Lamentações 4 (ara-1993)
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Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro refinado! Como estão espalhadas as pedras do santuário pelas esquinas de todas as ruas!
Lamentações 4:1 -
Os nobres filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são agora reputados por objetos de barro, obra das mãos de oleiro!
Lamentações 4:2 -
Até os chacais dão o peito, dão de mamar a seus filhos; mas a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.
Lamentações 4:3 -
A língua da criança que mama fica pegada, pela sede, ao céu da boca; os meninos pedem pão, e ninguém há que lho dê.
Lamentações 4:4 -
Os que se alimentavam de comidas finas desfalecem nas ruas; os que se criaram entre escarlata se apegam aos monturos.
Lamentações 4:5 -
Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, que foi subvertida como num momento, sem o emprego de mãos nenhumas.
Lamentações 4:6 -
Os seus príncipes eram mais alvos do que a neve, mais brancos do que o leite; eram mais ruivos de corpo do que os corais e tinham a formosura da safira.
Lamentações 4:7 -
Mas, agora, escureceu-se-lhes o aspecto mais do que a fuligem; não são conhecidos nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se como uma madeira.
Lamentações 4:8 -
Mais felizes foram as vítimas da espada do que as vítimas da fome; porque estas se definham atingidas mortalmente pela falta do produto dos campos.
Lamentações 4:9 -
As mãos das mulheres outrora compassivas cozeram seus próprios filhos; estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo.
Lamentações 4:10 -
Deu o Senhor cumprimento à sua indignação, derramou o ardor da sua ira; acendeu fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos.
Lamentações 4:11 -
Não creram os reis da terra, nem todos os moradores do mundo, que entrasse o adversário e o inimigo pelas portas de Jerusalém.
Lamentações 4:12 -
Foi por causa dos pecados dos seus profetas, das maldades dos seus sacerdotes que se derramou no meio dela o sangue dos justos.
Lamentações 4:13 -
Erram como cegos nas ruas, andam contaminados de sangue, de tal sorte que ninguém lhes pode tocar nas roupas.
Lamentações 4:14 -
Apartai-vos, imundos! ? gritavam-lhes; apartai-vos, apartai-vos, não toqueis! Quando fugiram errantes, dizia-se entre as nações: Jamais habitarão aqui.
Lamentações 4:15 -
A ira do Senhor os espalhou; ele jamais atentará para eles; o inimigo não honra os sacerdotes, nem se compadece dos anciãos.
Lamentações 4:16 -
Os nossos olhos ainda desfalecem, esperando vão socorro; temos olhado das vigias para um povo que não pode livrar.
Lamentações 4:17 -
Espreitavam os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas praças; aproximava-se o nosso fim, os nossos dias se cumpriam, era chegado o nosso fim.
Lamentações 4:18 -
Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as aves dos céus; sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas.
Lamentações 4:19 -
O fôlego da nossa vida, o ungido do Senhor, foi preso nos forjes deles; dele dizíamos: debaixo da sua sombra, viveremos entre as nações.
Lamentações 4:20 -
Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice se passará também a ti; embebedar-te-ás e te desnudarás.
Lamentações 4:21 -
O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião; o Senhor nunca mais te levará para o exílio; a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.
Lamentações 4:22
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