ARC-1969

Salmos 104

1 BENDIZE, ó minha alma ao Senhor: Senhor Deus meu, tu és magnificentíssimo, estás vestido de glória e de majestade.

2 Ele cobre-se de luz como de um vestido, estende os céus como uma cortina.

3 Põe nas águas os vigamentos das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento.

4 Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros um fogo abrasador.

5 Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum.

6 Tu a cobres com o abismo, como com um vestido: as águas estavam sobre os montes;

7 À tua repreensão fugiram, à voz do teu trovão se apressaram.

8 Sobem aos montes, descem aos vales, até ao lugar que para elas fundaste.

9 Limite lhes traçaste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra.

10 Tu, que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre os montes.

11 Dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos monteses matam com ela a sua sede.

12 Junto delas habitam as aves do céu, cantando entre os ramos.

13 Ele rega os montes desde as suas câmaras: a terra farta-se do fruto das suas obras.

14 Faz crescer a erva para os animais, e a verdura para o serviço do homem, para que tire da terra o alimento,

15 E o vinho que alegra o coração do homem, e faz reluzir o seu rosto como azeite, e o pão que fortalece o seu coração.

16 Satisfazem-se as árvores do Senhor; os cedros do Líbano que ele plantou.

17 Onde as aves se aninham: quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.

18 Os altos montes são um refúgio para as cabras monteses, e as rochas para os coelhos.

19 Designou a lua para as estações: o sol conhece o seu ocaso.

20 Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva.

21 Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.

22 Nasce o sol e logo se recolhem, e se deitam nos seus covis.

23 Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até à tarde.

24 Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! todas as cousas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.

25 Tal é este vasto e espaçoso mar onde se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes.

26 Ali passam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar.

27 Todos esperam de ti que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno.

28 Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e enchem-se de bens.

29 Escondes o teu rosto, e ficam perturbados: se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó.

30 Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.

31 A glória do Senhor seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!

32 Olhando ele para a terra, ela treme; tocando nos montes, logo fumegam.

33 Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto existir.

34 A minha meditação a seu respeito será suave: eu me alegrarei no Senhor.

35 Desapareçam da terra os pecadores, e os ímpios não sejam mais. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor.

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