jerusalém, o altar do incenso não é encontrado, nem é mencionado em Hb9.
Foi nesse altar que Zacarias ministrou quando um anjo lhe apareceu em Lc1:11. É o único altar que aparece no templo celestial em Is6:6 Ap8:3 Ap8:4.
Easton, Matthew George. “Entry for Altar”. “Easton’s Bible Dictionary”.
Altar – Dicionário Bíblico de Smith
Altar.
O primeiro altar de que temos notícia é o que foi construído por Noé quando ele saiu da arca. (Gênesis 8.20) Nos tempos antigos, altares eram geralmente construídos em locais certos consagrados por associações religiosas, por exemplo, onde Deus apareceu. (Gênesis 12 – Gênesis 13.18 – Gênesis 26.25 – Gênesis 35.1) Embora geralmente erigidos para a oferta de sacrifícios, em alguns casos parecem ter sido apenas memoriais. (Gênesis 12.7; Êxodo 17.1 – Êxodo 17.16) Os altares provavelmente eram originalmente feitos de terra.
A lei de Moisés permitia que fossem feitos de terra ou pedras não lavradas. (Êxodo 20.2 – Êxodo 20.25) I. O Altar de Holocaustos. Ele diferia na construção em diferentes tempos. (1) No tabernáculo, (Êxodo 27.1) e seguintes; Exod 38:1 e seguintes, era comparativamente pequeno e portátil.
Em forma era quadrado. Tinha cinco cúbitos de comprimento, o mesmo em largura, e três cúbitos de altura. Foi feito de pranchas de madeira de acácia cobertas com bronze. O interior era oco. (Êxodo 27.8) Nas quatro pontas havia quatro projeções chamadas chifres feitas, como o próprio altar, de madeira de acácia cobertas com bronze, (Êxodo 27.2) e a eles a vítima era amarrada quando estava prestes a ser sacrificada. (Salmos 118.27) Em volta do altar, no meio entre o topo e o fundo, havia uma borda saliente, na qual talvez o sacerdote ficasse em pé quando oficiava.
Na borda externa desta, novamente, uma grade ou rede de bronze foi fixada, e alcançava o fundo do altar. Nos quatro cantos da rede havia quatro argolas de bronze, nas quais foram inseridos os varais pelos quais o altar era carregado.
Esses varais eram do mesmo material que o próprio altar. Como os sacerdotes tinham proibição de subir ao altar por degraus, (Êxodo 20.26) conjecturou-se que um plano de terra levava gradualmente até a borda de onde eles oficiavam.
O local do altar era na porta do tabernáculo da congregação. (Êxodo 40.29) (2) No templo de Salomão, o altar era consideravelmente maior em suas dimensões. Diferia também no material do qual era feito, sendo totalmente de bronze. (1 Reis 8.64; 2 Crônicas 7.7) Não tinha grade e, em vez de um único declive gradual, a ascensão a ele era provavelmente feita por três plataformas sucessivas, para cada uma das quais supunha-se que havia escadas.
O altar erguido por Herodes na frente do templo tinha 15 cúbitos de altura – Romanos 50 cúbitos de comprimento e largura. De acordo com (Levítico 6.1 – Levítico 6.13) um fogo perpétuo deveria ser mantido aceso no altar.
II. O Altar de Incenso, chamado também de altar dourado para distingui-lo do altar de holocausto, que era chamado de altar de bronze. (Êxodo 38.30) (a) O que estava no tabernáculo era feito de madeira de acácia, revestida com ouro puro.
Em forma era quadrado, tendo um côvado de comprimento e largura e dois cúbitos de altura. Como o altar de holocausto, ele tinha chifres nos quatro cantos, que eram de uma peça com o resto do altar. Este altar estava no lugar santo, “diante do véu que está junto à arca do testemunho”. (Êxodo 30 – Êxodo 40.5) (b) O altar do templo de Salomão era semelhante, (1 Reis 7.48; 1 Crônicas 28.18) mas era feito de cedro revestido com ouro.
III. Outros Altares. Em (Atos 17.23) é feita referência a um altar a um deus desconhecido. Havia vários altares em Atenas com essa inscrição, erguidos durante o tempo de uma praga. Já que não sabiam qual deus estava ofendido e precisava ser propiciado.
Smith, William, Dr. “Entrada para ‘Altar’”. “Dicionário Bíblico de Smith”. 1901.
Altar – Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão
Altar
Ol’-ter (Mizbeach, literalmente, “lugar de abate ou sacrifício”, de Zabhach, que é encontrado em ambos os sentidos):
I. CLASSIFICAÇÃO DOS ALTARES HEBREUS
A importância da distinção
II. ALTARES LEIGOS
1. Pré-Mosaico
2. Na era Mosaica
3. Perigos do costume
4. As disposições Mosaicas
III. ALTARES COM CHIFRES PARA OFERTAS QUEIMADAS
1. O altar do Tabernáculo
2. O altar de Josué 22
3. O altar até Salomão
4. O altar com chifres em uso
5. O Templo de Salomão
6. O altar de Acaz
7. Ezequiel
8. O altar pós-exílico
9. Altares idolátricos e ilegais
10. Os chifres
IV. ALTARES DE INCENSO
V. MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS RECENTES 1. Um altar de Gezer
2. O altar de incenso de Taanach
LITERATURA
A. CRÍTICA
I. Classificação dos altares Hebreus.
Antes de considerarmos os textos bíblicos, deve-se notar que esses textos conhecem pelo menos dois tipos de altares que eram tão diferentes em aparência que nenhum contemporâneo poderia confundi-los. O primeiro era um altar de terra ou de pedras não trabalhadas.
Não tinha uma forma fixa, variando com os materiais. Poderia consistir de uma rocha (Juízes 13.19) ou uma única grande pedra (1 Samuel 14.33-35) ou, novamente, várias pedras (1 Reis 18.31 f). Não poderia ter chifres, já que seria impossível dar chifres à pedra sem talhá-la, nem um monte de terra se prestaria à formação de chifres.
Não poderia ter um padrão regular pelo mesmo motivo. Por outro lado, encontramos um grupo de passagens que se referem a altares de um tipo completamente diferente. Lemos sobre chifres, medidas fixas, um padrão particular, bronze como material.
Para ilustrar a diferença mais rapidamente, são dados exemplos lado a lado dos dois tipos. A primeira figura representa um altar de cairn, como era usado em algumas outras religiões antigas. A segunda é uma restauração conjectural de altares hebreus de ofertas queimadas e de incenso do segundo tipo.
A importância da Distinção:
Ambos poderiam ser e eram chamados de altares, mas é evidente que esta designação comum não poderia ter feito nenhum espectador confundir os dois e, ao ler a Bíblia, devemos examinar cuidadosamente cada texto por sua vez e ver a qual tipo o autor está se referindo.
Confusões sem fim foram causadas, até em nossos próprios dias, pela falha em observar essa distinção, e o leitor só pode esperar compreender as leis e narrativas bíblicas se ele for muito cuidadoso para visualizar a si mesmo em cada caso o objeto exato ao qual seu texto se refere.
Para maior clareza, termos diferentes serão adotados neste artigo para denotar os dois tipos de altares. O primeiro será denominado “altares leigos”, já que, como será visto, a Lei permitiu que qualquer leigo oferecesse certos sacrifícios em um altar de terra ou pedra não lavrada sem a assistência de um sacerdote, enquanto o segundo tipo será chamado de “altares com chifres”, devido à posse de chifres que, como já apontado, não poderiam existir em um altar leigo que estivesse em conformidade com as disposições da lei.
II. Altares Leigos.
1. Pré-Mosaico:
No Gênesis, frequentemente lemos sobre a construção de altares, por exemplo, Gênesis 8.2 – Gênesis 12.7 – Gênesis 13.4. Embora nenhum detalhe seja fornecido, somos capazes de inferir seu caráter geral com bastante precisão.
Ao ler os relatos, às vezes é evidente que estamos lidando com alguma estrutura improvisada e rústica. Por exemplo, quando Abraão constrói o altar para o sacrifício de Isaque em Gênesis 22 não podemos supor que ele usou metal ou pedra trabalhada.
Quando Jacó faz uma aliança com Labão, um monte de pedras é levantado “e comeram ali junto ao monte” (31:46). Esse monte não é expressamente chamado de altar, mas se esta aliança for comparada com alianças posteriores, veremos que nelas o lugar do monte é ocupado por um altar do tipo leigo (SBL, capítulo 2), e é razoável supor que este monte foi de fato usado como um altar (compare Gênesis 31.54).
Uma consideração adicional é fornecida pelo fato de que os árabes tinham o costume de usar qualquer pedra como um altar temporário, e certamente tais altares são encontrados na história mosaica e pós-mosaica.
Podemos então ter certeza de que os altares de Ge eram do tipo geral representado pela Figura 1 e eram totalmente diferentes dos altares da Figura 2.
2. Na era Mosaica:
Assim, Moisés encontrou um costume pelo qual o israelita erguia altares rústicos dos materiais mais facilmente obtidos no campo e oferecia culto sacrificial a Deus em várias ocasiões. Que o costume não era peculiar aos israelitas é mostrado por tais casos como o de Balaão (Números 23.1, etc.).
Provavelmente podemos tomar a narrativa do sacrifício de Jetro como um exemplo justo das ocasiões em que tais altares foram usados, pois não se pode supor que Arão e todos os anciãos de Israel estivessem cometendo abertamente um ato ilegal quando comeram pão com o sogro de Moisés diante de Deus (Êxodo 18.12).
Novamente, a narrativa na qual vemos Moisés construindo um altar para os propósitos de uma aliança provavelmente exemplifica um costume que estava em uso para outras alianças que não chegaram a ser narradas (Êxodo 24.4).
3. Perigos do costume:
Mas um costume de erguer altares poderia facilmente se prestar a abusos. Assim, a arqueologia nos mostrou um altar – embora de uma data muito posterior – que é adornado com rostos, uma prática que era totalmente contrária às ideias mosaicas de preservar um culto perfeitamente sem imagens.
Outros abusos possíveis foram sugeridos pelas práticas correntes dos cananeus ou são explicados pelos termos das leis.
4. As disposições Mosaicas:
Portanto, Moisés regulamentou esses altares leigos. Deixando a ocasião de sua ereção e uso para ser determinada pelo costume, ele promulgou as seguintes leis:
“Um altar de terra me farás e sacrificarás nele tuas ofertas queimadas e tuas ofertas de paz, tuas ovelhas e teus bois; em todo o lugar onde eu registrar meu nome, virei a ti e te abençoarei. E se me fizeres um altar de pedra, não o edificarás de pedras lavradas; pois se levantares tua ferramenta sobre ela, a poluirás.
Nem subirás por degraus ao meu altar,” etc. (Êxodo 20.24-26). Vários comentários devem ser feitos sobre essa lei.
É uma lei para leigos, não para sacerdotes. Isso é comprovado pela segunda pessoa do singular e também pela razão dada para a proibição de degraus – uma vez que os sacerdotes usavam vestes diferenciadas.
Aplica-se “em todo lugar onde eu registrar meu nome”, não, como a tradução ordinária o tem, “em todos os lugares”. Este último é completamente ininteligível: é geralmente explicado como significando lugares santificados por teofanias, mas há muitos exemplos na história de sacrifícios leigos onde nenhuma teofania pode ser postulada; veja, por exemplo, Gênesis 31.54; 1 Samuel 20.6,29 (EPC – 1 Samuel 185 f). “Todo o lugar” refere-se ao território de Israel na época.
Quando Naamã quis deixar de sacrificar a qualquer divindade exceto o Deus de Israel, ele se deparou com o problema de decidir como poderia sacrificar a Ele fora deste “lugar”. Ele resolveu isso pedindo duas mulas carregadas da terra do “lugar” (2 Reis 5.17).
Por fim, como já notado, esta lei exclui a possibilidade de dar chifres aos altares ou fazer com que eles estejam em conformidade com algum padrão dado, já que a pedra não poderia ser trabalhada. Outra lei deve ser notada nesse contexto: (Deuteronômio 16.21 f): ‘Não plantará para ti Asherah de qualquer tipo de árvore ao lado do altar do Senhor teu Deus, que farás para ti.
Também não levantarás para ti pilar, que o Senhor teu Deus odeia.’ Aqui, novamente, a referência é provavelmente para os altares leigos, e não para a capital religiosa que estava sob o controle dos sacerdotes.
III. Altares com Chifres para Ofertas Queimadas.
1. O Altar do Tabernáculo:
Em Êxodo 27.1-8 (compare Êxodo 38.1-7) uma ordem é dada para a construção de um altar de madeira de acácia coberto de bronze para o Tabernáculo. Era para ser cinco côvados de comprimento por cinco de largura e três de altura.
Os quatro cantos deveriam ter chifres de uma peça com ele. Uma rede de bronze deveria alcançar a metade do altar até uma borda. De alguma maneira que é definida apenas por referência ao que foi mostrado a Moisés no Monte, o altar deveria ser oco com tábuas, e deveria ser equipado com anéis e varas para facilitar o transporte.
A construção precisa não pode ser determinada, e é inútil especular onde as instruções são claramente regidas pelo que foi visto por Moisés no Monte; mas certos recursos que são importantes para a elucidação dos textos bíblicos surgem claramente.
O altar é retangular, apresentando no topo uma superfície quadrada com chifres nos quatro cantos. O material mais importante usado é bronze, e toda a construção era o mais diferente possível do ordinário altar leigo.
O uso deste altar no ritual do Tabernáculo está sob o título SACRIFÍCIO. Aqui devemos notar que era servido por sacerdotes. Sempre que encontramos referências aos chifres de um altar ou ao seu padrão, vemos que o escritor está falando de um altar deste tipo geral.
Assim, um criminoso em busca de asilo fugiu para um altar desse tipo, como aparece dos chifres que são mencionados nas duas instâncias históricas e também de expressões como descer ou subir. Veja ASILO.
2. O Altar de Josué 22
Nós lemos em Josué 22.9 que os filhos de Rúben e os filhos de Gade construíram um altar. Em 22:28, encontramos eles dizendo: “Eis o padrão do altar”, etc. Isso é decisivo quanto ao significado, pois o altar leigo não tinha padrão.
Portanto, em sua forma geral, este altar deve ter cumprido com o tipo de altar do Tabernáculo. Provavelmente não era feito dos mesmos materiais, pois a palavra “construir” é continuamente usada em conexão com ele, e esta palavra dificilmente seria apropriada para trabalhar metais; nem novamente era necessariamente do mesmo tamanho, mas era do mesmo padrão: e foi projetado para servir como testemunha de que os descendentes dos homens que o construíram tinham uma porção no Senhor.
Parece seguir que o padrão do altar do Tabernáculo era distintivo e diferente dos altares pagãos em uso geral na Palestina e isso parece ser confirmado pelas escavações modernas que revelaram lugares altos com altares completamente diferentes daqueles contemplados pelo Pentateuco.
Veja LUGAR ALTO.
3. O Altar até Salomão:
Na história subsequente até a ereção do Templo de Salomão, a atenção só precisa ser direcionada para o fato de que um altar com chifres existia enquanto a Arca ainda estava abrigada em uma tenda. Isso é importante por dois motivos.
Mostra um período histórico em que um altar com chifres existia na capital religiosa lado a lado com vários altares leigos por todo o país e nega a sugestão de G. A. Smith (Jerusalém, II – Josué 64) de que a pedra nua ec-Cakhra foi usada por Salomão como o altar, já que a rocha não talhada obviamente não poderia fornecer um altar com chifres como encontramos já em 1 Reis 1.50-53.
4. O Altar com Chifres em Uso:
Note também que lemos aqui sobre descer do altar, e esta expressão implica elevação. Além disso, em 1 Reis 9.25 ouvimos que Salomão costumava oferecer no altar que ele havia construído, e isso novamente prova que ele havia construído um altar e não meramente usado a rocha do templo. (Veja também Watson em PEFS (Janeiro – 1 Reis 1910) – 1 Reis 15 em resposta a Smith.)
5. O Templo de Salomão:
Pelas razões acabadas de serem dadas, é certo que Salomão usou um altar do tipo com chifres, mas não temos nenhum relato da construção em Reis. De acordo com uma nota preservada na Septuaginta, mas não no hebraico, Salomão ampliou o altar erguido por Davi na eira de Araúna (2 Samuel 24.25), mas este aviso é de valor histórico muito duvidoso e pode ser apenas um palpite de um glossador.
De acordo com 2 Crônicas 4.1, o altar era feito de bronze e tinha vinte côvados por vinte por dez. As dimensões do Cronista são duvidadas por muitos, mas a declaração do material é confirmada por 1 Reis 8.64; 2 Reis 16.10-15.
Dessa última passagem, parece que um altar de bronze estava em uso até a época de Acaz.
6. O Altar de Acaz:
Este rei viu um altar em Damasco de um padrão diferente e mandou fazer um grande altar para o templo seguindo seu modelo. Como o texto contrasta o grande altar com o altar de bronze, podemos referir que o altar de Acaz não era feito de bronze.
Se algum ou ambos os altares tinham degraus (compare Ezequiel 43.17) ou eram acessados por uma inclinação como na Fig. 2 não pode ser determinado com certeza. Vale ressaltar que em Isaías 27.9 lemos sobre as pedras do altar em uma passagem cuja referência é incerta.
7. Ezequiel:
Ezequiel também dá uma descrição de um altar (Ezequiel 43.13-17), mas nada há que mostre se é puramente ideal ou representa o altar de Salomão ou de Acaz, e os escritores modernos têm opiniões diferentes.
Na visão, estava diante da casa (Ezequiel 40.47). Além disso, ele descreve um altar ou mesa de madeira (Ezequiel 41.22). É claro que isso só poderia ser uma mesa, não um altar em nenhum sentido. Veja MESA.
8. O Altar Pós-exílico:
Ezra 3:2 f fala sobre a configuração do altar por Zerubbabel e seus contemporâneos. Nenhuma informação quanto à sua forma,
Sobre o mobiliário do altar: Sobre o local, TEMPLO e geralmente ARIEL; SACRIFÍCIO; SANTUÁRIO; TABERNÁCULO; LUGAR ALTO.
Literatura: R. Kittel, Studien zur hebraischen Archaologie und Religions-Geschichte, I e II; Hastings, Encyclopedia of Religion and Ethics; Murray, Illustrated Bible Dictionary; EB, sob a palavra “Altar”; EPC, capítulo 6.
As discussões nas obras comuns de referência devem ser usadas com cautela pela razão dada em I acima.
Harold M. Wiener
I. Em Culto:
TABERNÁCULO E TEMPLOS
1. Altares Patriarcais
2. Locais Sagrados
3. Altares Pré-Tabernáculo
II. O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS; ALTAR DE BRONZE
1. Altar diante do Tabernáculo
2. Sua História
3. Altar do Templo de Salomão
4. Altar do Templo de Ezequiel
5. Altar do Segundo Templo
6. Altar do Templo de Herodes
III. O ALTAR DO INCENSO (ALTAR DOURADO)
1. No Tabernáculo
2. Modo de Queimar Incenso
3. No Templo de Salomão e mais tarde
4. No Templo de Herodes
5. Simbolismo da Queima de Incenso
B. Em Culto:
I. Em Culto:
Tabernáculo e Templos.
Na literatura da Bíblia, sacrifícios são anteriores aos altares, e altares anteriores a edifícios sagrados. A primeira menção é no caso do altar construído por Noé após o Dilúvio (Gênesis 8.20).
1. Altares Patriarcais:
O próximo é o altar construído no lugar de Siquém, pelo qual Abraão tomou posse formalmente, em nome de seus descendentes, de toda a terra de Canaã (Gênesis 12.7). Um segundo altar foi construído entre Betel e Ai (Gênesis 12.8).
Para este o patriarca retornou em seu caminho do Egito (Gênesis 13.4). Seu próximo local de sacrifício foi Hebrom (Gênesis 13.18); e a tradição ainda afirma mostrar o lugar onde seu altar estava. Um altar subsequente foi construído no topo de uma montanha na terra de Moriá para o sacrifício de Isaque (Gênesis 22.9).
2. Locais Sagrados:
Cada um desses quatro pontos foi cena de alguma revelação especial de Yahweh; possivelmente ao terceiro deles (Hebrom) podemos atribuir a visão memorável e aliança de Gênesis 15 Esses locais tornaram-se, nos anos seguintes, as mais veneradas e cobiçadas prerrogativas da nação, e lutas por suas possessões determinaram largamente sua história. À eles Isaque adicionou um altar em Berseba (Gênesis 26.25), provavelmente uma reerguimento, no mesmo local, de um altar construído por Abraão, cujo lar por muitos anos foi em Berseba.
Jacó não construiu novos altares, mas várias vezes reparou aqueles em Siquém e Betel. Em uma ocasião ele ofereceu um sacrifício em uma das montanhas de Gileade, mas sem menção de um altar (Gênesis 31.54).
Assim, havia quatro ou cinco pontos em Canaã associados ao mesmo tempo com o culto a Yahweh e o nome de seu grande ancestral, que para os hebreus não perderam sua santidade com o passar do tempo, a saber, Siquém, Betel, Hebrom, Moriá e Berseba.
3. Altares Pré-Tabernáculo:
A primeira disposição para um altar como parte de um estabelecimento fixo de religião é encontrada em Êxodo 20.24-26, imediatamente após a promulgação do Decálogo. Altares são comandados para serem feitos de terra ou de pedras não lavradas, porém de modo a ter, não degraus, mas apenas rampas para subir ao mesmo–a injunção implicando que eles estavam em algum nível elevado.
Antes da chegada ao Sinai, durante a guerra com Amaleque, Moisés construiu um altar emergencial, ao qual ele deu o nome Yahweh-Nissi (Êxodo 17.15). Este foi provavelmente apenas um altar memorial (compare o altar ‘Ed em Josué 22.21).
No Sinai ocorreu a grande crise na história nacional de Israel. O pacto a ser feito com Yahweh deveria ser ratificado com sangue sacrificial, mas antes que Moisés pudesse borrifar o Livro da Aliança e o povo que se comprometeu (Êxodo 24.6;
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